O
contrabando de torianita é investigado desde 2004. Segundo a Polícia Federal, o
quilo do produto é vendido por até US$ 300.
O
minério, que é encontrado em grande quantidade no noroeste do Amapá, contém
urânio e tório, usados na fabricação de armas e reatores nucleares.
Há um
ano, depois da apreensão de uma tonelada do minério, a Polícia Federal recorreu
à Justiça para que a Comissão Nacional de Energia Nuclear retirasse o material
do estado. Desde então, parte da torianita está sendo armazenada provisoriamente
no Batalhão Ambiental do estado.
“Nós
temos uma área aberta, temos um fluxo grande de pessoas, tanto dos projetos
sociais como dos policiais militares. E nós não temos dados mais concretos
sobre esse minério”, declarou o tenente-coronel Sérgio Roberto Nascimento,
comandante do Batalhão Ambiental.
“As
fiscalizações e as apreensões foram suspensas em virtude de não haver local
adequado para este material. Nós dependemos do Cnen para providenciar um local
adequado, uma vez que esse minério é altamente radioativo”, alertou Dacildo
Gama, assessor de comunicação da Polícia Federal.
A
Polícia Federal defende a construção de um depósito no Amapá com a assessoria
da Comissão Nacional de Energia Nuclear. O caso chegou à Justiça Federal, onde
o assunto deve ser debatido em abril. O objetivo é reunir membros da comissão
nacional e da polícia para encaminhar uma solução em comum.
“O que
é inconcebível é que o país não tenha uma política de segurança nessa área, ou
seja, não há um local adequado e determinado e nenhuma instituição específica
para cuidar desse material após a apreensão pela Polícia Federal”, disse o juiz
federal João Bosco Soares.
Cinco
inquéritos sobre o comércio ilegal de torianita indiciaram os intermediários
por danos ambientais e nucleares. A polícia não conseguiu identificar os
compradores, que seriam do exterior. Até hoje, nunca foi produzido um relatório
conclusivo sobre o destino do minério.
A
Comissão Nacional de Energia Nuclear declarou que jamais se recusou a colaborar
com a Polícia Federal no Amapá e que até o ano passado transportou duas
toneladas e meia de torianita apreendida no estado.
Para a
Cnen, é fundamental descobrir a fonte e o destino do minério, porque a melhor
solução seria mantê-lo no local de origem.
Um comentário:
Para informações sobre o tema veja
https://www.academia.edu/7410255/Torianita_do_Amap%C3%A1
Postar um comentário