quinta-feira, 21 de outubro de 2021

O Rei D.José I define novas fronteiras em 1750. No Limite do Brasil: O Parque de Tumucumaque - Amapá Oiapoque

No projeto Gestão de Florestas do Amapá, conduzido pela organização francesa GRET, Conservação Internacional e governo estadual, 4,7 milhões de euros estão sendo aplicados em diagnósticos socioambientais e capacitação de técnicos e da sociedade civil para a tomada de decisão sobre o patrimônio natural. “Não podemos morrer pobres numa floresta tão rica”, desabafa Aurélio de Araújo, liderança comunitária em Mazagão (AP). O município esconde as ruínas de uma vila colonial erguida por volta de 1770 em plena selva para receber a população de uma cidade marroquina de colonização portuguesa em fuga da guerra contra os mouros. A localidade amapaense foi um dos cerca de 60 povoados construídos a mando do rei D. José I para consolidar as novas fronteiras do território, redefinidas pelo Tratado de Madri, em 1750. (No final, toda a história da região: D.PedroII)

Já na cidade de Amapá, a 226 km da capital, estão os vestígios de uma base aérea americana que operou na II Guerra Mundial. Não é de hoje que o Estado é tido como uma região estratégica, condição que agora pode ser decisiva para a produção florestal com conservação da biodiversidade. https://pagina22.com.br/2016/04/05/pororoca-florestal/

O acesso regular ao PNMT é feito a partir da vila de Serra do Navio, distante 200 km da capital. Mas ele pode também ser acessado pelo sul (Laranjal do Jari), pelo leste (Calçoene) e pelo norte (Oiapoque). Entretanto, não existem acessos rodoviários até ele – você só chegará por barco ou avião 

Mosaico do PN Montanhas do Tumucumaque, AP (Fonte: IcmBio)

PN Montanhas do Tumucumaque, AP (Fonte: Divulgação)

Cachoeira do Desespero no Rio Jari (Fonte: Zig Koch)
Vista do parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, no Amapá.
ACERVO/ICMBIO

Fauna do Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque 

À margem do Rio Amazonas, que banha a cidade antes de descarregar no oceano o gigantesco volume médio de 200 milhões de litros de água por segundo, se localiza a fortaleza de São José, erguida no século XVIII para proteger a entrada da Floresta Amazônica contra invasores movidos pela cobiça de riquezas, como o ouro. A mineração é hoje a principal atividade econômica do Amapá. No entanto, os olhares se voltam para o maior tesouro, ainda inexplorado: as florestas nativas, que cobrem 80% da área do Estado. Mais de 97% delas estão em Terras Indígenas e Unidades de Conservação – o que, até recentemente, era visto como empecilho ao progresso. A região abriga o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, o maior do Brasil. Mas o potencial produtivo está na Floresta Estadual do Amapá, alvo do edital de concessão lançado no fim de 2015 para o manejo sustentável de madeira por empresas, mediante pagamento de royalties ao Estado e municípios.

PARQUE NACIONAL DO CABO ORANGE - AMAPÁ

Um extenso braço de terra vindo do interior da floresta amazônica se debruça no mar do extremo norte do Brasil. Este cabo, situado num ponto estratégico da América do Sul, já foi muito disputado e já passou pelas mãos de espanhóis, ingleses, franceses, portugueses e holandeses e só no século XIX, numa corte internacional na Suíça, ficou estabelecido como fronteira do Brasil. O Cabo já teve outros nomes como São Vicente, Cecil, La Corda e por fim Orange, o nome que perdura até os dias de hoje.  Estamos falando do Cabo Orange, que pertence e dá nome a um dos parques nacionais do Estado do Amapá. O nome ficou estabelecido em 1625, sendo uma homenagem a Casa Real Holandesa. A cor orange (laranja), com o passar dos anos se converteu em símbolo da Holanda. Atualmente os holandeses estão distantes dali, o Rio Oiapoque que deságua no mar naquele ponto, é a fronteira entre Brasil e a Guiana Francesa, um pedaço da França na América do Sul.[1]

Amapá ponte sobre o Rio Oiapoque fronteira entre Brasil e Guiana Francesa
Amapá Porto de Santana
Reserva de Cobre Renca - Amapá

Mineradoras canadenses souberam de extinção de reserva  Nacional do Cobre e Associados (Renca)  Amapá na Amazônia 5 meses antes do anúncio oficial. Parlamentares receberam 700 mil assinaturas digitais em abaixo assinado que pede a preservação da Renca.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

NOTAS:

1. http://www.klimanaturali.org/2010/04/parque-nacional-do-cabo-orange-amapa.htm

2. https://www.topsulnoticias.com.br/news/meio-ambiente-mineradoras-canadenses-souberam-de-extincao-de-reserva-na-amazonia-5-meses-antes-do-anuncio-oficial/newscbm_549759/5100/

3. https://www.topsulnoticias.com.br/news/meio-ambiente-mineradoras-canadenses-souberam-de-extincao-de-reserva-na-amazonia-5-meses-antes-do-anuncio-oficial/newscbm_549759/5100/

4. https://www.camara.leg.br/noticias/521727-deputados-e-ambientalistas-protestam-na-camara-contra-extincao-de-reserva-mineral-na-amazonia/

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