sábado, 15 de janeiro de 2011

NIÓBIO: CBMM amplia inversões em extração em Minas

Recursos destinados à expansão.

CBMM elabora projetos de novas unidades de Concentração e de Refino


A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), que explora uma jazida de ferro-nióbio em Araxá, no Alto Paranaíba, decidiu ampliar seu plano de investimentos em Minas Gerais. Os aportes destinados à expansão da capacidade de produção do nióbio passaram de R$ 250 milhões para R$ 800 milhões nos próximos cinco anos, conforme a empresa.
Os investimentos serão destinados à construção de novas unidades que permitirão elevar a atual capacidade produtiva de 90 mil toneladas anuais de ferro-nióbio, para 150 mil toneladas/ano até 2015. Atualmente, a produção do metal no Estado representa quase 80% do total mundial. No momento, os investimentos estão sendo destinados à modernização da fase de sinterização da unidade.

A CBMM informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que a unidade metalúrgica já tem capacidade para atender o volume mais elevado de produção (150 mil toneladas/ano). E que está sendo construída uma nova unidade de sinterização, em fase de montagem.

A empresa comunicou, anteriormente, que a existência de gargalos na fase de sinterização impossibilitavam que a unidade atingisse sua capacidade produtiva total. Com os investimentos, o problema será solucionado.

Além disso, está sendo elaborado os projetos das novas unidades de Concentração e de Refino. Além disso, a CBMM também irá ampliar o pátio de homogeneização de minério, de acordo com a assessoria. 

Cronograma - As inversões estavam previstas para ter início em 2009, mas foram postergadas em virtude da crise financeira mundial, que impactou as vendas externas da companhia ao longo do ano passado. A empresa já desembolsou parte dos recursos na aquisição de estruturas metálicas para modernizar a etapa metalúrgica. O nível de produção da unidade já atinge 80% dos patamares produtivos do pré-crise.

A durabilidade estimada da reservas da CBMM em Araxá está estimada em 200 anos. Até 2015, a empresa prevê crescimento de 60% nas vendas de ferro-nióbio. Atualmente o volume comercializado está em 62 mil toneladas.
A CBMM chegou a sair de uma produção de 6,8 mil toneladas ao mês de ferro-nióbio no pré-crise, em 2008, caindo para 2,1 mil toneladas mensais durante o ano passado, quando o mercado externo reduziu as encomendas. A estimativa da CBMM é que este ano a receita líquida da empresa atinja R$ 3 bilhões e o lucro líqüido chegue a R$ 1 bilhão.

Mercado - Conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), a CBMM está em segundo lugar de principais empresas exportações de Minas e tem como principal mercado a China. Além do país asiático, a empresa também faz negócios com outros 50 países, sendo que cerca de 94% da produção da CBMM são destinadas ao mercado externo.

Segundo a empresa, os demais destinos importantes são: Europa, sudeste asiático (Japão) e Estados Unidos. A CBMM foi responsável por US$ 1,147 bilhão em exportações e deteve 5,27% do total comercializado fora do país pelas empresas mineiras no período. A indústria avançou 94,05% em relação ao resultado registrado nos primeiros nove meses de 2009 (US$ 591.121 milhões).

De acordo com a CBMM, o ritmo das exportações em 2010 mantém-se em torno de 5 mil toneladas por mês de ferro-nióbio. 

A CBMM faz parte do grupo Moreira Salles e possui 49% de participação na Companhia Mineradora Pirocloro de Araxá. Os outros 51% são controlados pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). A empresa possui uma subsidiária na Europa, a Niobium Products Company GMBH, em Dusseldorf, e outra nos EUA, a Reference Metals Company Inc.
In 
Link; www.diariodocomercio.com.br 19/10/2010 
LUCIANE LISBOA.


Leiam: http://niobiomineriobrasileiro.blogspot.com/2011/09/desnacionalizacao-do-niobio-brasileiro.html

Nenhum comentário: