terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O nióbio do solo brasileiro é para a exportação e enriquecimento de poucos e o risco de câncer é para a população do Brasil.



“O lucro é deles, o câncer é nosso!”
Assim o nióbio não é muito diferente dos outros comodities como soja ou café. As frutas da terras do Brasil são para exportação, o que fica na terra e nas águas do Brasil são os pesticidas e adubos químicos, que também podem causar câncer além de outras doenças mortais. O Brasil é o maior consumidor de pesticidas no mundo, e muitos destes pesticidas são proibidos exatamente em países que são importadores destes produtos agrícolas brasileiros.
A maior riqueza do Brasil não são nióbio, soja ou urânio. A maior riqueza são os rios e as águas subterrâneas limpas, solos saudáveis e férteis, povos e pessoas tradicionais que ainda sabem usar a grande biodiversidade das florestas e outros biomas de forma sustentável e social. Mas tudo isto é uma riqueza em extinção por causa de uma indústria predatória, insustentável e sem pátria que precisa de elementos perigosos como o nióbio.
As forças internacionais, as mineradoras e a indústria internacional de aço e de dutos e da construção civil gostariam ter muito mais nióbio disponível, porque assim o preço seria mais barato no mercado. Mas isto não é a favor nem da economia e nem da saúde do povo do Brasil.

“O nióbio é nosso – deixamos este minério no solo!”

Norbert Suchanek, Correspondente e Jornalista de Ciência e Ecologia, é colaborador internacional do EcoDebate

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