terça-feira, 18 de maio de 2010

Roraima Amazona Riquezas Cobiçadas ONG Forest Trends vender créditos de carbono na reserva dos suruí.

USAID faz parceria verde com índios na Amazônia
Mais uma vez o governo dos EUA, através da USAID, usa o aquecimento global, via “créditos de carbono” para firmar seus interesses no Brasil. Este artifício, que está na moda como uma das “soluções” para a “salvação do planeta”, foi instituído, na verdade, para obstaculizar o desenvolvimento sócio-econômico dos países “periféricos” – e permitindo que os países “centrais” paguem para continuar a poluir e manter seu atual status megalômano de consumo e conforto. Comunidades indígenas da Amazônia e de outros locais do Brasil, ingênuas e mal-informadas – ou, quem sabe, “convencidas” de que os EUA querem ajudá-las, não têm a assistência adequada por parte do Governo Brasileiro para defender seus reais interesses – e os interesses da nação brasileira.
A atitude da USAID é uma interferência direta e abusiva dos EUA na soberania nacional sob o pretexto, aparentemente nobre, de evitar maiores emissões de CO2, eventualmente decorrentes de uma possível queima da floresta amazônica, e de proteger os índios. É oportuno observar que a expressão “destruição da floresta” é completamente inadequada para indicar a utilização da mata para fins de desenvolvimento de uma nação. “Destruir” significa – e dá a entender – apenas, destruir por destruir, sem nenhuma finalidade, o que não acontece. Usar os recursos florestais, dentro do que a lei permite, com o intuito de se obter desenvolvimento e crescimento econômico não é, propriamente, destruir. Usar os recursos da floresta para se tentar tirar aquelas comunidades indígenas que nela habitam de um estado de desenvolvimento praticamente a nível neolítico, é uma necessidade moral. O indigenismo fundamentalista, com a política de manutenção de verdadeiros zoológicos humanos a níveis da idade da pedra – para o deleite de “técnicos”, radicais, mal intencionados para com nossos índios, ou vendidos ao capital estrangeiro, e para a admiração de turistas obtusos – não mais é possível sustentar. Este post é um artigo veiculado no boletim eletrônico do Movimento Solidariedade Íbero-americana, de nº 55, de 18/12/2009. Os subtítulos foram acrescentados para melhor leitura do texto. Eis a matéria:

USAID faz “parceria verde” com índios na Amazônia

Na esteira da proteção florestal e do combate ao aquecimento global, foi anunciada uma nova modalidade de “parceria” entre indígenas brasileiros e governos estrangeiros. Desta feita, trata-se da USAID, a agência do governo estadunidense para ajuda internacional, com os índios suruí de Rondônia

Na intermediação, está a ONG Forest Trends, sediada nos EUA e ainda pouco conhecida por aqui.

Quem fez o anúncio foi o cacique Almir Suruí, explicando que o objetivo da parceria é organizar um fundo para >>> vender créditos de carbono obtidos com ações de “conservação” na reserva dos suruí. «O processo começou há 40 anos anos», diz Almir. «Desde então estamos buscando uma forma de valorizar a preservação de nossa floresta. Ela tem tudo que precisamos para nossa sobrevivência. Ela estava sendo destruída em nome do desenvolvimento. E a vida do nosso povo corria perigo por causa disso. Há 40 anos, meu povo ainda usava arco e flecha para se defender. Há uma década, no entanto, entendemos que precisávamos de diálogo para conquistar respeito», afirmou (Época, 14/12/2009).

O fato é que o governo federal e alguns governos estaduais dos EUA estão interessados em pagar pelo desmatamento evitado no Brasil, como forma de conseguir,
>>>>>>>>>>>>>>>> “créditos de carbono”, >>>>>>>>>>>>>>>>>>
para cumprir as suas possíveis futuras metas de redução de emissões segundo compromissos internacionais, como os que estão em discussão na Conferência de Copenhague.

Essa nova ofensiva da USAID na Amazônia, seja financiando campanhas ambientalistas contra obras de infra-estrutura na região ou, agora, recrutando indígenas sob o disfarce da prevenção contra o aquecimento global, representa uma nova faceta da velha estratégia do establishment anglo-americano, de utilizar o ambientalismo-indigenismo como um eficiente instrumento geopolítico para obstaculizar o desenvolvimento da Regiâo Amazônica. Nada de novo sob o Sol.

O que impressiona é a passividade do governo brasileiro diante de tais manobras ostensivamente intrusivas.

Postado por huscam em 16 janeiro, 2010 -Movimento Solidariedade Íbero-Americana

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