segunda-feira, 4 de julho de 2016

QG do narcotráfico na América do Sul

  • Parece que ninguém percebeu que os membros da cúpula das FARC ficaram riquíssimos com o narcotráfico e  agora com o direito de ir e vir assegurado aumentarão o tráfico de cocaína. Se esse acordo de cessar foto tivesse acontecido durante o governo do PT, o QG do narcotráfico seria instalado no Brasil. ,
  • Uma grande área da plantação de coca foi descoberta em ação conjunta das polícias do Brasil e do Peru. A plantação foi feita em áreas de índios ticunas, que vivem na região de fronteira entre os dois países. Como o “Cartel dos Sóis”  tendo no comando Diosdado Cabello, não produz folhas de coca, não processa pasta nem refina cocaína, então sua presença resultou um tanto difusa para os corpos de segurança e comunicadores que investigam o tráfico de drogas na Venezuela, América Latina e no mundo [1].

Desmobilização das FARC terá duas zonas de concentração de guerrilheiros desmobilizados e de armas próximas à fronteira com o Brasil
Por Roberto Lopes
O Ministério da Defesa da Colômbia anunciou, nesta sexta-feira (24.06), as 23 unidades federativas (“veredas” na nomenclatura do Estado colombiano) que servirão como “zonas transitórias de normalização”, com a função de receber os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) desmobilizados e os seus armamentos.
Duas dessas áreas estão consideravelmente próximas da fronteira com o Brasil: Puerto Colombia, no departamento de Guainía – situado exatamente sobre a projeção do território amazonense normalmente identificado como “Cabeça do Cachorro” (ou Terra Indígena Içana-Ajari) –, e San José Del Guaviare, no centro-leste do território colombiano.
  • A área próxima ao Brasil foi deliberadamente escolhida pelas FARC. Coincidência? claro que não! Também é fato que as reservas indígenas estão sendo usadas para plantio de coca (além das pistas de pouso e reabastecimento).
Puerto Colombia está situado uns 300 km ao norte da localidade brasileira de Cucuí – junto à tríplice fronteira Brasil-Venezuela-Colômbia –, onde o Exército brasileiro mantém um Pelotão de Fronteira.
Planície de Guainía, ao norte do território amazonense conhecido como “Cabeça do Cachorro”
 em vermelho, cabeça do cachorro - Brasil
San Jose Del Guaviare fica a pouco menos de 300 km da “Cabeça do Cachorro”, e a uns 700 ou 800 km da cidade amazonense de São Gabriel da Cachoeira, principal enclave militar brasileiro no extremo noroeste do país.
ONU – Nessas 23 zonas de normalización atuarão, pelo prazo de 180 dias, os destacamentos das Nações Unidas incumbidos de cumprir o plano de controle da desmobilização batizado de Mecanismo de Monitoreo y Verificación.
A organização das “zonas transitórias” está a cargo do recém-criado Comando Estratégico de Transição das Forças Militares colombianas, chefiado pelo general Javier Alberto Florez Aristizábal, que responde diretamente ao comandante geral das Forças Militares, general Juan Pablo Rodríguez Barragán.
Em oito das 23 zonas funcionarão, além disso, campos de recolhimento de armamentos e outros equipamentos da guerrilha. Um desses perímetros está sendo montado em Puerto Colombia, povoado que fica diretamente sobre a fronteira da Colômbia com a Venezuela.
Os deslocamentos das colunas de guerrilheiros até as “zonas transitórias de normalização” obedecerão a protocolos militares e prazos ajustados previamente, para que não haja um agravamento da inquietação entre os habitantes da área rural colombiana.
Guerrilheiros das FARC em uma área próxima a Bogotá
O país vizinho da Colômbia que tem o maior número de “zonas de normalização” próximas da sua fronteira é o Equador, com quatro: Cauca, Nariño, Putumayo e Caquetá.
Em 2012 o Centro Nacional de Memória Histórica publicou um informe intitulado “Basta já! Colômbia: memórias da guerra e dignidade”, onde expuseram o alcance e o dano social causado pelo conflito.
Entre os anos de 1958 e 2012 a guerra na Colômbia deixou mais de 218 mil mortos e 25 mil desaparecidos, além de 9 mil presos políticos. As forças paramilitares de extrema direita fizeram mais de 173 mil vítimas.
As desocupações violentas atingiram, no período de 1985 a 2012, mais de 10 milhões de colombianos. Enquanto massacres deixaram mais de 156 mil pessoas mortas.
http://www.planobrazil.com/desmobilizacao-das-farc-tera-dois-pontos-de-concentracao-para-o-recebimento-de-guerrilheiros-e-de-armas-proximos-a-fronteira-com-o-brasil/
[1] General Villas Boas.

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