terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Por que Eliezer Batista permitiu doar as controladoras e a própria Vale do Rio Doce?

Por que Eliezer Batista a Mineradora Vale do Rio Doce portadora das maiores jazidas do mundo, além de doar suas controladoras, doou também a própria Vale? Quais foram suas intenções:

https://tremdovale.wordpress.com/2015/06/
Sede do Município de Itabira km 569 + 268, com altitude de 763,000 metros. Ponto terminal da Estrada de Ferro Vitória a Minas. Seu nome indígena significa: “Pedra empinada, esguia” (Ita – pedra; bira – empinada, esguia) o que bem define a forma do Pico do Cauê, característica principal da “Cidade do Ferro”. Em Itabira temos as nossas minas de minério de ferro, reputado como o mais rico e melhor minério entre os encontrados no Brasil. A inauguração da Estação deu-se em 30 de outubro de 1943.
Estação de João Paulo.
Posto Telegráfico no Ramal do Campestre – km 4 + 200, com altitude de 830,130 metros, do Pico do Cauê (Itabira). Seu nome é uma homenagem póstuma ao Engenheiro João Paulo Pinheiro falecido em 17 de maio de 1951, no cargo de Superintendente do Departamento das Minas.
Resultado de imagem para Terminal Marítimo de Tubarão, em Vitória (ES), em 1 o  de abril de 1966. o ex-presidente da CVRD, Oscar de Oliveira à frente de um grupo de japoneses  visitam o Terminal Marítimo de Tubarão logo após sua inauguração, em 1966.
Após meses de negociação, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aprovou, em novembro de 1964, o empréstimo de US$ 28,8 milhões para expansão do Terminal Marítimo de Tubarão, entre outros investimentos que seriam alocados da seguinte forma: usina de pellets de Tubarão – US$ 16,5 milhões; Terminal Marítimo de Tubarão – US$ 1,5 milhão; equipamentos ferroviários – US$ 4,9 milhões; equipamentos para a nova instalação de mineração – US$ 5,6 milhões; e controle do BID – US$ 300 mil.66 A melhoria da situação financeira da Companhia permitiu aumentar gradativamente os investimentos no desenvolvimento da região do Rio Doce. Entre 1961 e 1967, os recursos da CVRD aplicados no Fundo do Melhoramento e Desenvolvimento da Zona do Rio Doce destinaram-se, em ordem decrescente de grandeza, à agropecuária/indústria, a estudos e projetos, à infraestrutura (eletrifica- ção, transporte, abastecimento e tratamento de água, serviços de esgoto) e à educação/saúde/obras assistenciais.67 Além de deter o controle acionário da Docenave, da Vatu, da Benita e da Itabira Eisenerz, suas subsidiárias, em 1967 a Vale do Rio Doce tinha participação acionária em diversas empresas, públicas e privadas, entre as quais a CSN, a Cosipa, a Usiminas, a Usina Siderúrgica da Bahia (Usiba), a Centrais Elétricas de Minas Gerais (Cemig), a Espírito Santo Centrais Elétricas S. A. (Escelsa), a Companhia Pernambucana de Borracha Sintética (Coperbo), a Companhia Agrícola de Minas Gerais (Camig) e a Frigorífico Mucuri S. A.68 Todo esse processo de expansão foi propiciado por uma ampla reforma administrativa, desencadeada logo no início da década.  Já em 1961, por determinação do presidente Eliezer Batista, a CVRD deu início a estudos visando à adequação de sua estrutura administrativa e funcional ao ritmo de expansão de suas atividades empresariais.69 Reforma administrativa Ainda em 1962 foram reformuladas as normas e as técnicas de seleção de pessoal. A contratação dos novos empregados passou a se basear exclusivamente nos méritos dos candidatos, submetidos a provas de habilitação e testes psicotécnicos. A etapa foi sendo progressivamente implementada ao longo da década de 1960. Um balanço da reforma administrativa da Vale nos anos 1960 revela uma grande preocupação de seus dirigentes com a manutenção da autonomia empresarial em relação ao seu acionista majoritário – o Estado. De acordo com os termos do Decreto-Lei no 2.627, de 26 de setembro de 1940, base da legislação societária em vigor à época, os diretores eram eleitos pela Assembleia Geral de Acionistas, respeitando procedimentos rigidamente normalizados. Na condição de principal acionista, o Estado podia nomear ou substituir livremente os diretores, o que ameaçava a continuidade das políticas em execução. O aumento do número de divisões, o estreitamento das relações entre os superintendentes-gerais desses órgãos e o presidente e a extinção do cargo de superintendente-geral da Companhia, bem como sua substituição, na prática, pela Junta de Programação e Coordenação podem ser interpretados como uma prova de que a Vale do Rio Doce pretendia garantir sua unidade orgânica e a normalidade no seu fluxo decisório.
Notas:
- Ver Relatório de Diretoria 1964, p. 6. 67 - Ver Companhia Vale do Rio Doce. 1942-1967. n. p. 68 - Ver Relatório de Diretoria 1967, p. 45.

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