terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Os Ka’apor no Maranhão e a “negligência histórica” do Estado na área.

 

Indígenas do Maranhão buscam romper com o resto da sociedade frente a omissão das autoridades políticas do Estado e da Federal, em não punir os grileiros que assombram o território nacional.

“Autonomia é ficar só. É não depender de ninguém, é se virar”, explica Itahu Ka`apor, uma das lideranças dos indígenas. O mesmo termo é usado por outros povos da América Latina que decidiram mudar a sua relação com o Estado desde os anos 1990. eles buscaram expulsar traficantes, madeireiros ou outros invasores da sua terra. Enquanto isso, também mudaram sua forma de organização e retomaram aspectos antes desprezados das suas culturas.“negligência histórica” do Estado na área. 
Crianças Ka`apor são alfabetizadas em português somente aos 11 anos de idade. Foto: Lunaé Parracho/Repórter Brasil
Junto à proibição do álcool, eles deram início a uma restrição ainda mais difícil – a dos madeireiros dentro da terra. Com indígenas de diferentes aldeias, em 2013 foi criada a guarda florestal dos Ka’apor.
“negligência histórica” do Estado na área. 
Indígenas da guarda florestal Ka’apor, criada em 2013 para expulsar os madeireiros. Foto: Lunaé Parracho / Repórter Brasil
“Quando a Polícia Federal ia embora, no outro dia o madeireiro entrava de novo. Agora é diferente, e isso deu mais calma para nós”, diz Iratowí Ka’apor, uma das lideranças.
Itahu Ka`apor faz parte do conselho dos Ka`apor, criado após eles abolirem o cacicado. Foto: Lunaé Parracho/Repórter Brasil
 “Eu não preciso do remédio do karaí. Eu tenho o meu, bem guardado na natureza. Se tiver alguém gripado, eu tenho mel no mato, eu tenho capim no mato,” diz Itahu.
https://www.youtube.com/watch?v=H6C5IhYBBFw
[1] http://amazonia.org.br/2018/01/indigenas-do-maranhao-buscam-romper-com-o-resto-da-sociedade/
[2] http://www.iema.ma.gov.br/evento-levara-debate-sobre-cultura-e-resistencia-dos-povos-indigenas-para-a-up-sao-jose-de-ribamar/

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