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quinta-feira, 22 de março de 2012

Araxá cloreto de bário contaminando as águas negligência das mineradoras


Ações de indenização de danos a saúde problema renal e de pele.
A BUNGUE omissa, diz que nada tem de anormalidade com os fertilizantes.
A CODEMIG informou que cada caso está sendo analisado individualmente.
O Grande Aquífero do Barreiro está contaminado.
Querem retirar todo o povo da região... estão sendo desprezados.
O povo de Araxá querem usufruir do orgulho de Araxá. O Grande Hotel. Sua águas medicinais.

"A grande culpada do rebaixamento do lençol fgreático em araxá  BUNGE e agora a Vale. Existe um pedido na secretaria do meio ambiente estatual de Minas Gerais que fica em Uberlândia para rebaixar o lençol freático da cidade em mais 120 mts. Isso esta sob análise e ninguém sabe se vai ser aprovado. Só sabemos que se isso acontecer os mananciais de fornecimento de água da cidade estão em perigo. É importante que todos saibam ..."

No processo pela CBMM de “beneficiamento do minério de nióbio”. Para a concentração do minério, o pirocloro (BaNb2O6) era calcinado com cloreto de cálcio onde o bário é substituído pelo cálcio formando, como um dos produtos finais, cloreto de bário (BaCl2) que é um sal altamente solúvel. O cloreto de bário era então descartado e lançado na barragem de rejeito B4, juntamente com outros resíduos. A partir da massa de rejeito, o bário contaminou as águas superficiais e, principalmente, as subterrâneas.
Por conter alto índice de URÂNIO NA ÁGUA, e falando de terras raras
Artigo publicado em outubro de 2011, no INAC que fora realizado na cidade de Belo Horizonte de autoria da professora Drª Kênia Moore Dias da Cunha onde foi constato das amostras de água coletadas dos rios que circundam a nossa Araxá a contaminação por Urânio.
Em quatro dos dezenove pontos o Urânio se encontra em concentrações acima do permitido pela legislação ambiental e de saúde. Um dos pontos – o de maior concentração – apontado pela professora da Universidade do Novo México é a Fonte Andrade Jr. que se encontra localizada no Barreiro mais exatamente nos domínios da CODEMIG no Grande Hotel Tauá.
Como se verifica da tabela apresentada para o Ministério Público por meio do promotor curador da saúde em nossa cidade, que não esta medindo esforços para verificar com segurança os dados publicados no INAC.
Diante dessas informações fora proposta uma medida cautelar perante o Fórum desta Comarca com o intuito de fechar a fonte até que se apure com segurança se aquela água pode ser consumida. É notório em nossa cidade que aquelas águas são freqüentadas por moradores e principalmente por turista que buscam naquela fonte como em outras águas de nossa cidade a ajuda em tratamentos médicos, com o intuito de cura.
No entanto, o judiciário entendeu que referida publicação não é o bastante para interditar a fonte até que se possa verificar a segurança de se consumir aquelas águas. O referido processo foi remetido ao Tribunal para revisão da decisão e está sendo aguardada para os próximos dias alguma decisão.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

ABRINDO A CAIXA PRETA DO NIÓBIO



Adriano Benayon*
O nióbio, mineral estratégico inestimável, sai do País subfaturado e por vias clandestinas. É exemplo gritante da entrega dos recursos naturais às empresas transnacionais, que realizam ganhos no exterior na ordem dos trilhões de dólares, enquanto aqui ficam só buracos no subsolo.

Um trilhão é um milhão vezes um milhão. Escreve-se com doze zeros. 10 trilhões tem treze zeros. A produção bruta de todos os bens e serviços (PIB) do Brasil, nas contas oficiais, somou, em 2010, o equivalente a US$ 2 trilhões, e ainda seria menos, se o câmbio do real não estivesse sobrevalorizado.

Só com o nióbio o Brasil deixa de ganhar anualmente centenas de bilhões de dólares. Diretamente perde cerca de US$ 40 bilhões, com o descaminho e com a diferença entre o valor das ligas ferro-nióbio no exterior e seu preço oficial  de exportação, vezes a quantidade.

Por ter a economia brasileira sido desnacionalizada e desindustrializada, a perda total é um múltiplo, maior que dez, dessa quantia. De fato, os  bens finais em cuja produção o nióbio entra, atingem preços até 50 vezes maiores que os valores reais no exterior dos  insumos à base de nióbio.

Esses insumos - como os do tântalo, do titânio, do quartzo etc. -  são “vendidos” pelo Brasil por frações de seu valor no exterior. Já a China industrializa suas matérias-primas. Com isso o produto nacional bruto multiplicou-se por 20  nos últimos 30 anos, tornando-se a 2ª maior potência mundial.

Os insumos à base de nióbio são usados nas indústrias aeronáutica, aeroespacial e nuclear e em segmentos de tecnologia avançada em outros setores. Graças ao nióbio, a qualidade do aço e de outros metais é grandemente aumentada e o peso diminuído, bastando 0,1% de nióbio nas ligas. 

Com ele se produzem bens de altíssimo valor agregado. Ora, 95% da produção mundial dele vêm do Brasil, onde estão 98% das jazidas. Se o Brasil exercesse sua soberania, poderia valer-se desses fatos para assumir, no nióbio, posição mais forte que a do conjunto dos países da OPEP em relação ao petróleo, de cuja produção mundial eles não respondem sequer por 50%.

A maior mina do País, em Araxá (MG), é controlada pela CBMM, cujo capital pertencia 50/50 (segundo declaravam), aos Moreira Salles, ligados ao grupo Rockefeller (EUA), e à Molybdenum Corp (EUA). A segunda mina é da Anglo-American (Inglaterra), em Catalão (GO).

A participação dos Moreira Salles na CBMM caiu, este ano, para 20% com a venda de 15% a japoneses e sul-coreanos, e de 15%, por US$ 2 bilhões,  a um grupo chinês.
Quatro herdeiros do grupo Moreira Salles estão entre os bilionários do mundo, da revista Forbes. Os quatro totalizam US$ 10,6 bilhões, mesmo antes de vender ações aos asiáticos. Se os laranjas acumularam fortunas desse porte, quanto terão abocanhado as corporações transnacionais que os empregam?

Os brasileiros precisam informar-se e reverter a lastimável situação de  saqueio dos recursos naturais do País, que está afundando no atraso e na pobreza, e paga os juros mais altos do mundo e impostos absurdos, embora seu território tenha a maior dotação de terras aproveitáveis, de água e de sol de todo o Planeta, além de subsolo riquíssimo em minerais preciosos e estratégicos, como das terras amazônicas e pelas riquezas minerais de várias regiões como a dos Seis Lagos, onde há reservas imensas de NIÓBIO, de que o Brasil detém 98% da reserva mundial.

*Doutor em economia pela Universidade de Hamburgo, ex-diplomata do Itamarati e autor do livro "Globalização versus Desenvolvimento". 
e-mail: abenayon.df@gmail.com

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Nióbio China fecha outra compra milhionária no Brasil


Un grupo de cinco empresas estatales pagó 1.950 millones de dólares por el 15% del líder mundial en la producción de niobio, mineral clave para la industria del acero
Crédito foto: AFP


 El acuerdo valora a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineracao (CBMM), el principal productor mundial de niobio, en 13.000 millones de dólares y enfrenta al grupo chino con compañías japonesas y sudcoreanas que compraron una participación similar en la firma brasileña a comienzos de año.

La familia brasileña Moreira Salles, que controla a Itau Unibanco, posee el 70 por ciento restante de CBMM y bajo los términos del acuerdo se mantendría por el momento un status quo, dijo una fuente.

El niobio se usa para fortalecer al acero y para producir superaleaciones usadas en autos, petróleo y gasoductos, puentes y motores de aviones y para fabricar acero inoxidable.

La mina propiedad de CBMM controla el 80 por ciento del
suministro mundial de niobio
, agregó la fuente, por lo que el acuerdo ayudaría a China a asegurar el futuro de su industria del acero.

El consorcio comprador está compuesto por Baoshan Iron & Steel Co Ltd (Baosteel), CITIC Group, Anshan Iron & Steel Group Corp, Shougang Corp y Taiyuan Iron & Steel Group Co Ltd, dijo Baosteel en un comunicado el viernes.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Nióbio: Correia Transportadora CBMM Araxá


Reservas de nióbio em Araxá podem ser dobradas
O nióbio é nosso?
Via RedeBrasilAtual Cida de Oliveira
De acordo com a Codemig, atualmente a cidade tem nióbio para ser explorado por mais de 400 anos.
Correia transportadora de minérios    (foto: Beatriz Olivon  )

Maior produtora mundial de nióbio, metal usado em superligas de aço nas indústrias de petróleo e gás e aeroespacial, Araxá receberá este ano novos investimentos que podem revelar uma reserva adicional tão promissora quanto a atual, explorada desde os anos 50. Por causa do metal, a região ganhou destaque há pouco mais de um mês em uma lista de locais considerados estratégicos pelo governo dos Estados Unidos que foi publicado no site WikiLeaks.
A empresa mineira Gema Verde Comércio e Exportação de Minerais, com sede em Ouro Preto, está acertando os planos para iniciar no próximo mês os trabalhos de perfuração e sondagem numa área de mil hectares do lugarejo de Argenita, entre Ibiá e Araxá. No novo alvo de pesquisas, a Gema Verde encontrou uma grande anomalia no local, possível indicação de ocorrência de minério.
Em entrevista concedida ao jornal Estado de Minas, o geólogo Júlio César Mendes, sócio da empresa e professor da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), diz que a mina de nióbio que pode ter proporções semelhantes às das reservas de Araxá ou até superiores. A descoberta teve como referência os resultados dos levantamentos aerogeofísicos realizados por aeronave com equipamentos de última geração embarcados e conduzidos pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), empresa de economia mista que tem o governo de Minas como acionista majoritário.
O nióbio de Araxá, de acordo com a Codemig, detentora do título da mina em atividade, tem reservas para serem exploradas por mais de 400 anos. Para realizar a nova bateria de pesquisas que vão definir as características de rochas a profundidade de até 50 metros, a Gema Verde se associou a um grupo de mineração do Espírito Santo, num contrato mantido sob sigilo.
“As sondagens já foram contratadas e esperamos uma boa notícia em maio ou junho, mas sabemos que se trata de uma pesquisa de altíssimo risco”, destaca Mendes, há 30 anos no ramo da geologia. O orçamento previsto nas sondagens é de R$ 1,5 milhão.
Números
De acordo com os relatórios mais recentes do Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) relativos a 2008, o Brasil se mantém na liderança das reservas mundiais de nióbio, concentrando 97,9% delas. A produção, que aumentou 11,6% frente a 2007, está concentrada em Minas (91%) e Goiás (9%). A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), do grupo Moreira Salles, opera uma reserva de 482,5 milhões de toneladas em Araxá, respondendo por 91,3% do total das divisas geradas na exportação de produtos à base de nióbio que totalizaram US$ 1,485 bilhão em 2008.
O governo de Minas recebe 25% de participação nos lucros operacionais da CBMM. Desde os anos 50, a empresa explora as reservas de Araxá, depois de um esforço de desenvolvimento para retirada do nióbio do minério de pirocloro, até então conhecido como uma raridade mineralógica, recorda Mendes. Segundo documentos das embaixadas americanas, tornados públicos no WikiLeaks, as reservas de Araxá são estratégicas para o país. Quase 18% das exportações de ferro-nióbio da CBMM em 2008 tiveram como destino a América do Norte/Nafta.
“Os EUA chamam o nióbio de estratégico, principalmente, por ser uma substância básica nas indústrias de guerra, nuclear e aeroespacial”, afirma Mendes. publicado em 13/jan/2011 às 00h00

NIÓBIO: CBMM amplia inversões em extração em Minas

Recursos destinados à expansão.

CBMM elabora projetos de novas unidades de Concentração e de Refino


A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), que explora uma jazida de ferro-nióbio em Araxá, no Alto Paranaíba, decidiu ampliar seu plano de investimentos em Minas Gerais. Os aportes destinados à expansão da capacidade de produção do nióbio passaram de R$ 250 milhões para R$ 800 milhões nos próximos cinco anos, conforme a empresa.
Os investimentos serão destinados à construção de novas unidades que permitirão elevar a atual capacidade produtiva de 90 mil toneladas anuais de ferro-nióbio, para 150 mil toneladas/ano até 2015. Atualmente, a produção do metal no Estado representa quase 80% do total mundial. No momento, os investimentos estão sendo destinados à modernização da fase de sinterização da unidade.

A CBMM informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que a unidade metalúrgica já tem capacidade para atender o volume mais elevado de produção (150 mil toneladas/ano). E que está sendo construída uma nova unidade de sinterização, em fase de montagem.

A empresa comunicou, anteriormente, que a existência de gargalos na fase de sinterização impossibilitavam que a unidade atingisse sua capacidade produtiva total. Com os investimentos, o problema será solucionado.

Além disso, está sendo elaborado os projetos das novas unidades de Concentração e de Refino. Além disso, a CBMM também irá ampliar o pátio de homogeneização de minério, de acordo com a assessoria. 

Cronograma - As inversões estavam previstas para ter início em 2009, mas foram postergadas em virtude da crise financeira mundial, que impactou as vendas externas da companhia ao longo do ano passado. A empresa já desembolsou parte dos recursos na aquisição de estruturas metálicas para modernizar a etapa metalúrgica. O nível de produção da unidade já atinge 80% dos patamares produtivos do pré-crise.

A durabilidade estimada da reservas da CBMM em Araxá está estimada em 200 anos. Até 2015, a empresa prevê crescimento de 60% nas vendas de ferro-nióbio. Atualmente o volume comercializado está em 62 mil toneladas.
A CBMM chegou a sair de uma produção de 6,8 mil toneladas ao mês de ferro-nióbio no pré-crise, em 2008, caindo para 2,1 mil toneladas mensais durante o ano passado, quando o mercado externo reduziu as encomendas. A estimativa da CBMM é que este ano a receita líquida da empresa atinja R$ 3 bilhões e o lucro líqüido chegue a R$ 1 bilhão.

Mercado - Conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), a CBMM está em segundo lugar de principais empresas exportações de Minas e tem como principal mercado a China. Além do país asiático, a empresa também faz negócios com outros 50 países, sendo que cerca de 94% da produção da CBMM são destinadas ao mercado externo.

Segundo a empresa, os demais destinos importantes são: Europa, sudeste asiático (Japão) e Estados Unidos. A CBMM foi responsável por US$ 1,147 bilhão em exportações e deteve 5,27% do total comercializado fora do país pelas empresas mineiras no período. A indústria avançou 94,05% em relação ao resultado registrado nos primeiros nove meses de 2009 (US$ 591.121 milhões).

De acordo com a CBMM, o ritmo das exportações em 2010 mantém-se em torno de 5 mil toneladas por mês de ferro-nióbio. 

A CBMM faz parte do grupo Moreira Salles e possui 49% de participação na Companhia Mineradora Pirocloro de Araxá. Os outros 51% são controlados pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). A empresa possui uma subsidiária na Europa, a Niobium Products Company GMBH, em Dusseldorf, e outra nos EUA, a Reference Metals Company Inc.
In 
Link; www.diariodocomercio.com.br 19/10/2010 
LUCIANE LISBOA.


Leiam: http://niobiomineriobrasileiro.blogspot.com/2011/09/desnacionalizacao-do-niobio-brasileiro.html

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A HISTÓRIA DO NIOBIO E DA CBMM EM ARAXÁ..


Por: Morador de Araxá

Estimado amigo Antuérpio Pettersen, sabendo que tens um grande amigo aqui em Araxá (MG), cuja a casa se encontra de portas abertas e a disposição do nobre amigo, reitero votos de elevada estima a você e família, bem como a conceituada ABDIC. 

Caro amigo, a respeito da matéria veiculada no Jornal da ABDIC sobre o Contrabando do nosso Nióbio (Brasileiro), esclareço que como araxaense e morador desta linda e bela cidade, cabe-me endossar o comentário da matéria supra, bem como fazer algumas pequenas correções.

Eis que o nome correto da "empresa detentora da Jazida da maior reserva de Nióbio do mundo" é CBMM - Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, e ela situa-se á apenas 5 Kms do centro da cidade de Araxá (Como pode ver, ela fica praticamente dentro da cidade). E as os problemas causados por essa empresa em solo araxaense vão muito além do exposto pelo Jornal da ABDIC, pois devido a extração deste minério ela coloca a mercê do ambiente onde é extraída uma gama muito grande no mineral de nome "BÁRIO", que devido a terra ser revolvida, a sua oxidação é levada a efeito quando o mesmo entra em contato com oxigênio.e uma vez que isso ocorre ele assim que chove é levado para o lençol freático de água, contaminando-o com esse metal pesado (Bário) numa proporção de que o permitido de Bário na água potável pela Fundação Mundial de saúde é de 0,07 e aqui esse montante chega a 8.7, e 8.9 .
Varias foram as famílias que tiveram seus parentes falecidos com câncer devido beberem por anos água do solo e dos rios que abastecem a nossa cidade com esta água contaminada; a maioria da cidade aqui hoje bebe água de garrafões que vem de outras cidades da região, por se tratarem de água pura e sem Bário.
A empresa Superagua (Do Grupo SuperGásBras) comprou os direitos para envasar e vender aos incautos e desavisados pelo país a fora, esta água contaminada pelas empresas CBMM e a hoje Vale Fertilizantes (ex-Arafértil e posteriormente ex-Bunge).
Vale ressaltar que a empresa "CBMM" de instalou na cidade de Araxá a cerca de 50 anos atrás com o nome de "DEMA", e anos depois recebeu a nova denominação de CBMM. Esta empresa pertence ao Grupo Moreira Sales (Donos do Unibanco) e ao Grupo Molicorp dos E.U.A., este ultimo, quando da descoberta da Jazida de Nióbio em Araxá a décadas atrás não podia ser dono majoritário de uma empresa em solo brasileiro, pois a lei do país na época assim não os permitia, então como o negôcio era muito lucrativo, eles ofereceram e deram de graça (mão beijada) o domínio majoritário ao então embaixador brasileiro nos E.U.A. na época, Dr. Walther Moreira Salles.

Um pouco da história do Nióbio e da CBMM: 
O elemento 41 foi descoberto na Inglaterra em 1801, por Charles Hatchett, que na época o denominou de colúmbio. Posteriormente, o químico alemão Heinrich Rose, pensando haver encontrado um novo elemento ao separá-lo do metal tântalo, deu-lhe o nome de nióbio em homenagem a Níobe, filha do mitológico rei Tântalo. 

As informações mais antigas sobre o uso de nióbio datam de 1925, referindo-se à substituição do tungstênio na produção de ferramentas de aço. No início da década de 1930, o nióbio passou a ser utilizado na prevenção de corrosão intergranular em aços inoxidáveis.

Até a descoberta quase simultânea de depósitos de pirocloro no Canadá (em Oka) e da maior jazida do mundo no Brasil (em Araxá-MG), na década de 1950, o uso do nióbio era limitado pela oferta limitada (era um subproduto do tântalo) e custo elevado. Com a produção primária de nióbio, o metal tornou-se abundante e ganhou importância no desenvolvimento de materiais de engenharia.

Na década de 1950, com o início da corrida espacial, aumentou muito o interesse pelo nióbio, o mais leve dos metais refratários. Ligas de nióbio, como Nb-Ti, Nb-Zr, Nb-Ta-Zr, foram desenvolvidas para utilização nas indústrias espacial e nuclear, e também para fins relacionados à supercondutividade. Os tomógrafos de ressonância magnética para diagnóstico por imagem, utilizam magnetos supercondutores feitos com a liga NbTi.

As superligas aeronáuticas também utilizam nióbio. Destas, a mais importante é o IN718, introduzida em 1966 e cujo aperfeiçoamento resultou numa família de superligas utilizadas nas turbinas aeronáuticas e estacionárias mais modernas.

Outro desenvolvimento importante da década de 1950 foi o aço microligado. Estudos conduzidos na Inglaterra -na Universidade de Sheffield e na British Steel - e também nos Estados Unidos, tornaram o aço microligado uma realidade industrial quando a Great Lakes Steel entrou no mercado, em 1958, com uma série de aços contendo cerca de 400 gramas de nióbio por tonelada, exibindo características (resistência mecânica e tenacidade) que até então somente podiam ser obtidas com aços ligados muito mais caros.

A descoberta de que a adição de uma pequena quantidade de nióbio ao aço carbono comum melhorava consideravelmente as propriedades deste, levou à utilização em grande escala do conceito de microliga, com grandes vantagens econômicas para a engenharia estrutural, para a exploração de óleo e gás e para a fabricação de automóveis.

Atualmente, os aços microligados respondem por 75% do consumo de nióbio. São materiais sofisticados, desenvolvidos a partir de princípios de metalurgia física que refletem o esforço conjunto da pesquisa e desenvolvimento conduzidos na indústria e nos laboratórios de universidades.
O conhecimento científico se revelou essencial para o elemento 41. Os avanços conseguidos até aqui ampliaram o raio de aplicação do nióbio em aços, superligas, materiais intermetálicos e ligas de Nb, bem como em compostos, revestimentos, nanomateriais, dispositivos optoeletrônicos e catalisadores.

Parte importante desses esforços está presente nos projetos agraciados com o Prêmio Charles Hatchett, organizado pela CBMM.

A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, do Grupo Moreira Salles, é uma empresa nacional que extrai, processa, fabrica e comercializa produtos à base de nióbio.

Uma Conta de Participação nos Lucros entre a estatal CODEMIG e a CBMM garante a exploração racional do depósito de nióbio localizado próximo à cidade de Araxá, em Minas Gerais. O contrato concede 25% de participação nos lucros operacionais da CBMM ao Governo do Estado de Minas Gerais.

A CBMM é a única produtora de nióbio com presença em todos os segmentos de mercado. Com subsidiárias na Europa (CBMM Europe BV - Amsterdam), Asia (CBMM Asia Pte - Cingapura) e na América do Norte (Reference Metals Company Inc. - Pittsburgh), a CBMM dedica atenção especial aos consumidores, onde quer que estejam no mapa-mundi.

OBS: O Autor do Artigo, por questões de Segurança, Cidadão de araxá, pede Privacidade, portanto: Anonimato.

http://www.abdic.org.br/historia_niobio.htm

domingo, 28 de dezembro de 2008

Família Moreira Salles e participação da Chevron na CBMM



A Brasil Warrants, empresa de participações da família Moreira Salles, adquire a fatia de 35% da sócia americana Molycorp, controlada pela Chevron, na Companhia Brasileira de Mineração e Metalurgia (CBMM). Com sede em Araxá, Minas Gerais, a CBMM é a maior exportadora de nióbio do mundo, com vendas externas de US$ 500 milhões por ano. O nióbio é usado na indústria siderúrgica - para a produção desde aço inoxidável a semicondutores - em oleodutos e em gasodutos.
Com a aquisição, a Brasil Warrants passa a deter 98,5% da CBMM. Cerca de 1,5% do capital é de José Alberto Camargo(José Alberto de Camargo era conselheiro do Instituto da Cidadania, fundado por Lula, e presidente da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, que pertence à família Moreira Salles. Ele comprou a peça Cristo e pagou r$ 60 mil a Dom Mauro, em janeiro de 2003. Por sugestão de Frei Betto, resolveu dá-la a Lula), executivo que foi por anos presidente da companhia. É importante notar que os investimentos da família Moreira Salles no Unibanco se dão por meio de outra empresa, a E. Johnston (?). A Brasil Warrants não faz parte das empresas da Unibanco Holdings. Outra empresa ainda, a Santana, concentra o caixa e investimentos em imóveis dos Moreira Salles.

MOMENTO HISTÓRICO (foto ao lado)
Pedro Moreira Salles, presidente do Unibanco (sentado, à esq.), Roberto Setubal, presidente do Itaú (sent. à dir.), Israel Vainboim, presidente do Conselho de Administração da Unibanco Holdings e anfitrião do encontro (em pé, à esq.), e Henry Penchas, ex-vice-presidente do Itaú
Israel Vainboim, vice-presidente da Brasil Warrants, não quis revelar o valor da aquisição. Mas confirmou ao Valor que a empresa tomou empréstimo sindicalizado (com a participação de vários bancos) de US$ 300 milhões, um pré-pagamento à exportação, para financiar a compra. O empréstimo, sob a liderança do ABN Amro, tem prazo de vencimento em cinco anos. O custo para a empresa ficou em torno de 1% ao ano sobre a Libor, a taxa interbancária de Londres. Como a Brasil Warrants é uma holding e não uma companhia exportadora, vai comprar performance de exportação da CBMM e de outras empresas no mercado específico para isso.
Foto abaixo:)IPATINGA - O presidente da Nippon Steel Corporation (NSC), Shoji Muneoka, foi recebido no Brasil pelo presidente da Usiminas, Wilson Brumer, e pelo presidente do Conselho de Administração da Usiminas, Israel Vainboim, para uma visita de cortesia, no início desta semana, às instalações industriais da siderúrgica brasileira. Seguindo uma tradição de seus antecessores, o executivo japonês pôde conhecer in loco o ciclo de investimentos em laminação, atualização tecnológica e galvanização empreendido pela Usiminas nas usinas de Ipatinga (MG) e Cubatão (SP).

Segundo Vainboim, a Brasil Warrants não costuma se alavancar. "Uma holding não é um lugar para se fazer estripulias", diz. "É sempre necessário observar se o fluxo de dividendos das companhias operacionais será suficientes para pagar a dívida", lembra o experiente executivo. A opção de tomar o pré-pagamento à exportação se deveu ao custo "baixíssimo" do empréstimo, conta Vainboim, que faz parte do conselho do Unibanco e é presidente da diretoria da holding que o controla.
Segundo Vainboim, a decisão foi tomada pela própria Chevron. Em agosto de 2005, a gigante americana comprou a Unocal (Union Oil of California), que controlava a Molycorp, a sócia dos Moreira Salles na CBMM. Conforme o executivo, não fazia sentido estratégico à gigante do petróleo manter uma participação tão pequena, de 35% na CBMM, apesar de a empresa ser um "ótimo negócio", que rende dividendos "excelentes" e é líder no seu setor no mundo todo.
A Brasil Warrants viu então uma boa oportunidade de investimento e resolveu ampliar sua participação na CBMM. Na verdade, desde 2004, quando foi comprada pela Unocal, a Molycorp vinha reduzindo sua participação na empresa e a Brasil Warrants, ampliando. Inicialmente, a fatia era de 44,59%. A venda de 4,59% em 2004 rendeu ganhos de US$ 15 milhões antes dos impostos, à época. Depois, foram vendidos mais 5% e agora, outros 35%.
A filosofia da discreta Brasil Warrants é investir em empresas "éticas e certinhas", como definiu Vainboim, que não tenham contingências fiscais, por exemplo, para manter o legado do patriarca banqueiro e embaixador Walther Moreira Salles, morto em fevereiro de 2001. A holding só está presente nos conselhos, nunca nas diretorias, das empresas nas quais participa, dando amplos poderes aos executivos. Mas ajuda a selecionar e acompanhar a administração dessas companhias. "Nosso principal 'know-how' é financeiro e, por isso, buscamos sempre ver se as atividades de nossas controladas estão financiadas da melhor forma, no melhor prazo e na melhor moeda", diz Vainboim.
Recentemente, a Brasil Warrants fez um desinvestimento importante: vendeu os direitos de explorar a marca Blockbuster no Brasil para a Lojas Americanas* (*grupo Lemann, Ambev ,Bc.Garantia), da GP Investimentos, por R$ 186,2 milhões. A marca americana foi implantada no país pela Brasil Warrants em parceira com o Unibanco, 40% a 60%, há 11 anos, mas os ganhos ano a ano foram "medíocres", não muito superiores à Libor, taxa interbancária de Londres, diz o executivo. No entanto, como a empresa estava desvalorizada por causa disso, sua venda vai proporcionar ganho contábil "considerável", que ele preferiu não revelar.
Mais rentável foi a participação na incorporação do Centro Empresarial Nações Unidas (CENU), na avenida Roberto Marinho com a Marginal Pinheiros, por meio da Imopar. O empreendimento foi vendido para o Hilton, Funcep e Tishman Speyer. "Obtivemos ganhos mais próximos ao DI", disse.
A holding ainda tem algumas salas no CENU que aluga e vende. Tem participação na Aracruz e já esteve na rede Novo Hotel e na Carbocloro, entre outras empresas.
A empresa nasceu nos anos 50, quando a Brazilian Warrants foi adquirida pelo patriarca Walther Moreira Salles na bolsa de Londres. Na época, a companhia era uma grande fazenda em Matão (SP), de 55 mil hectares, que havia sido usada para a produção de café antes da crise de 29. Logo foi nacionalizada e virou Brasil Warrants. Aos poucos, partes da fazenda foram sendo vendidas para capitalizar o Unibanco e hoje restam 15 mil hectares na Fazenda de Cambuí.