Em 1969 A Phillips Petroleum consegue de Costa e Silva a construção de um grande conjunto habitacional , bem em cima de uma jazida de fosforita, em Olinda, para inviabilizar sua exploração, que era competitiva com a deles. Hoje, 2017 é o sexto leilão para vendê-la, o último em 2012 por R$40 milhões para empresários islâmicos de Dubai não pagaram desistindo do investimento e continua um mistério pelo desespero que passou a família Costa Azevedo em ver o seu sonho da mineração destruído sem jamais saberem o motivo.
Em 1953 se descobriu que em uma região de Olinda existia um barro muito rico em fosfato, que era muito usado como adubo, às terras pertenciam a Usina Catende em Peixinhos, esse barro seria fonte de grande riqueza e desenvolvimento para todo um povo que ali vivia. Sapucaia, distrito e município de Olinda, Estado de Pernambuco,Rua Pedro Ivo e daí, com quatrocentos e trinta e um metros (431m)
A existência de fosforita na faixa litorânea do Estado
de Pernambuco é conhecida desde o final da década de
1940, quando se constataram teores consideráveis de
fosfato em testemunhos de sondagem no Município de
Olinda.
Os estudos desenvolvidos para o conhecimento dessa
ocorrência mostraram que sua distribuição geográfica
compreende uma faixa descontínua, estendendo-se
para norte, atravessando ainda os municípios de
Paulista, Abreu e Lima e Igarassu, que hoje integram a
Região Metropolitana do Recife (RMR),
prolongando-se pelo Estado da Paraíba, compondo um
dos maiores e mais importantes depósitos de fosfato
sedimentar da América do Sul.
A evolução do conhecimento geológico na faixa costeira Pemambuco-Paraíba remonta a meados do século passado, quando Hartt, em 1870, identificou a
presença de depósitos cretáceos e terciários (Fonseca
Neto, 1979). Posteriormente, diversos outros trabalhos
realizados nessa região permitiram a idealização do
arcabouço geológico local. A descoberta de fosforita, em 1949, pelo Professor
Paulo José Duarte, entretanto, desencadeou intensivas
investigações, tanto por órgãos governamentais, como
por empresas pri;vadas, envolvendo, inclusive, a realização de levantamento aerogeofísico e de
sondagens, além de plantas de mineração.
Em 1978, já dispondo de um significativo acervo de
informações sobre o condicionamento geológico do
jazimento fosfático, mas sentindo necessidade de uma
integração desses dados e de conhecer com mais
segurança o controle genético dos depósitos, seus
limites a norte de João Pessoa (PB), bem como
visando definir critérios mais precisos a serem usados
como guias prospectivos, o DNPM elaborou um
programa, executado pela CPRM sob a denominação
de Projeto Fosfato na Faixa Sedimentar Costeira
Pernambuco- Paraíba Na área abrangida pelos municípios de Olinda,
Paulista, Abreu e Lima e Igarassu, a mineralização
distribui-se compondo segmentos descontínuos,
devido à erosão parcial da camada fosfática. Parte
desse jazimento encontra-se abaixo do nível do mar e a
porção de altitude positiva parcialmente recoberta por
espesso pacote de rochas não mineralizadas.
Entretanto, um estudo desenvolvido pela Paulo Abib
Andery e Associados Ltda, em 1975, para o Ministério
da Indústria e Comércio,. concluiu pela viabilidade
econômica do aproveitamento de todas as reservas de
fosforita, nas condições de cape~mento existente.
É imperioso reconhecer, porém, que a movimentação
de um imenso volume de capeamento estéril, embutida
nessa avaliação, impõe sérias restrições a essa solução,
considerando-se a violenta agressão ambiental.
Em 1977, o Instituto de Desenvolvimento do Estado
de Pemambuco -CONDEPE, desenvolveu o Projeto
de Dimensionamento das Jazidas de Fosfato de
Pemambuco (Duarte e Krauss, 1978) visando
contribuir para uma ampla avaliação sobre as
possibilidades de exploração, em larga escala, da
fosforita deste Estado. Entre as sugestões
apresentadas, destacam-se: a recomendação de uma
reanálise dos estudos de viabilidade previamente
realizados; o estudo da influência da expansão
imobiliária no aproveitamento das jazidas, e a análise
da possibilidade de extração da fosforita por meio de
lavra subterrânea mecanizada.
A ocupação urbana na área dos
depósitos nos anos de 1974 e 1988, tornando clara a
incontida e elevada taxa de expansão habitacional.
Transforma-se, assim, o FOSFATO DE OLINDA,
num caso histórico, servindo de exemplo ao homem
para que reflita na necessidade de planejamento e
monitoramento da exploração de recursos naturais,
para otimizá-la e ajustá-Ia, de forma integrada, ao
desenvolvimento dos demais segmentos da sociedade.
Os donos da terra era a família Costa Azevedo, que começaram a encampar a construção da fabrica de extração do material, furar ou cavar poços em busca do fosfato virou algo natural na região, as casa que existiam na terra começaram a ser indenizadas por valores irrisórios algo que nem dava para os moradores comprar se quer um barraco em outro lugar típico da política habitacional dos dias de hoje. As indenizações foram de peixinhos até onde hoje é o bairro de aguazinha.
Depois foram chegando os tratores, caminhões, dragas e muitos outros equipamentos para dar início às operações da fábrica, trabalhadores surgiram aos montes de diversos lugares de Pernambuco e até de fora do Estado.
Em 1957 foi oficialmente inaugurada a fábrica da Fosforita Olinda S\A, uma festa de inauguração que trouxe personalidades importante do cenário nacional como o caso de Juscelino Kubitschek, que era o presidente do Brasil, junto com toda sua comitiva de ministros e toda sua equipe de governo.
Olinda ficava assim conhecida como nacionalmente e internacionalmente como uma das maiores cidades produtoras de fosfato do mundo, um ano depois morre o senhor Costa Azevedo, o dono da fábrica e em meados de 1958 já não se via mas tanto trabalhadores, cada dia se sabia de alguém que foi indenizado.
A Fosforita começou a fechar suas portas na década de 60 na mesma velocidade que crescia a uma década atrás, a medida em que os funcionários eram demitidos os poços foram sendo aterrados e as maquinas desaparecendo, ao mesmo tempo em que a fábrica ia desaparecendo o terreno ia sendo loteado e um novo bairro surgindo o de Jardim Brasil.
As teorias sobre a falência da Fosforita foram varias, alguns falavam em golpe porque uma cidade do nordeste se desenvolvia a passos largos outros contavam que o motivo foi roubo depois da morte do senhor Costa Azevedo, o que se sabe é que hoje onde fica a fábrica existem outras fábricas mas que atuam em outra área, os poços que ainda restaram viraram verdadeiros lagos profundos onde até morte por afogamento aconteceram, mas abaixo de tudo isso está o fosfato, uma fonte de riqueza imensurável que poderia ter colocado a cidade em um outro cenário social, nos resta sonhar de como seria Olinda se ainda lá estivesse em plena atividade a Fosforita, sonhar e nada mais.
http://www.cprm.gov.br/publique/media/geodiversidade/meiofisico_recife/rel11.pdf
http://historiadasollinda.blogspot.com.br/2012/11/a-fabrica-da-fosforita-e-o-presidente.html
https://www.diariodasleis.com.br/legislacao/federal/77594-autoriza-fosforita-olinda-s-a-fasa-a-lavrar-fosforita-no-municupio-de-olinda-estado-de-pernambuco.html
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