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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Nióbio do Brasil Saque das Jazidas


Está em nosso país a quase totalidade das jazidas conhecidas no Planeta do nióbio, minério essencial para as indústrias aeronáutica e aeroespacial, para a indústria nuclear, inclusive armas e seus mísseis. A atual tecnologia faz o nióbio, graças à sua superioridade substituir metais, como molibdênio, vanádio, níquel, cromo, cobre e titânio, em diversas outros setores industriais.
2. Embora a maioria das pessoas nem saiba o que é nióbio ou para que serve, esse mineral mostra emblematicamente, como o País, extremamente rico em recursos naturais, permanece pobre, além de perder, sem volta, esses recursos, e de se estar desindustrializando, sobre tudo nos setores de maior conteúdo tecnológico.
3. A primarização da economia brasileira é fato confirmado até nas estatísticas oficiais. O Brasil está cada vez mais importando produtos de elevado valor agregado e exportando, com pouco ou nenhum valor agregado, seus valiosos recursos naturais.
4. Isso acarreta baixos níveis salariais no País e também a gestação de crises nas contas externas, cujo equilíbrio sempre dependeu de grandes saldos (que agora estão definhando) no balanço das mercadorias, para compensar o déficit crônico nas contas de “serviços” e de “rendas” do Balanço de Pagamento.
5. O que está por acontecer de novo já ocorreu antes, quando a oligarquia financeira mundial atirou o Brasil na crise da dívida externa de 1982/1987. Os prejuízos decorrentes dessa crise foram grandemente acrescidos com o privilegiamento do “serviço da dívida” no Orçamento Federal, instituído por meio de fraude, no texto da Constituição de 1988. Esse “serviço” já acarretou despesa, desde então, de 6 trilhões (sim, trilhões) de reais, com a dívida pública externa e interna, esta derivada daquela.
6. Tudo isso concorreu para agravamento da situação gerada pelo defeito original do modelo: ter, desde 1954, favorecido os investimentos diretos estrangeiros com subsídios e vantagens maiores que os utilizáveis por empresas de capital nacional. Estas foram sendo eliminadas em função da política econômica governamental. As que restaram tornaram-se caudatárias das transnacionais e de interesses situados no exterior. Vê-se, pois, a conexão entre os grandes vetores de empobrecimento e de primarização da economia nacional
7. O niobio é tão indispensável quanto o petróleo para as economias avançadas e provavelmente ainda mais do que ele. Além disso, do lado da oferta, é como se o Brasil pesasse mais do que todos os países da OPEP juntos, pois alguns importantes produtores não fazem parte dela.
Números
8. Cerca de 98% das reservas da Terra estão no Brasil. Delas, pois, depende o consumo mundial do nióbio. A produção, cresceu de 25,8 mil tons. em 1997 para 44,5 mil tons., em 2006. Chegou a quase 82 mil tons. em 2007, caindo para 60,7 mil tons., em 2008, com a depressão econômica (dados do Departamento Nacional de Produção Mineral). Estima-se atualmente 70 mil toneladas/ano. Mas a estatística oficial das exportações brasileiras aponta apenas 515 toneladas do minério bruto, incluindo “nióbio, tântalo ou vanádio e seus concentrados”!
9. Fontes dignas de atenção indicam que o minério de nióbio bruto era comprado no garimpo a 400 reais/quilo, cerca de U$ 255,00/quilo (à taxa de câmbio atual e atualizada a inflação do dólar).
10. Ora, se o Brasil exportasse o minério de nióbio a esse preço, o valor anual seria US$ 15.300.000.000 (quinze bilhões, trezentos milhões de dólares). Se confrontarmos essa cifra com a estatística oficial, ficaremos abismados ao ver que nela consta o total de US$ 16,3 milhões (0,1% daquele valor), e o peso de 515 toneladas ( menos de 1% do consumo mundial). Observadores respeitáveis consideram que o prejuízo pode chegar a US$ 100 bilhões anuais.
11. Mesmo que o nióbio puro seja cotado a somente US$ 180 por quilo, como indica o site chemicool.com, ainda assim, o valor nas exportações brasileiras do minério bruto correspondia a apenas 1/10 disso. O nióbio não é comercializado nem cotado através das bolsas de mercadorias, como a London Metal Exchange, mas, sim, por transações intra-companhias.
12. Há, ademais, um item, ligas de ferro-nióbio, em que o total oficial das exportações alcança US$ 1,6 bilhão, valor mais de 100 vezes superior à da exportação do nióbio e de minérios a ele associados, em bruto. O mais notável é que o nióbio entra com somente 0,1% na composição das ligas de ferro-nióbio. Vê-se, assim, o enorme valor que o nióbio agrega num mero insumo industrial, de valor ínfimo em relação aos produtos finais das indústrias altamente tecnológicas que o usam como matéria-prima.
13. Note-se também que a quantidade oficialmente exportada do ferro-nióbio em 2010 foi 66.947 toneladas. O nióbio entrando com 0,1% implicaria terem saído apenas 67 toneladas de nióbio, fração ínfima da produção mundial quase toda no Brasil e do consumo mundial realizado nas principais potências industriais e militares.
Campanha nacional
14. As discrepâncias e absurdos são enormes e têm de ser elucidados e corrigidos. Para isso, há que expô-los em grande campanha nacional, que leve a acabar não só com o saqueio do nióbio, mas também com a extração descontrolada de metais estratégicos e preciosos, sem qualquer proveito para o País, o qual, ainda por cima, fica com as dívidas aumentadas.
15. O desenvolvimento dessa campanha deverá também fazer o povo entender que a roubalheira dos recursos minerais só poderá cessar se forem substituídas as atuais estruturas de poder.
* Adriano Benayon é Doutor em Economia. Autor de “Globalização versus Desenvolvimento”

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A febre do minério de ferro no Brasil


Por que tantas empresas e investidores internacionais decidiram invadir o País atrás de projetos para explorar o minério.

Eles vieram do distante Casaquistão, uma ex-república soviética da Ásia Central. Controladores da ENRC, uma das maiores empresas daquele país, três dos homens mais ricos do mundo descobriram a pequena Caetité, no interior da Bahia, em 2008. Desde então, a mineradora já investiu mais de US$ 1 bilhão na compra de uma reserva de minério de ferro no lugar. Para tirar o projeto do papel, serão necessários outros US$ 2 bilhões. E tem mais: será preciso lidar, também, com a incerteza que é depender do governo brasileiro para a construção de uma ferrovia e de um porto, essenciais para levar o minério até os clientes.
Os casaques estão bancando uma aposta. E não são só eles: há também investidores chineses, americanos, alemães e japoneses, entre outros. Os novatos compraram participação em pelo menos oito projetos de produção de minério de ferro. São novas minas e expansões que devem entrar em operação nos próximos seis anos (veja quadro na página ao lado). Todos cobiçam um pedaço do mercado dominado pela Vale, responsável por mais de 70% da produção de minério do País. Ao todo, serão despejados no setor US$ 39 bilhões até 2014, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Menos de metade virá da Vale.
O preço do minério no mercado internacional explica o interesse dos novatos. Desde o início da década, a cotação saltou de US$ 20 para US$ 140 a tonelada. Os valores foram turbinados pelo crescimento da China e sua voracidade por matérias-primas. Ao longo dos próximos 15 anos, estima-se que 350 milhões de chineses migrarão do campo para as cidades. No ambiente urbano, essas pessoas vão andar de metrô, atravessar pontes e comprar casas, carros e geladeiras. Tudo isso consome muito aço – e cada tonelada de aço leva 1,5 tonelada de minério de ferro.
Só existem três lugares no mundo com grandes reservas do metal: Austrália, África e Brasil. A Austrália tem poucas jazidas ainda não exploradas. Na África, a instabilidade política e a infraestrutura precária tornam os investimentos extremamente arriscados. O Brasil é o único lugar onde há minas de grande porte e produto de alta qualidade disponíveis. “Procuramos oportunidades em outros países e encontramos na Bahia um dos melhores projetos de minério de ferro do mundo”, diz Jim Cochrane, diretor comercial da ENRC.
Os novatos. A maior parte dos novos investidores entrou no Brasil por meio da compra de participações em empresas e projetos locais. Do fim do ano passado para cá, o empresário Eike Batista vendeu pedaços da MMX para a siderúrgica chinesa Wisco e para a trading sul-coreana SK Networks. Em abril, o grupo chinês Honbridge Holdings fechou um acordo para comprar o projeto de mineração do Grupo Votorantim. Em junho, a japonesa Sumitomo adquiriu 30% do área de mineração da Usiminas.
“O objetivo é suprir nossa planta siderúrgica de Cubatão e ter uma proteção contra a variação do preço do minério. O excedente vamos exportar”, diz Wilson Brumer, presidente da Usiminas. Como as plantas da Usiminas consomem hoje cerca de 9 milhões de toneladas de minério por ano, no pico do projeto, em 2015, será possível exportar 20 milhões de toneladas.
Corrida do minério. A euforia com a alta nos preços gerou uma corrida em busca de novas jazidas. Tanto para explorar quanto para fazer dinheiro rápido, vendendo reservas promissoras a grandes empresas. O geólogo Helvécio Amoedo Vieira Lopes busca minas desde 2006. Sócio da BP Projetos e Consultoria Mineral e Ambiental e ex-funcionário da siderúrgica Arcelor Mittal, hoje ele está focado na identificação de pequenas jazidas no Nordeste, uma nova fronteira, longe do quadrilátero ferrífero de Minas Gerais e de Carajás, no Pará, já ocupada pela Vale.
Lopes explora minério de forma quase artesanal, num mercado obcecado por ganhos de escala. “Não precisamos começar como um Maracanã. Muitas das siderúrgicas chinesas ainda são pequenas”, diz o geólogo. O projeto mais avançado da BP é uma mina em Cruzeta (RN), que começou a ser explorada em agosto. A empresa está juntando minério até ter o suficiente para encher um navio e mandar para a Ásia – ou vender aqui mesmo, se aparecer uma siderúrgica interessada.
Ao mesmo tempo, Lopes tem percorrido Minas Gerais – de carro e equipado com um martelo – para procurar minas que poderão receber o investimento de um grupo chinês com quem a BP mantém negociações. “Faço pesquisas em documentos oficiais e recebo muita informação da minha rede de relacionamentos. Depois vou a campo tentar confirmar os indícios, quebro pedras e converso com as pessoas no local”, diz Lopes.
Caetité - O geólogo que virou bilionário http://www.iguanambi.com.br/2008/noticias/interna.php?id=2276
http://cmfcps.arteblog.com.br/471125/Associacao-de-Caetite-BA-solicita-dos-senadores-uma-visita-na-mina-de-Uranio/
Uma das mais avançadas nesse trabalho de prospecção é a GME4, empresa do Grupo Opportunity de Daniel Dantas e do geólogo João Carlos Cavalcanti. “Há um espaço de até dez anos entre os estudos geológicos básicos e a exploração da jazida”, diz Adalberto Ribeiro, geólogo e diretor de exploração da empresa. “Nós fazemos esse trabalho intermediário para depois vender a jazida”. Segundo Ribeiro, seu maior projeto, no Piauí, já foi sondado por vários investidores, entre eles chineses, indianos e coreanos.
Risco. Com a febre do minério, criou-se um mercado paralelo para venda de autorizações para pesquisas minerais concedidas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral. “Quase toda semana somos procurados por duas ou três pessoas detentoras de autorizações querendo fazer parcerias”, diz Ribeiro, da GME4.
Em minério de ferro, estima-se que no máximo 3% das áreas pesquisadas dão origem a minas economicamente viáveis. “A possibilidade de ficar rico com um achado está no imaginário dos brasileiros, mas é tão raro quanto ganhar na loteria”, completa.
Mesmo que o minério seja de boa qualidade, ainda será preciso colocar o produto num trem e depois num navio até que ele chegue aos clientes da Ásia. A falta de infraestrutura é o principal empecilho de muitos projetos. É por isso que várias jazidas da região central do Mato Grosso ainda não foram exploradas, segundo especialistas do setor.
Segundo o Ibram, parte dos novos projetos do setor envolve minas com baixo teor de ferro e que eram economicamente inviáveis até o boom atual. A escalada dos preços colocou as propriedades no jogo, mas essa situação só se sustenta se o preço permanecer elevado. “Entre a descoberta e o início da operação de uma mina, demora, em média, sete anos. Será que dentro de sete ou oito anos o cenário será o mesmo?”, diz Paulo Camillo Vargas, presidente do Ibram. “Alguns projetos podem ser viáveis num período de preço muito alto como agora. Mas, depois, quando houver uma acomodação, alguns deles podem não se viabilizar”, diz Brumer, da Usiminas.
A nova leva de mineradores é vista com bom olhos pelos grandes compradores de minério. “Competição sempre é boa”, afirma Khalid Al-Qadeeri, presidente do conselho da Gulf Industrial Investment Co. (GIIC), processadora de minério com sede no Bahrein. “Sempre encorajamos novos projetos no Brasil. Dependemos de mais minério para aumentar nossa capacidade de produção.”
Apesar do movimento, não haverá mudanças radicais no equilíbrio de forças do setor. A Vale continuará sendo líder. Nos próximos quatro anos, a empresa deve acrescentar 166 milhões de toneladas à sua capacidade de produção de minério de ferro no País. Para se ter uma ideia, no ano passado, a empresa produziu 238 milhões de toneladas de minério no mundo todo.
David Friedlander, Melina Costa – O Estado de S.Paulo

sábado, 15 de janeiro de 2011

Nióbio: Correia Transportadora CBMM Araxá


Reservas de nióbio em Araxá podem ser dobradas
O nióbio é nosso?
Via RedeBrasilAtual Cida de Oliveira
De acordo com a Codemig, atualmente a cidade tem nióbio para ser explorado por mais de 400 anos.
Correia transportadora de minérios    (foto: Beatriz Olivon  )

Maior produtora mundial de nióbio, metal usado em superligas de aço nas indústrias de petróleo e gás e aeroespacial, Araxá receberá este ano novos investimentos que podem revelar uma reserva adicional tão promissora quanto a atual, explorada desde os anos 50. Por causa do metal, a região ganhou destaque há pouco mais de um mês em uma lista de locais considerados estratégicos pelo governo dos Estados Unidos que foi publicado no site WikiLeaks.
A empresa mineira Gema Verde Comércio e Exportação de Minerais, com sede em Ouro Preto, está acertando os planos para iniciar no próximo mês os trabalhos de perfuração e sondagem numa área de mil hectares do lugarejo de Argenita, entre Ibiá e Araxá. No novo alvo de pesquisas, a Gema Verde encontrou uma grande anomalia no local, possível indicação de ocorrência de minério.
Em entrevista concedida ao jornal Estado de Minas, o geólogo Júlio César Mendes, sócio da empresa e professor da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), diz que a mina de nióbio que pode ter proporções semelhantes às das reservas de Araxá ou até superiores. A descoberta teve como referência os resultados dos levantamentos aerogeofísicos realizados por aeronave com equipamentos de última geração embarcados e conduzidos pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), empresa de economia mista que tem o governo de Minas como acionista majoritário.
O nióbio de Araxá, de acordo com a Codemig, detentora do título da mina em atividade, tem reservas para serem exploradas por mais de 400 anos. Para realizar a nova bateria de pesquisas que vão definir as características de rochas a profundidade de até 50 metros, a Gema Verde se associou a um grupo de mineração do Espírito Santo, num contrato mantido sob sigilo.
“As sondagens já foram contratadas e esperamos uma boa notícia em maio ou junho, mas sabemos que se trata de uma pesquisa de altíssimo risco”, destaca Mendes, há 30 anos no ramo da geologia. O orçamento previsto nas sondagens é de R$ 1,5 milhão.
Números
De acordo com os relatórios mais recentes do Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) relativos a 2008, o Brasil se mantém na liderança das reservas mundiais de nióbio, concentrando 97,9% delas. A produção, que aumentou 11,6% frente a 2007, está concentrada em Minas (91%) e Goiás (9%). A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), do grupo Moreira Salles, opera uma reserva de 482,5 milhões de toneladas em Araxá, respondendo por 91,3% do total das divisas geradas na exportação de produtos à base de nióbio que totalizaram US$ 1,485 bilhão em 2008.
O governo de Minas recebe 25% de participação nos lucros operacionais da CBMM. Desde os anos 50, a empresa explora as reservas de Araxá, depois de um esforço de desenvolvimento para retirada do nióbio do minério de pirocloro, até então conhecido como uma raridade mineralógica, recorda Mendes. Segundo documentos das embaixadas americanas, tornados públicos no WikiLeaks, as reservas de Araxá são estratégicas para o país. Quase 18% das exportações de ferro-nióbio da CBMM em 2008 tiveram como destino a América do Norte/Nafta.
“Os EUA chamam o nióbio de estratégico, principalmente, por ser uma substância básica nas indústrias de guerra, nuclear e aeroespacial”, afirma Mendes. publicado em 13/jan/2011 às 00h00

NIÓBIO: CBMM quer expandir capacidade para 150 mil toneladas anuais


CBMM em Araxá MG

RIO - A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) pretende expandir a capacidade de produção anual de nióbio de sua unidade na cidade mineria de Araxá para 150 mil toneladas em 2015, uma alta de 66% em relação à atual capacidade de 90 mil toneladas anuais. Este ano, a produção estimada é de 62 mil toneladas, dos quais 5% são suficientes para suprir toda a demanda nacional para o produto."Hoje somos responsáveis por cerca de 75% do mercado mundial de nióbio", afirmou o presidente da companhia, Tadeu Carneiro, que participou do 14º Americas School of Mines, no Rio de Janeiro. Apesar da expansão, Carneiro acredita que a capacidade plena de produção só será atingida em 2020, enquanto em 2015 a demanda mundial deverá elevar a produção da companhia a 110 mil toneladas anuais do nióbio, utilizado na produção de aço para aumentar a resistência e tenacidade do metal. (Rafael Rosas | Valor) 22/09/2010 - 16h33

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Brizola Neto denuncia rapina do nióbio


Deputado Federal do PDT, neto de Leonel Brizola, fala da defesa dos recursos naturais,da sua trajetória política e da luta contra a exploração das multinacionais.

Gilberto Felisberto Vasconcellos
 “Caros Amigos”: Que questões envolvem o nióbio no Brasil?

Brizola Neto: Toda indústria de alta tecnologia é altamente dependente do nióbio, não tem turbina de avião, não tem turbina de termoelétricas, não tem oleoduto se não tiver nióbio, porque ele é anticorrosivo. E o dado importante, é que justamente 95% das reservas de nióbio do mundo concentram-se só nas minas amazônicas, onde está demarcada a Reserva Raposa do Sol, sem serem exploradas. Há uma mina em atividade em Araxá, Minas Gerais, uma associação do grupo Moreira Sales com o grupo Rockefeller, a Cia. Brasileira de Mineração de Metais-CBMM. que vendem internacionalmente o nióbio a um preço abaixo do custo. Fato grave é que mesmo sendo o único exportador no mundo deste minério estratégico, o nosso país não é sequer capaz de determinar o preço do nióbio no mercado externo. Nos momentos de baixa dos valores das comodites como ocorre na crise atual, o preço da extração e do refino fica superior ao valor em que é cotado na bolsa de Londres, em média U$ 90 o kilograma. Na jazida atualmente mais explorada, em Araxá, Minas Gerais, a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) pertencente ao grupo Moreira Salles associado a multinacional MOLYCORP, do grupo Rockefellerr, exporta 90% do nióbioo extraído. Isso é mais um exemplo deplorável da simbiose da burguesia nativa com os interesses das grandes corporações multinacionais que engordam o imperialismo. Com o deputado mineiro José Fernando Aparecido, a gente tem lutado na Câmara por um novo marco regulatório na questão mineral no Brasil. Dá mais de um trilhão de dólares o nióbio que você tem hoje na Amazônia. Isso com preço estipulado lá na Bolsa de Londres, abaixo do custo, sem levar em conta a importância que tem o nióbio hoje na indústria, principalmente na indústria de ponta. É mais um caso da história de 500 anos de espoliação internacional do Brasil.


Renato Pompeu: A sua intervenção no Congresso teve repercussão na mídia?

Brizola Neto: Olha na grande mídia a gente pode dizer que essa repercussão ela realmente não acontece, e ai a gente entende inclusive as pressões que deve haver dos grandes grupos multinacionais nesse sentido, talvez os grandes anunciantes e sustentadores da grande mídia. Só para dar um exemplo, nós fizemos uma convocação na Comissão de Minas e Energia, requerimento meu e do deputado José Fernando Aparecido, convocando, para que se explicasse esse processo de privatizações da Companhia Vale do Rio Doce, o ex-presidente Fernando Henrique, o ministro das Minas e Energias na época do governo Fernando Henrique, o senhor Roger Agnelli, que comprou a Vale, para explicar por que a venderam pelo preço de seis meses do seu faturamento. E mais, o mais grave, a Constituição Federal diz que quem detém o solo não detém o subsolo, que o subsolo é patrimônio da União, e junto com a venda da Vale do Rio Doce entregaram as maiores minas brasileiras, as de Carajás, exploradas pelo senhor Roger Agnelli.

Renato Pompeu: A CBMM tem interesse em que não sejam exploradas as reservas de nióbio de Roraima, que estão nas terras indígenas. Mas a direita militar divulga na Internet que a demarcação contínua das terras indígenas foi feita para possibilitar a exploração do nióbio de Roraima por empresas estrangeiras.

Brizola Neto: Acho que uma questão não inviabiliza a outra. Nesse primeiro momento há essa pressão clara da CBMM para não desvalorizar a exploração do nióbio na mina que ela tem em Araxá, porque é uma exploração muito mais difícil do que a exploração que é possível hoje na Amazônia. Mas eu concordo plenamente que essa demarcação, além de atender o interesse imediato da CBMM, num futuro próximo, ela vai atender ao interesse internacional de que empresas estrangeiras se instalem ali para fazer a exploração do nióbio brasileiro.

Wagner Nabuco: Mas lá no Congresso, como é que você sente a repercussão, quem está mais para a posição sua e do PDT, quem fica mais em cima do muro, quem combate mais? Como que é isso lá?

Brizola Neto: Hoje, eu acho que é um pouco difícil você identificar dentro do Congresso, através de partidos políticos, quais são os grupos nacionalistas. Você tem hoje nacionalismo espalhado em vários partidos e, infelizmente, talvez seja a fração minoritária de cada um desses partidos com algumas exceções. Até mesmo no campo da esquerda você tem partidos que não compreendem a questão do nacionalismo, preferem estar afiliados a doutrinas externas.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Roraima Amazona Riquezas Cobiçadas Banco Mundial e Governo entreguista

Banco Mundial (privativista) quer investir em Roraima, diz diretor que foi agraciado pelo governador de Roraima José de Anchieta Junior.  15/03/2008 
Local: Boa Vista - RR
Fonte: Folha de Boa Vista
Link: http://www.folhabv.com.br


https://fabiolamusarra.wordpress.com/2010/07/07/roraima-na-terra-de-macunaima/
Monte Roraima (também conhecido como Roraima ou Tepui Roraima Cerro em espanhol, e Monte Roraima em Português), é o mais elevado da cadeia de Pakaraima tepui planalto no sul da America.First descrito pelo explorador Inglês Sir Walter Raleigh em 1596, seus 31 km ² área do cume é defendida por 400m (1.300 ft) falésias por todos os lados. A montanha inclui o ponto de tríplice fronteira de Brasil, Venezuela e Guiana. 
FO diretor do Banco Mundial no Brasil, John Briscoe, declarou que a instituição tem interesse de investir em Roraima e que deverá visitar o Estado novamente. Ele recebeu o governador Anchieta Júnior, em Brasília, onde conversaram por mais de uma hora.
Roraima,Ouro,Esmeraldas,Nióbio,Petróleo...Motivo da cobiça
                                                Anchieta júnior fez uma explanação para o presidente e equipe técnica sobre todas as potencialidades do Estado e abordou também o problema fundiário. Broscoe afirmou que o Banco Mundial tinha poucos dados sobre a economia e potencialidades de Roraima e que a visita do governador foi importante para a instituição.
Roraima,Ouro,Esmeraldas,Nióbio,Petróleo...Motivo da cobiça
O diretor de Desenvolvimento Sustentável do Banco Mundial, Mark Lundell, falou que já mantém parceria com todos os estados da região Norte e que faltava apenas Roraima. O banco demonstrou interesse no fortalecimento do setor privado e deve fazer um levantamento mais detalhado das potencialidades econômicas para investimento.
Roraima,Ouro,Esmeraldas,Nióbio,Petróleo...Motivo da cobiça
O governador de Roraima falou sobre os investimentos em saúde e educação, principalmente na valorização e incentivo dado à formação de professores e criação de cursos profissionalizantes e de instituições como as universidades Estadual e Virtual.

Segundo o governador afirmou durante a audiência, o fortalecimento do setor privado é hoje uma realidade e que o Estado tem o quarto maior PIB (Produto Interno Bruto) da região. O investimento em educação superior coloca o Estado em condição privilegiada com mão de obra qualificada, especializada.
Roraima,Ouro,Esmeraldas,Nióbio,Petróleo...Motivo da cobiça
PERGUNTAMOS: Porque os acordos são arquivados como secreto por mais de 100 anos???
Ex-governador José de Anchieta ao lado da ex-mulher e atual deputada federal Shéridan Oliveira (Foto: Reprodução/Instagram/@deputadosheridan)
Entreguista e corrupto:  o que negociou com o Banco Mundial?
(Adendo: A Justiça de Roraima bloqueou R$ 40 mil das contas do ex-governador de Roraima,  o corrupto José de Anchieta Júnior, da ex-mulher dele, a deputada federal Shéridan Oliveira (PSDB), e do  comandante da PM do estado, coronel Edison Prola. Eles são acusados de terem usado, em 2010, um avião do governo para viagem do funkeiro MC Sapão ao estado.
Se não bastasse a clã Sarney e Jucá, vem outros para impedir o desenvolvimento sustentável de Roraima
No final da reunião, o governador Anchieta Júnior doou um quadro do artista plástico Augusto Cardoso ao presidente do Banco Mundial no Brasil. O governador em Brasília onde tem agendado várias reuniões com ministros e equipe técnica do Governo Federal.  
Leiam Banco Mundial Privativista:
  http://aguanectardivino.blogspot.com/2011/02/banco-mundial-leva-os-paises-seguir.html
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sábado, 15 de março de 2008
(retiraram a matéria)
Resultado de imagem para Tepequém foi castigada pelo garimpo Foto: Alexandre Koda/ www.webventure.com.br

terça-feira, 25 de maio de 2010

Eike Elieser Batista vai extrair minérios no Piauí



Corrida pelos minérios brasileiros!!!
oglobo
clique para ver a foto em tamanho real
Eike Batista passou a semana no Piauí


Um dos homens mais ricos do mundo, Eike Batista passou na semana passada no Piauí para visita aos campos de pesquisa de extração de ferro no Sul do Piauí.

Ele veio acompanhar a instalação de estrutura de pesquisa para a extração de ferro por sua mineradora MMX nos municípios de Avelino Lopes, São Raimundo Nonato e Sebastião Barros.

A visita de Eike Batista para acompanhar as pesquisas de extração de ferro no sul do Estado é apenas parte da corrida que foi iniciada no Piauí para a extração de minérios, uma corrida que envolve grandes corporações como o Banco Oportunity, de Daniel Dantas, que está associado no Piauí com a mineradora GME4, do geólogo João Carlos Cavalcanti, ex-diretor-geral da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM); o grupo Votorantim, de Ermínio de Moraes; a Fomento Resources, a segunda maior da Índia e do milionário Lakshmi Mittal; a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CNPM); e a Companhia Mineira de Mineração.

O Departamento Nacional de Pesquisas Minerais (CNPM) registrou 4 mil requerimentos para a concessão de alvarás para pesquisas e lavra de minérios no Piauí.

“O Piauí está todo loteado pelas mineradoras. É uma corrida entre grandes mineradoras, que trabalham de forma sigilosa e com alto padrão de competitividade”, falou João Carlos Cavalcanti, sócio de Daniel Dantas na pesquisa e exploração de ferro nos municípios de Simões,Curral Novo e Paulistana.

Ele tem 20% da empresa de pesquisa e exploração de ferro. Cavalcanti tinha 25% da empresa, mas acaba de vender 5% para Daniel Dantas.

João Carlos Cavalcanti está encantado com os resultados nos investimentos que fez na pesquisa do ferro no Sul do Piauí. Ele tem rendimentos do dinheiro que acumulou com as vendas de parte dos negócios de R$ 40 mil mensais, fora os R$ 6 mil que ganha como aposentado na CNPM e comprou quatro apartamentos de um por andar, de R$ 700 mil cada. Ficou com um que fica em frente para o Teresina Shopping e deu três para seus filhos, todos com um a apartamento por andar. 
“Meus filhos são bem sucedidos, tenho uma filha promotora de Justiça e outros com bons cargos,mas seus salários não permitem comprar um apartamento de R$ 700 mil”, falou João Carlos Cavalcanti.

Ele disse que sua mineradora com o Banco Oportunity estão em fase final de pesquisas, que apontaram reserva de 350 milhões de toneladas medidas, mas espera que a reserva chegue a uma capacidade de 1 bilhão de toneladas.

Até agora a empresa só trabalhou em 3 mil hectares, mas tem ainda 100 mil hectares para pesquisar.

Agora a GME4 e o Banco Oportunity estão prontos para iniciar a exploração esperando apenas a conclusão da ferrovia Transnordestina, que liga o município de Elizeu Martins aos Portos de Suape, em Recife (PE) e Pecém, em Fortaleza (CE).

Para esta nova fase a GME4 e o Banco Oportunity, que já gastaram R$ 30 milhões, estão se associando a Fomento Resources, que é a segunda maior mineradora da Índia.

Para implantar o projeto, já aprovado pelo Ministério de Minas e Energia, a Fomento Resources irá investir US$ 1 bilhão. A Votoratim está pesquisando nível, perto da Vale do Rio Doce,que tem unidade em Capitão Gervásio Oliveira. A Votorantim está trabalhando em São Francisco de Assis do Piauí e em São João do Fidalgo; a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral está fazendo pesquisas em Dom Inocêncio e Queimada Nova; e a Companhia Mineira de Mineração em Dom Inocêncio.
FONTE: Meio Norte  - j292   25/05/2010-
http://www.jornalista292.com.br/noticia_detalhe.php?id=162


Apresento o início da exploração dos minérios brasileiros:
http://niobiomineriobrasileiro.blogspot.com/2008/12/icomi-no-amapa.html

terça-feira, 18 de maio de 2010

Roraima Amazona Riquezas Cobiçadas Rota 174



Rota 174

- A Rota 174 foi aberta em 1974 pelos militares no período da ditadura militar no Brasil. A abertura da BR-174 trouxe uma série de impactos  na  paisagem do  referido  estado. Hoje, infelizmente devido a intervenção de determinadas Ongs, é uma área aonde brasileiros precisam pedir licença para adentrar.


- Colhi estas informações em site de Roraima:
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RORAIMA, — O PRÓXIMO IMPÉRIO