domingo, 19 de fevereiro de 2017

Minério "material ferroelétrico" com propriedades de um cristal

Adendo janeiro de 2019: Em respeito a Mariana, Brumadinho -Minas Gerais e ao que está para acontecer,  Que os responsáveis pela destruição do solo e sub-solo brasileiro e do mundo, praticando o genocídio, destruindo cidades inteiras, levando além divisas, não recolhendo impostos, deixando a humanidade pobre, desempregada, faminta, desabitada, doente, morta, SEJAM CASTIGADOS, (+) que a Justiça divina se faça prevalecer.
Um exemplar de minério de perovskitaResultado de imagem para Novo minério é capaz de converter luz solar, calor e movimento em eletricidade
Inversão dos polos magnéticos do KBNNO por luz, pressão, movimento ou calor é o motivo da geração de energia.
De acordo com os pesquisadores da universidade, e a publicação do Applied Physics Letters, o KBNNO é um “material ferroelétrico” com moléculas polares, ou seja, que funcionam como as agulhas de uma bússola reproduzindo o polo sul e o Norte ao redor de si. Quando são estimuladas por algum fator físico, como raios solares ou pressão, por exemplo, esses polos acabam se desalinhando – o que desencadeia uma corrente elétrica.
Um novo minério com propriedades incríveis foi descoberto por cientistas e pesquisadores da Universidade de Oulu, na Finlândia.
Trata-se de um material com propriedades de um cristal, batizado até o momento de KBNNO, e capaz de tansformar, simultaneamente, luz solar, calor e energia cinética em eletricidade.
O minério faz parte da família perovskita, relacionada a metais raros com potencial de produzir energia a partir de algumas fontes, e acende uma nova esperança no rol dos recursos renováveis, já que pode ser uma maneira alternativa de gerar energia elétrica para carregar smartphones, tablets e notebooks.
De acordo com os autores do estudo, que foi publicado no jornal Applied Physics Letters, o material consegue gerar energia suficiente para as necessidades de uma casa.
A notícia fica ainda mais interessante devido a essa peculiaridade do material, de converter três fontes de energia ao mesmo tempo em eletricidade.
“Isso dará um grande impulso no desenvolvimento de áreas como a Internet das Coisas e as cidades inteligentes, onde todos os sensores e dispositivos passam a ser sustentáveis energeticamente”, diz Yang Bai, um dos autores do estudo, citado pela Phys.org.
A eficácia da energia elétrica gerada pelo KBNNO é inferior quando comparada a de outros perovskitas, como as células solares usadas em painéis fotovoltaicos. Mas, segundo o grupo de cientistas, é possível que com uma modificação na composição do material, seu potencial de gerar mais energia seja aumentado.
 https://ciberia.com.br/novo-mineral-converte-simultaneamente-luz-solar-calor-e-movimento-em-eletricidade-11643 - https://jornalistadanovaera.wordpress.com/2017/02/19/novo-minerio-transforma-luz-solar-calor-e-movimento-em-energia-eletrica/

sábado, 4 de fevereiro de 2017

"Radioatividade" usina nuclear Angra 3 e as fases da Lava Jato

A polícia afirmou em uma entrevista coletiva,  que o presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, que saiu de licença em abril/2015, teria aceitado propinas em troca da concessão de contratos para pelo menos duas construtoras.
Praia na Ilha de Cataguás, em Angra dos Reis
Praia na Ilha de Cataguás, em Angra dos Reis: essa nova fase da investigação ameaça provocar ainda mais danos à economia, diz especialista (KarlaFPaiva/Wikimedia Commons)
Por Vanessa Dezem  access_time  29 jul 2015, 16h55
São Paulo – Logo ao sul do Rio de Janeiro, junto a uma faixa costeira conhecida por suas praias de areia branca e resorts de alto padrão, o próximo grande escândalo de corrupção do Brasil começa a ser revelado.
Esse tem semelhanças notáveis com o caso colossal de pagamento de propina que envolveu a gigante estatal Petrobras, e ajudou a colocar o Brasil no caminho de sua pior recessão em 25 anos, além de deixar a presidente Dilma Rousseff em posição de ter que lutar por sua sobrevivência política.
Não há coincidência: muitos personagens são os mesmos.
No centro dessa história está outra empresa administrada pelo Estado, a Eletrobras, e seu projeto Angra III, uma usina de energia nuclear escondida em uma baía com ilhas cobertas de vegetação, que se tornou uma espécie de playground para os ricos e famosos do Brasil.
Cinco das construtoras cujos executivos foram presos com alegações de suborno na Operação Lava Jato, que tinha a Petrobras como principal foco, também receberam contratos para participar da construção da usina nuclear de R$ 14,9 bilhões (US$ 4,4 bilhões).
“O modelo é o mesmo que o da Petrobras”, disse Adriano Pires, diretor do CBIE, uma consultoria de energia e infraestrutura com sede no Rio de Janeiro.
“O governo brasileiro criou um sistema em que grandes empresas estatais são usadas para objetivos políticos e são responsáveis por grandes consórcios de infraestrutura. É uma atmosfera que favorece a corrupção”.
Enquanto a investigação à Petrobras foi chamada de “Lava Jato” pelos investigadores em alusão a um posto de gasolina usado para a lavagem de dinheiro, essa nova fase ganhou o nome de “Radioatividade”.
Nesta terça-feira, a Polícia Federal prendeu o presidente licenciado da unidade nuclear da Eletrobras, a Eletronuclear, e o presidente da AG Engenharia, uma unidade da construtora Andrade Gutierrez, em mais uma etapa da Lava Jato.
A Eletronuclear não respondeu ao contato da Bloomberg e a Andrade Gutierrez preferiu não comentar.
Do Rio à Amazônia
Os mandados de prisão estão entre as 30 ordens judiciais emitidas com base no depoimento de Dalton Avancini, presidente da construtora Camargo Corrêa SA, que disse que sua empresa e outras empresas ganharam contratos para Angra III graças ao pagamento de propinas, afirmou o delegado da PF, Igor Romário de Paula, a repórteres em Curitiba.
A Camargo Corrêa não respondeu até o momento os pedidos de comentário.
No mesmo depoimento, Avancini também denunciou outro projeto da Eletrobras, a usina hidrelétrica de Belo Monte, de R$ 30 bilhões, no coração da Amazônia brasileira, disse uma fonte com conhecimento direto do assunto à Bloomberg News, em março.
Ao anunciar as prisões, a PF afirmou que projetos como Angra III provam que é com pagamento de propinas que os contratos para grandes obras públicas são obtidos e os negócios são feitos. Não apenas na Petrobras, mas em todo o Brasil.
Corrupção ‘endêmica’
“A corrupção é endêmica e há sinais de que ela se estende a várias instituições no Brasil”, disse o procurador Athayde Ribeiro Costa a repórteres em Curitiba, onde a investigação sobre a Petrobras e a Eletrobras está baseada. “Estamos em estado de metástase”.
A Andrade Gutierrez ganhou o contrato para a construção da usina de energia nuclear de 1.405 megawatts, que deverá começar a operar em 2018 e faz parte de um complexo nuclear.
A empresa e outras construtoras ganharam contratos para a montagem de equipamentos.
Resultado de imagem para Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva
A polícia afirmou em uma entrevista coletiva, na última terça-feira, que o presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, que saiu de licença em abril, teria aceitado propinas em troca da concessão de contratos para pelo menos duas construtoras.
Flávio Barra, presidente da unidade de engenharia da Andrade Gutierrez, também foi preso. Barra também é presidente do conselho do consórcio de empresas que está construindo Belo Monte. Helton Pinto, advogado de Silva, não respondeu a ligações.
A Bloomberg não conseguiu contatar representantes de Barra.
Tribunal de Contas
Embora a Polícia Federal tenha preferido não confirmar se havia sido aberta uma investigação a respeito do projeto da usina hidrelétrica, o Tribunal de Contas da União, órgão que fiscaliza as contas do governo e é conhecido como TCU, disse no mês passado que iniciou uma investigação sobre o projeto.
A Eletrobras, que não respondeu a pedidos de comentário, disse que contratou dois escritórios de advocacia para conduzir uma investigação interna, que analisará as relações da empresa com companhias ligadas às investigações da Lava Jato.
Assim como a investigação à Petrobras paralisou o setor da construção no Brasil e tirou alguns projetos de petróleo dos trilhos, essa nova fase da investigação ameaça provocar ainda mais danos à economia brasileira, disse Pires.
“Essa investigação é um outro golpe para o setor brasileiro da eletricidade, que já estava sofrendo com a intervenção do governo”, disse ele.