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terça-feira, 18 de maio de 2010

Roraima Amazona Riquezas Cobiçadas Rota 174



Rota 174

- A Rota 174 foi aberta em 1974 pelos militares no período da ditadura militar no Brasil. A abertura da BR-174 trouxe uma série de impactos  na  paisagem do  referido  estado. Hoje, infelizmente devido a intervenção de determinadas Ongs, é uma área aonde brasileiros precisam pedir licença para adentrar.


- Colhi estas informações em site de Roraima:
__________________
Boa Vista/RR: «RELAXE E CONHEÇA!» 1 2 3 4 5 6 7 8 | RR 2 3 (int.) | AM (int.), MAO | FORTAL
RORAIMA, — O PRÓXIMO IMPÉRIO

Palavras Raoni Valle - Pesquisador bolsista Roraima Amazona Riquezas Cobiçadas

Palavras Raoni Valle - Pesquisador bolsista:
Acredito que esta pesquisadora, suposta autora ou redatora/relatora do texto “Próxima Guerra”, está completamente equivocada e está reproduzindo um discurso propositalmente construído pela grande mídia do sudeste, setores do Congresso, Senado Nacional e Palácio do Planalto apoiados e representando oligarquias agropecuárias de Roraima, do Mato Grosso, Rondônia, Pará, Goiás, SP, etc. Além de setores das próprias forças armadas interessadas na fragmentação das terras indígenas amazônicas, inclusive fora das áreas de fronteira. Um discurso perigoso, mal informado e mal informador que já faz tempo circula de email em email pela internet.

A função estratégico-política desse discurso é essa mesma: formar uma opinião pública anti-indígena no Brasil como tem feito “excelentissimamente” em Roraima, o estado mais anti-indígena do Brasil, provavelmente. Assista o jornal da band com Boris Casoy e os comentários de Carlos Chagas, no jornal da record, além de Nascimento no jornal do SBT, todos eles seguem a mesma linha de discurso, já conhecido por nós indigenistas, Joelmir Betting (acho que não é mais globo) e William Wack do jornal da glogo não ficam atrás.

Quando se encontra uma uniformidade geral nas posições noticiadas em telejornais de emissoras concorrentes pode coçar a barba.

Conheço razoavelmente Roraima e o discurso paranóico norte-americanista espalhado por toda a Amazônia, pois inclusive eu fui partidário dele, antes de conhecer a realidade complexa da Amazônia brasileira (e, como veremos, ele não é tão paranóico assim, pois existem elementos concretos para sua manifestação, mas têm que ser tratados com ponderação). E posso te assegurar que o menor dos problemas da Amazônia brasileira são os Norte-americanos.

A falta de políticas públicas socio-ambientalmente justas e sustentáveis, corretamente e democraticamente definidas, no âmbito das diretrizes dos governos são o pior problema da Amazônia hoje. As Terras Indígenas contínuas são as áreas melhor conservadas, mais do que unidades de conservação como Parques Nacionais (sonho dos Biólogos) e reservas extrativistas. As terras indígenas contínuas são os maiores exemplos da ineficácia das políticas públicas na floresta tropical brasileira, pois mostram que por sua autonomia na utilização dos recursos naturais, não pautadas, em sua maioria, pela lógica do mercado, se converteram em relictos conservacionistas, e contrastam com estados como Mato Grosso, Pará e Rondônia que se converteram em anti-exemplos da conservação, possuem as oligarquias do agrobusiness mais influentes em Brasília, junto aos setores mais retrógrados e perigosos, do desenvolvimento de qualquer jeito, dentro do Congresso, Senado e Palácio do Planalto, inclusive em direta articulação com o agrobusiness roraimense. Atropelar uma das constituições mais libertárias do mundo democrático é só uma questão retórica para esse pessoal.

A opinião desta senhora mostra um desconhecimento total da legislação indigenista brasileira, da constituição de 88, da História politico-ambiental de Roraima e da Amazônia brasileira. Junta um monte de pseudo-fatos, generalizações e pseudo-argumentações como a classificação da onu sobre nação aplicada à questão indígena no Brasil. E mostra também que (infelizmente) a estratégia de massificação de uma opinião pública anti-indígena no Brasil está dando certo. Inclusive entre pessoas estudadas e “bem informadas” como a classe dos pesquisadores. Mas que também são “ideologisáveis” porque são gente.

Por que Roraima é tão anti-indígena?

RR era território federal até 89 e foi garantido historicamente ao Brasil pela presença massiva de povos indígenas que escolheram negociar com os Portugueses e lutar ao lado desses contra seguidas tentativas de invasão estrangeira, desde o século XVII. A região foi assolada primeiramente pelas frentes holandesas da Companhia das Índias Ocidentais até meados do século XVIII e depois pelos ingleses, até final do século XIX. Um dos fatores para a desistência da Inglaterra foi a questão lingüística que, entre muitas etnias, é política e territorial ao mesmo tempo, pois a segunda língua politicamente e historicamente optada e falada pelos indígenas de RR foi e é o português. Embora falem tranquilamente em Ingarikó, Wapixana, Yanomami ou Makuxi com seus parentes indígenas da Venezuela e da Guiana, falantes em segunda língua de espanhol e inglês respectivamente.

O Povo de Roraima até meados da década de 70 era composto, basicamente, por: Maciçamente indígenas de diversas etnias, efetivos militares e alguns grupos de garimpeiros ilegais em terras indígenas, bem como, algumas frentes extrativistas, como o caucho, a seringa, exploração de madeira, mais na parte sul de Roraima por onde entraram paraenses, amazonenses, maranhenses, cearenses, pernambucanos, etc. Os "Pobres" basicamente, que com o tempo alguns poucos foram se enriquecendo com a pecuária entre outras formas. Esta era Roraima que sempre conservou sua natureza territorial estratégica nas mãos dos indígenas que historicamente e politicamente se aliaram aos portugueses e depois ao Estado brasileiro.

Havia uma minoria de colonos Gaúchos, Goianos, Paranaenses, do centro-sul de maneira geral, que desde fins dos anos 70 foram sendo implantados por subsídios dos governos militares, para aos poucos irem “desindiando” o território e “civilizando", "desenvolvendo" aquela porção. Comungavam uma visão racista que só os colonos de descendência européia recente, alemães ou italianos é que tinham capacidade de criar uma nação, e assim vieram a compor uma elite fundiária desenvolvimentista, dentro da ideologia integracionista e desenvolvimentista desastrosa dos anos 70 militarizados. O problema do Quartieiro em Pacaraima e de outros arrozeiros latifundiários "Gaúchos" começa por essa época, e o acirramento dos problemas das etnias indígenas também, que contabilizam hoje 3 décadas de guerra de baixa intensidade e de conflitos armados com milícias implantadas nas fazendas, os jagunços de Roraima, de maneira ininterrupta.

Transformar Roraima de território federal em estado federativo, implicava em reconhecer o status das terras indígenas como tais. A constituição de 88 trouxe esse aparato legislativo e jurídico, foi então reconhecido de fato o direito anterior dos povos indígenas sobre suas terras tradicionais que eram praticamente as mesmas desde o início da colonização européia das Américas até os anos 80 do século XX, e isso foi matizado na Constituição. A grande maioria das ocupações não-indígenas no estado de Roraima é dos anos 70 em diante, feitas conscientemente e na base da violência e opressão em cima de territórios indígenas conhecidos e reconhecidos oficialmente nos últimos 30 anos, ou seja, são na maioria constituídas numa base jurídica de má fé, e, portanto, a rigor ilegais. De certa forma, o que os portugueses fizeram nos séculos XVI, XVII e XVIII no Brasil indígena, os colonos arrozeiros e pecuaristas centro-sudestinos, os militares e uma massa empobrecida de imigrantes nordestinos e nortistas veio fazendo desde os anos 70 até hoje em Roraima, já com uma base legal de reconhecimento dos direitos dos povos indígenas. Portanto, foi até pior do que a colonização histórica. Foi mais perversa e vergonhosa.

A falta de uma identidade com a Terra é a única coisa na argumentação da referida pesquisadora que parece proceder do ponto de vista de demonstrar que o estado de Roraima possui uma população não-indígena e "não Roraimense" implantada recentemente, uma colonização recente que se encaminha para sobreocupar terras indígenas pretéritas, historicamente e juridicamente reconhecidas. Um conflito iminente já era previsível nos anos 70 quando essa política desastrosa de colonização e etnocídio dos governos militares começou a ser implantada. Gerou um monstro ideológico-administrativo, pós-democratização, anti-indígena bovino que temos hoje no governo de Roraima e em sua elite política.

No caminho entre os militares setentistas e Roraima estavam os Waimiri-Atroari. Os Waimiri-Atroari eram duas etnias diferentes que foram quase exterminadas pelos governos militares e frentes extrativistas nessa época. Sobreviveram cerca de 130 índios das duas etnias que foram ajuntados para garantir uma mínima reprodutibilidade cultural e física. A abertura da BR 174 nos anos 70, foi a pior coisa que lhes aconteceu, e depois nos anos 80 foram coroados com a hidro-elétrica de Balbina, um fiasco energético, um Mamute Branco, que destroçou a bacia do rio Uatumã, principal rio do território tradicional dos Waimiri-Atroari. Não é gratuito, portanto, terem escolhido a partir de 88, é claro, manterem distância dos Brancos, arbitrariedades militares e das políticas de integração e geração de energia, além da história nos relatar que muitos índios pereceram por balas do fuzil Belga FAO.

NÃO ENTRAR NA TERRA INDIGENA WAIMIRI-ATROARI DEPOIS DAS 18:00 HORAS ATÉ AS 6 DA MANHÃ, É UMA REGRA GERAL APLICADA A TODOS. É UM ACORDO FORMAL COM O GOVERNO FEDERAL BRASILEIRO RESPEITADO POR AMBAS AS PARTES E NÃO UMA ARBITRARIEDADE INDÍGENA PRÓ-YANKEES. È O MÍNIMO QUE LHES SOBROU EM RESPEITO À PAZ DE ESPÍRITO MASSACRADA.

Um olhar crítico interno ao Brasil explica muito mais a natureza dos problemas que temos hoje em Roraima e na Amazônia brasileira, do que ficarmos buscando ameaças externas, Tio Sam e CIA, e lavarmos nossas mãos enquanto cidadãos brasileiros achando que somos as mil maravilhas. A propaganda da havaiana de que só nós podemos falar mal de nós mesmos, nem sequer se aplica aqui.

O PROBLEMA DA AMAZÔNIA É NOSSO, NÃO PORQUE A AMAZÔNIA O É, POIS ISSO É UM FATO INDISCUTÍVEL. O PROBLEMA DA AMAZÔNIA É NOSSO, PORQUE FOMOS NÓS QUE O CRIAMOS, E, PORTANTO, PESA SOBRE NÓS A RESPONSABILIDADE DE RESOLVÊ-LO COM SOBRIEDADE E AVALIANDO SUAS CAUSAS DE MANEIRA CORRETA.

Existem ameaças externas sim à Amazônia, a Colômbia é quintal da CIA que, há quem diga, está afirmativamente trabalhando para um golpe de Estado na Bolívia; a biopirataria é outra bronca real, norte-americana, japonesa, francesa, alemã, etc. Missionários protestantes norte-americanos, cripto-missionários fantasiados de lingüistas antropólogos, de grupos como o SIL e Jomon estão soltos pra cima e pra baixo atuando em etnias pouco contatadas dentro do estado do Amazonas. Esses caras são reais, não são “ongueros” da CPI das ONGs, são Igrejas Evangélicas norte-americanas podre de ricas que descem de Hidro-avião nas TI’s, com telefonia de satélite, e nem a Funasa, nem a Funai conseguem ter as entradas que esses caras têm, na precariedade da assistência estatal, esses caras fazem a festa. Mas é interessante como essas estórias não são contadas e viram lendas de cidades perdidas na floresta. Quem anda dentro dessas matas, como nós, é que sabe o que é que ta pegando de verdade, não precisamos inventar mitologias paranóicas convenientes.

Mais ameaças externas: Venezuela pode virar um pepino sul-americano gigante em cima da gente a qualquer momento (embora Chavez tenha plena consciência da importância do Mercosul e de seus vizinhos como um Buffer Zone para suas despirocações, e se os democratas assumem lá em cima, podemos ter uma descompressão do cenário). Bem, antes CHÁVEZ do que URIBE e a CIA.

Mas também existem aliados externos da Amazônia. Existe uma grande discussão global legítima sobre o meio ambiente, sobre mudanças climáticas, sobre equalização das diferenças sociais e econômicas, sobre os ecossistemas prioritários para conservação no mundo e a Amazônia e os povos amazônicos estão integrados nela.

PORTANTO, NÃO ADIANTA O BRASIL DISCUTIR A AMAZÔNIA SOZINHO, DE IMEDIATO EXISTEM OUTROS 8 PAÍSES QUE DISCUTEM DIRETAMENTE CONOSCO O FUTURO DA AMAZÔNIA. A AMAZÔNIA É UMA QUESTÃO SUL-AMERICANA ANTES DE SER BRASILEIRA PORQUE OS ECOSSISTEMAS ESTÃO INTEGRADOS E NÃO SE SEPARAM POR FRONTEIRAS GEOPOLÍTICAS DAS NAÇÕES NÃO-INDÍGENAS.

Enfim, nós “indigenistas” que trabalhamos com a questão indígena no Brasil nos últimos anos, temos visto essa argumentação ideológica crescer em força e se popularizar. Inclusive em Roraima que, como dito acima, figura entre os estados mais anti-indígenas do Brasil, não sendo por acaso que 54% de suas terras sejam indígenas e gerem, aparentemente, o propagado engodo anti-desenvolvimentista. A cifra divulgada de 70% de terras indígenas em RR é mais uma manipulação Göebbeliana ninja e sacana. Uma mentira repetida mil vezes vira uma verdade.

Não sei esse papo explica porque RR é tão anti-indígena, mas faz um sentido arretado na minha cabeça!

Para finalizar só mais alguns dados:

1 - A Constituição federal brasileira pauta o Brasil e não a ONU. Na Constituição brasileira não se faz menção a nações indígenas. Nela expressões como Terras Indígenas; Povos Indígenas; Etnias Indígenas; Grupos Indígenas; ou Populações Indígenas são termos mais próprios, com responsabilidade jurídica e rigor antropológico.

2 - As Terras Indígenas pela Constituição federal são propriedades do Estado Brasileiro que concede o direito de usufruto dos recursos naturais, excetuando grosso modo, mineralógicos, hidro-energéticos e arqueológicos para os quais é reservada a prerrogativa do Estado no seu uso. A fiscalização, controle, permissão de entrada e saída, portanto, a administração das terras indígenas dentro do espaço nacional federativo, em interface com o território nacional e em fronteiras internacionais é responsabilidade da união e de suas partes constitutivas, como Forças Armadas, Polícia Federal, etc. Estes têm livre acesso às Terras Indígenas desde que pautados em demandas oficiais do Estado Brasileiro, legalmente sancionadas e corretamente acordadas com as demandas das populações indígenas. A rigor, as Terras Indígenas são espaços diretamente controlados pelo Estado Brasileiro, que tem pleno poder de trânsito nelas por constituir sua propriedade inalienável, incluindo aí a ação dos militares no Estado Democrático de Direito. Portanto, são áreas de "segurança nacional" das mais protegidas, e os indígenas funcionam aí como os principais "funcionários" do poder público, no controle e na preservação desses espaços. O que vêm fazendo historicamente.

Portanto, a discussão sobre o temor da soberania e independência das terras indígenas é infundada e alarmista, além disso, é intencionalmente manipulada e manipuladora. Pior que isso é a discussão de que as decisões indígenas são manipuladas por ongs estrangeiras em prol das prerrogativas de Estado Norte-americanas, sempre. Coitados dos abastados Noruegueses (cujos únicos problemas são os suicídios de seus jovens e as únicas ambições são dar sentido às suas vidas) que, dentre os gringos, são dos que mais financiam projetos indígenas.

3 - Afirmar pelo retrocesso ou redimensionamento das terras indígenas como hoje estão homologadas, ou em processo de demarcação e homologação, significa expressamente torná-las disponíveis à apropriação privada, entre outras modalidades. Ora, se a propriedade é privada ela passa a ser controlada por um cidadão com plenos poderes de negociar aquela posse com qualquer instância, inclusive com grandes conglomerados agro-exportadores transnacionais, o que já vem acontecendo em grande parte do Mato Grosso, Pará, Goiás, Ceará e em outros estados brasileiros. Se não pelo agro-negócio pela indústria internacional do turismo, é o caso dos espanhóis no litoral do ceará, que ouviram do governo estadual que na Terra Indígena Demarcada Tremembé de Almofala não havia índios, só uns pescadores safados manipulados por uma ong para se fingirem de índios. Gerou uma das frases clássicas do anti-indigenismo: "E no Ceará tem índio?" qualquer semelhança com Roraima não é mera coincidência.

A lógica foi invertida, da propriedade privada para a propriedade do Estado. É essa Inversão lógica que tenta se afirmar pelo discurso da pesquisadora ou de suas fontes, que são meras reprodutoras (in?)conscientes de uma manipulação Göebbeliana da era informacional: a de que são as terras indígenas e não os latifúndios do agronegócio uma ameaça à soberania nacional.

Minha gente (sem paráfrase Collorida): O CAPITAL DO AGROBUSINESS NÃO TEM FRONTEIRA, OS POVOS E AS TERRAS INDÍGENAS TÊM E SÃO BRASILEIRAS!!!

Leiam a Constituição, conheçam a realidade das lutas indígenas nesse país e parem de se informar pelo Carlos Chagas ou pelo Boris Casoy. Analistas de conjuntura nunca foram fontes confiáveis historicamente. E, principalmente: biólogos, cientistas ambientais e da terra, que andam pela Amazônia leiam a antropologia, a história, a sociologia, a arqueologia, a geografia e a economia antes de falarem em meio ambiente, povos amazônicos e em babilônias correlatas.

Raoni Valle - Pesquisador bolsista

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Núcleo de Pesquisas em Ciências Humanas e Sociais - NPCHS
Pesquisador colaborador -
Projeto Amazônia Central - PAC – MAE/USP

Roraima Amazona Riquezas Cobiçadas ONG Forest Trends vender créditos de carbono na reserva dos suruí.

USAID faz parceria verde com índios na Amazônia
Mais uma vez o governo dos EUA, através da USAID, usa o aquecimento global, via “créditos de carbono” para firmar seus interesses no Brasil. Este artifício, que está na moda como uma das “soluções” para a “salvação do planeta”, foi instituído, na verdade, para obstaculizar o desenvolvimento sócio-econômico dos países “periféricos” – e permitindo que os países “centrais” paguem para continuar a poluir e manter seu atual status megalômano de consumo e conforto. Comunidades indígenas da Amazônia e de outros locais do Brasil, ingênuas e mal-informadas – ou, quem sabe, “convencidas” de que os EUA querem ajudá-las, não têm a assistência adequada por parte do Governo Brasileiro para defender seus reais interesses – e os interesses da nação brasileira.
A atitude da USAID é uma interferência direta e abusiva dos EUA na soberania nacional sob o pretexto, aparentemente nobre, de evitar maiores emissões de CO2, eventualmente decorrentes de uma possível queima da floresta amazônica, e de proteger os índios. É oportuno observar que a expressão “destruição da floresta” é completamente inadequada para indicar a utilização da mata para fins de desenvolvimento de uma nação. “Destruir” significa – e dá a entender – apenas, destruir por destruir, sem nenhuma finalidade, o que não acontece. Usar os recursos florestais, dentro do que a lei permite, com o intuito de se obter desenvolvimento e crescimento econômico não é, propriamente, destruir. Usar os recursos da floresta para se tentar tirar aquelas comunidades indígenas que nela habitam de um estado de desenvolvimento praticamente a nível neolítico, é uma necessidade moral. O indigenismo fundamentalista, com a política de manutenção de verdadeiros zoológicos humanos a níveis da idade da pedra – para o deleite de “técnicos”, radicais, mal intencionados para com nossos índios, ou vendidos ao capital estrangeiro, e para a admiração de turistas obtusos – não mais é possível sustentar. Este post é um artigo veiculado no boletim eletrônico do Movimento Solidariedade Íbero-americana, de nº 55, de 18/12/2009. Os subtítulos foram acrescentados para melhor leitura do texto. Eis a matéria:

USAID faz “parceria verde” com índios na Amazônia

Na esteira da proteção florestal e do combate ao aquecimento global, foi anunciada uma nova modalidade de “parceria” entre indígenas brasileiros e governos estrangeiros. Desta feita, trata-se da USAID, a agência do governo estadunidense para ajuda internacional, com os índios suruí de Rondônia

Na intermediação, está a ONG Forest Trends, sediada nos EUA e ainda pouco conhecida por aqui.

Quem fez o anúncio foi o cacique Almir Suruí, explicando que o objetivo da parceria é organizar um fundo para >>> vender créditos de carbono obtidos com ações de “conservação” na reserva dos suruí. «O processo começou há 40 anos anos», diz Almir. «Desde então estamos buscando uma forma de valorizar a preservação de nossa floresta. Ela tem tudo que precisamos para nossa sobrevivência. Ela estava sendo destruída em nome do desenvolvimento. E a vida do nosso povo corria perigo por causa disso. Há 40 anos, meu povo ainda usava arco e flecha para se defender. Há uma década, no entanto, entendemos que precisávamos de diálogo para conquistar respeito», afirmou (Época, 14/12/2009).

O fato é que o governo federal e alguns governos estaduais dos EUA estão interessados em pagar pelo desmatamento evitado no Brasil, como forma de conseguir,
>>>>>>>>>>>>>>>> “créditos de carbono”, >>>>>>>>>>>>>>>>>>
para cumprir as suas possíveis futuras metas de redução de emissões segundo compromissos internacionais, como os que estão em discussão na Conferência de Copenhague.

Essa nova ofensiva da USAID na Amazônia, seja financiando campanhas ambientalistas contra obras de infra-estrutura na região ou, agora, recrutando indígenas sob o disfarce da prevenção contra o aquecimento global, representa uma nova faceta da velha estratégia do establishment anglo-americano, de utilizar o ambientalismo-indigenismo como um eficiente instrumento geopolítico para obstaculizar o desenvolvimento da Regiâo Amazônica. Nada de novo sob o Sol.

O que impressiona é a passividade do governo brasileiro diante de tais manobras ostensivamente intrusivas.

Postado por huscam em 16 janeiro, 2010 -Movimento Solidariedade Íbero-Americana

Roraima Riquezas Cobiçadas Fronteira do Abandono.

Resultado de imagem para A criação da reserva indígena Raposa-Serra do Sol, em Roraima
— A criação da reserva indígena Raposa-Serra do Sol, em Roraima, foi resultado dos esforços conjuntos de inúmeras ONGs ambientalistas-indigenistas de origem estrangeira, em conluio com outras ONGs brasileiras e a CNBB. Aquela reserva, um pouco menor do que a reserva indígena Ianomâmi, que fica praticamente ao seu lado, foi demarcada e oficializada com muito pouco apoio da população, mesmo dos índios, e contra o Estado de Roraima. Assim, com as duas reservas, quase todas as riquezas naturais do Estado ficaram confinadas em seu interior, e isso mostra que o indigenismo está com força demais em nosso país, necessitando de uma urgente intervenção do governo federal a fim de que nossas riquezas não passem, de uma vez por todas, para as mãos de potências estrangeiras, mormente na Amazônia.
Resultado de imagem para Batalha de Roraima, (STF) em favor dos índios
Passada a “Batalha de Roraima”, que se desdobrou em torno da demarcação contínua da reserva indígena Raposa Serra do Sol e foi decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em favor dos “índios”, já se ouvem rumores sobre a criação de uma nova mega-reserva no estado, a terra indígena Anaru. Segundo o jornal Valor Econômico de 8 de abril, a Funai já estaria reivindicando pelo menos um terço dos seis milhões de hectares destinados pela União ao governo estadual para “compensar” a criação da Raposa-Serra do Sol, para ali reunir parte das etnias “originárias” de Roraima. Isto para não mencionar outro antigo projeto do movimento indigenista, o de juntar a já homologada reserva São Marcos às contíguas Raposa Serra do Sol e Yanomâmi, para formar um território único e contínuo.
(Garimpeiros ilegais na reserva Yanomani in http://www.survival-international.org)
— Como assinala ainda a reportagem, já é possível comprovar o resultado da diáspora dos índios macuxi, etnia dominante nas 200 comunidades da Raposa-Serra do Sol. Na periferia de Boa Vista, acomodados entre os bairros de Nova Cidade e Brigadeiro, há centenas de famílias indígenas que deixaram a reserva por causa de incidentes derivados da briga pela posse da terra. O presidente da associação dos moradores do bairro Nova Cidade, o maranhense Miguel Alves do Nascimento, relata que toda semana aparecem novas famílias indígenas em busca de casa e abrigo na região: «Eles se instalam na beira de umas lagoas que têm aí, mas a prefeitura vem e tira o pessoal porque é área de preservação», diz ele, afirmando que as condições de vida nessas áreas marginais são mínimas.
Adendo 13/07/2011 
Roraima FRONTEIRA DO ABANDONO: 
https://www.youtube.com/watch?v=Mt3xcoOT-Sk
Adendo 14/07/211
Roraima FRONTEIRA DO ABANDONO Com GENERAL HELENO QUE CONTRARIOU O GOVERNO NA DEMARCAÇÃO EM CONTÍNUA.
https://www.youtube.com/watch?v=ktRa01IzFcs

Irregularidades trabalhistas

— Em outra frente, uma força-tarefa criada pelo Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público do Trabalho (MPT) constatou graves irregularidades trabalhistas praticadas pelas ONGs Conselho Indígena Missionário (CIR) e Serviço de Cooperação ao Povo Yanomami (Secoya), assim como pela Diocese de Roraima, em serviços prestados à Fundação Nacional de Saúde (Funasa) nas reservas Raposa-Serra do Sol e Ianomâmi. Segundo as investigações da força-tarefa, cerca de 700 trabalhadores que atuam na assistência à saúde indígena estão em situação irregular, sendo que a maioria dos funcionários das três entidades está há quatro meses sem receber seus salários (há casos de até um ano) e de outros que sequer possuem registro junto à Superintendência do Trabalho e nas próprias entidades (Folha de Boa Vista, 9/04/2009).

Trabalhadores sem pagamento

— Segundo um dos integrantes da força-tarefa, o procurador do Trabalho Jorsinei Nascimento, «Historicamente a Funasa tem contrato com empresas terceirizadas. Ao final do contrato, essas empresas terceirizadas têm o mau costume de deixar de efetuar o pagamento desses trabalhadores sem dar qualquer amparo para essas comunidades indígenas. E quando acabam os contratos, essas empresas acabam sumindo. Então você não consegue localizar essas empresas, nem sócio, prejudicando o trabalhador».
— Face às graves irregularidades encontradas, o coordenador regional da Funasa, Marcelo Lopes, anunciou que os convênios com as três ONGs, que terminam entre maio e julho próximos, não serão renovados. Por ano, o órgão repassa R$ 25 milhões para as três ONGs, recursos suficientes, segundo Lopes, para atender bem a população de 54 mil indígenas. Uma vez que as ONGs não repassam os valores aos trabalhadores pelos serviços prestados, a Funasa acaba sendo responsabilizada novamente (responsabilidade subsidiária), já que ela efetua o pagamento duas vezes, com dinheiro público. A ação trabalhista movida pelo Ministério Público contra uma das três entidades já monta em R$ 7 milhões.
— Como já documentamos amplamente, o CIR, notório por receber financiamentos do exterior (inclusive de governos estrangeiros), foi seminal para o verdadeiro esbulho nacional em que se tornou a demarcação da Raposa-Serra do Sol, asim como a Diocese de Roraima, abertamente vinculada à “Teologia da Libertação”. Assim, não surpreende que tenham sido flagradas em falcatruas contra leis e interesses nacionais, pois isto faz parte da sua formação ideológica, que inclui o velho princípio de que os fins justificam os meios.
Trata-se aqui de artigo veiculado através do boletim eletrônico do Movimento Solidariedade Íbero-americana–MSIa, número 06, de 16/04/09. Rua México 31, sala 202, Rio de Janeiro.
Postado por huscam em 1 novembro, 2009
Fonte: http://www.msia.org.br/ibero-am-rica-iberoam-rica/brasil/767.html


Adendo:
São centenas de ONGs, a maioria delas a serviço de nações e entidades estrangeiras que ocupam de fato a rica região amazônica, sem a devida fiscalização e controle. Observamos, com preocupação, movimentos inquietantes nas proximidades de nossas fronteiras. Não é apenas o cerco de tropas americanas (20 bases). Agora, a França inaugurou no quartel da legião estrangeira o curso de guerra na selva. Tropas britânicas passam a treinar para guerra na selva na Guiana Inglesa e tropas holandesas no Suriname.
        Por decreto de Lula, a reserva indígena passa a ser 42% do território do Estado de Roraima. O empenho das autoridades federais em retirar os brasileiros da região de Raposa/Serra do Sol (rica em recursos minerais, em especial urânio) causa espanto, pois deveriam envidar estes esforços para, em primeiro lugar, expulsar os estrangeiros que roubam e mapeiam nossas riquezas em toda a Amazônia. Em seguida, demonstrar a mesma energia e determinação em cumprir as ordens judiciais de reintegração de posse, bem como garantir o direito de propriedade não só na região, mas em todo o país, sob constante agressão do MST e outros. A reserva Ianomâmi, também detentora de abundantes riquezas, possui 98.938 km², sendo um pouco menor que Pernambuco. E tudo isto em zona fronteiriça, com a agravante de haver na Venezuela uma reserva da mesma tribo em espaço contíguo, possibilitando uma união futura. Ora, é óbvio que estes países que trataram seus índios de forma trágica, não estão preocupados com os nossos, nem com meio ambiente, nem com ecologia. Querem sim as nossas riquezas, em especial a água. E os brasileiros não são informados do que acontece pela mídia amestrada. Onde estão as forças vivas da Nação que não reagem a este crime de lesa-pátria?
Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br
Sítio: www.brasilsoberano.com.br (Artigo escrito em 08.04 para o MM).

Roraima Amazona Riquezas Cobiçadas Mozarildo e Regina Kokama da COIAMA

Mozarildo Senador por Roraima e "Arruda?"...

Tese postada por Regina Kokama da COIAMA
Dia 07 de maio/2010, o Senador Mozarildo Cavalcante (RR), pronunciou um discurso no Senado Federal dizendo ,que; ‘’ Os índios representam 0,3% ( seria melhor aguardar o senso do IBGE, para dizer a quantidade certa, nobre Senador), da população brasileira e ONGs estão revivendo etnias que já eram consideradas extintas’’, o que chega a ser uma falta de respeito para com esse povo, que foram os primeiros habitantes deste país ao qual muitos políticos tem sua procedência indígena . Não dá para entender e parece até que ele gostaria que não existissem mais descendentes indígenas e, que com o passar do tempo fossem capazes de tentar salvar o pouco que lhes deixam de um país que repito antes era seu?

No entanto, ao ler uma matéria num jornal local na qual o chefe dos Caiapós, cacique Raoní, saiu pelo mundo a fora para obter recursos para proteger a selva, Raoní Metukire representa 6,3 mil membros do povo Caiapó e quando começou sua campanha em 1989 pela defesa da Amazônia ,obteve êxito pois permitiu delimitar as fronteiras da reserva de 195 mil km2, e atravessa pelo Rio Xingu, agora aparecem novas ameaças, além do desmatamento a criação desta nova hidrelétrica de Belo Monte, e uma proposta ridícula que vai militarizar terras indígenas denominada “assistência e proteção “, de forças militares nas áreas indígenas.
saibam que a maioria das populações indígenas, vivem em estado de miséria quase absoluta, não existe nenhum projeto de desenvolvimento sustentável como os existentes para agricultores ou sem terras e trabalhadores brasileiros.
No nosso entender o perigo nas fronteira sempre existiu e naqueles tempos sem essa ajuda , os índios sempre souberam se defender e proteger o país. A proposta que tramita na Comissão de Relações Exteriores do Senado , que tem como relatora uma senadora do PT, autoriza dentre outros pontos a liberdade de trânsito, acesso e poder de polícia e demais operações por via aquática , aérea ou terrestre com militares e policiais federais nas terras indígenas. Vocês acham que os índios merecem esta invasão de privacidade em suas terras?

senadora do PT, autoriza dentre outros pontos a liberdade de trânsito, acesso e poder de polícia e demais operações por via aquática , aérea ou terrestre com militares e policiais federais nas terras indígenas. Vocês acham que os índios merecem esta invasão de privacidade em suas terras?
A verdade é que voltamos a lembrar o que citei no início, ou seja, existem e muitos descendentes indígenas e ao que nos parece com armas atuais, que é a internet, que é uma flecha com alcance ilimitado e desta vez o Cacique Raoni não estará sozinho em sua jornada para informar ao mundo as pretensões do Governo Federal e de alguns políticos, em relação as populações indígenas brasileira.

Aqui em Manaus continua aquela história, ano eleitoral, com pré-candidatos e políticos tentando a reeleição buscando persuadir os índios visando os seus interesses e com isto, interferindo na vida indígena, oferecendo vantagens e prometendo mundos e fundos com o objetivo de ter o domínio sobre o eleitorado indígena, ou alguém duvida?

Parece até que os índios estão representando alguma ameaça aos poderes constituído, haja vista que desde o julgamento da terra indígena Raposa Serra do Sol em Roraima, muitas decisões tem sido tomadas contra os interesses indígenas, como por exemplo, as 18 condições imposta pelo Supremo tribunal Federal no julgamento sobre aquela demarcação, que impõe condições aos índios até de caçarem para comer ou as exigências imposta por órgãos governamentais com relação a sustentabilidade dos povos indígenas ou até mesmo a falta de projetos de desenvolvimento sustentável que possa tirar os índios desta situação de abandono em que se encontram.

Ao contrário daqueles que pensam que os índios são ricos por causa das terras demarcadas pelo Governo Federal, apenas para a sua sobrevivência e criticam os índios por isto, não querendo até que eles existam, saibam que a maioria das populações indígenas, vivem em estado de miséria quase absoluta, não existe nenhum projeto de desenvolvimento sustentável como os existentes para agricultores ou sem terras e trabalhadores brasileiros.

Os índios brasileiros tem apenas o direito de viver em uma terra que não lhes pertence é apenas demarcada para sinalizar que ali ainda sobrevive alguns descendentes de índios brasileiros que de proprietários passaram a ser apenas hóspedes e vigias do Governo Federal, que agora não satisfeitos com esta situação, querem alguns, que não conhecem a realidade indígena brasileira, colocar os índios em uma determinada situação na qual sua privacidade seja violada a qualquer momento por tropas militares e federais que a qualquer momento ou por qualquer motivo, como forma de mostrar a superioridade e a pretexto de proteção e segurança, levar os povos indígenas ao constrangimento por ter que aceitar a qualquer momento visitas armadas que vão interferir de alguma forma nos costumes e cultura que tanto a Constituição de 1988, tentou preservar através dos artigos 231 e 232 da Constituição Federal do Brasil.

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Postado por Regina Kokama da COIAMA

Roraima Amazona Riquezas Cobiçadas Mozarildo e índio denunciado pelo CIR

Prezado Senador Mozarildo.  Esta postura de não respeito a etnia e aos costumes e crenças dos indígenas de todo o Brasil , está ficando a cada dia mais desrespeitosa por parte dos governantes com suas cobiças.


PLENÁRIO / Pronunciamentos
14 de maio de 2010
SENADOR MOZARILDO QUER ABERTURA DE INQUÉRITO PARA APURAR ESTUPRO DE ÍNDIA NO CONTÃO

Mozarildo: “Ninguém mais que a Justiça está acima da Lei”

-----(Nota Minha: não podemos nos esquecer da Justiça que vira a página!)

--- O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB) afirmou que não teme nenhuma ação que possa ser protocolada pelo procurador da Funai, Wilson Précoma sobre a denúncia que este fez a respeito de que índios ligados ao Conselho Indígena de Roraima (CIR) teriam estuprado uma indígena fato ocorrido na maloca do Contão. Segundo o senador esta é sua função, ou seja, é de fiscalizar, é de denunciar. Ele recebeu a denúncia de uma pessoa fidedigna e nunca tive dúvida de que o CIR ia mudar este esquema de domínio. “Apenas lamento, que o procurador da Funai ao invés de procurar averiguar a denúncia, ele vem com a história de me interpelar. ---- O procurador não tem autoridade para me interpelar” enfatizou Mozarildo.
--- O parlamentar afirmou que irá entrar com uma representação formal, junto à procuradoria da República em Roraima e outra em Brasília para que seja aberto processo investigativo no sentido de apurar o estupro cometido contra a indígena. O pai da vítima já formalizou um Boletim de Ocorrência (BO). Na visão de Mozarildo ninguém mais que a Justiça está acima da Lei. Então ninguém é permitido cometer delitos porque está numa reserva indígena, se baseando ou se escudando na questão de usos e costumes. “Na realidade, o que aconteceu lá no Contão, foi um estupro contra uma jovem índia, contra uma pessoa humana com a finalidade de amedrontar uma comunidade, para se submeter ao comando do CIR”, afirmou o senador.
Picareta
--- O parlamentar declarou que não é como o CIR quer pregar e dizer ao foco da discussão, anti indigenista. “Eu sou anti ONG picareta como o CIR. Isto eu não tenho dúvida de dizer, pois o CIR comprovadamente é uma entidade, uma instituição desonesta, comprovadamente pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pela Controladoria Geral da União” disse o parlamentar. Na visão do senador o pessoal do CIR está criando uma guerra de índios contra índios, em relação ao fato de que estariam procurando deixar de fora o pessoal da Sociedade dos Índios Unidos do Norte de Roraima (Sodiur), de algumas áreas da Raposa/Serra do Sol pelo fato de que eles sempre defendiam a demarcação em área não contínua.
--- Mozarildo adiantou que este fato (guerra) foi relatado na Comissão Temporária Externa do Senado Federal, que estudou uma proposta de demarcação que não fosse excludente. Em breve será feita outra Comissão Temporária Externa para ‘in loco’ verificar de comunidade em comunidade, a situação social, econômica, étnica.
Armadas
--- “É uma prepotência e uma arrogância de quem achar que estamos criando nações dentro da nação”, foi como reagiu o senador sobre o fato do pessoal do CIR não concordar com a presença das Forças Armadas e da Polícia Federal nas reservas indígenas. Este fato já tinha sido definido pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e agora foi criada uma Lei no Senado de que as Forças Armadas e a PF podem adentrar nas reservas sem pedir autorização aos indígenas. Para Mozarildo o governo Federal está criando reservas para uma ‘falsa argumentação’ de que protege a cultura e favorece portanto a vida deles.
Seres humanos
--- “O procurador da Funai, Wilson Précoma não está preocupado com a pessoa humana e sim com a defesa da instituição, ou seja, o Conselho Indígena de Roraima (CIR). Mais, eu estou preocupado em defender os seres humanos, até porque pela minha formação de médico, o ser humano vem em primeiro lugar”, concluiu o senador Mozarildo Cavalcanti.
---Da Redação / Agência Senado
---(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Roraima Amazona Riquezas Cobiçadas CNBB/CIMI, Dom Moacyr, Professor Aimberê Freitas

Semanário da Arquidiocese de São Paulo - Ano 52 • nº 2637 • 13 de março de 2007
Notícias
Será que procede?
Estado de Roraima tem 50 mil índios divididos em 11 etnias.
Rafael Alberto/O ESTADO DE SÃO PAULO
Roraima pertence à Província Eclesiástica de Manaus, no Regional Norte 1 da CNBB. Com área em torno de 225 mil quilômetros quadrados, o Estado possui cerca de 324 mil habitantes, dos quais quase 50 mil são indígenas. Diante dessa realidade, está entre os Estados brasileiros em cujo território moram as tribos indígenas mais tradicionais do país, mantendo suas culturas de auto-sustentação.
Resultado de imagem para Crianças Yanomami, uma das 11 etnias presentes no Estado de Roráima, que tem 50 mil índios.
Crianças Yanomami, uma das 11 etnias presentes no Estado de Roráima, que tem 50 mil !! índios.
Parecer do Professor  da Universidade de Roraima Aimberê Freitas em Protógenes contra a Corrupção:






Vejam: O Brasil tem uma visão distorcida de Roraima. Aqui há índios há mais de 10.000 anos. Os não-indios aqui chegaram por volta de 1741. Só há 250 anos Roraima foi "descoberto" por eles (Nós) os não índios. Ocorre que a partir daí veio a inevitável miscigenação. Quando se fala em 50.000 índios está se ignorando os não índios que tem sangue indígena pela processo da miscigenação. Não há rigorosamente uma notável diferença entre um pobre roraimense e um índio. Pois os pobres de Roraima também tem sangue indígena. A não ser os recém chegados mas que caminham nessa mesma direção. Em Roraima não há ricos (muito ricos). Ë uma terra de funcionários públicos e de uma economia de contra-cheque. Todos dependem do governo. Não há fazendeiros ricos, nem comnerciantes, nem industriais. O Brasil tem uma dívida enorme com Roraima e com os roraimenses. Poucos no Brasil não confundem Roraima com Rondonia. A ignorância nacional é muito grande nesse ponto. O Seminário da Diocese de São paulo precisa de abrir para os brasileiros de outros estados, mas ouvindo e procurando conhecer e a realidade roraimense.
Estou sempre disposto a mostrar e discutir Roraima com conhecimento de causa. Recomendo que entrem no Blog do Aimbere www.aimberefreitas.com.br e discutam os temas lá existentes. Comprem meu livro Geografia e História de Roraima. Ele está até no Mercado Livre. Um abraço. Aimbere Freitas

Dom Moacyr

Em defesa da Terra Indígena Raposa Serra do Sol!
Data: 25/08/2008 - 14:00H

Os povos indígenas da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, protagonizam uma luta de mais de 34 anos em busca do reconhecimento e demarcação de suas terras tradicionais. Durante esse período contaram com o decidido apoio da Igreja local, notadamente seus bispos, a Missão Consolata e os missionários do Cimi. No dia 2 de julho último, o próprio Papa Bento XVI afirmou a representantes indígenas: "faremos o possível para manter a sua terra", prometendo apoio à sua reivindicação para que a demarcação seja mantida sob a forma de terra contínua. A Terra Indígena Raposa Serra do Sol passou por todo o processo de estudo antropológico e histórico, teve os questionamentos dos invasores devidamente respondidos durante o processo de demarcação, foi finalmente demarcada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2002, e homologada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva em abril de 2005. Os invasores de boa fé, pequenos e médios, foram retirados e reassentados em outras áreas de Roraima, devidamente indenizados por suas benfeitorias. Quem se recusa a deixar a área é o grupo de cinco (os indígenas falam em seis) grandes arrozeiros, apoiados por políticos, militares e pelo governador do estado. Em abril deste ano, o Supremo Tribunal Federal mandou suspender a Operação da Polícia Federal que visava retirar os grandes invasores daquela terra indígena e irá decidir nesta semana a respeito da constitucionalidade da homologação feita. É de grande importância este julgamento porque, como o caso ganhou notoriedade nacional e internacional, uma eventual anulação da homologação faria retroceder décadas de lutas dos povos indígenas e abriria um sério precedente, levando a insegurança a todas as terras indígenas já demarcadas e homologadas no país, com repercussão também nas terras quilombolas, de outras comunidades tradicionais, de agricultores familiares e, inclusive, em áreas de proteção ambiental, já reconhecidas (Pedro A. Ribeiro, Pe.Antonio Abreu, Bernard Lestienne, J.Ernanne Pinheiro, P. Maldos e Thierry Linard, na Analise de Conjuntura desse mês).
A decisão sobre a homologação da terra indígena Raposa Serra do Sol, está prevista para o dia 27 de agosto; os ministros do Supremo Tribunal Federal devem decidir se irão seguir o que está definido no Decreto de Homologação, publicado em 2005, que determina a demarcação contínua da área; a decisão do STF sobre a retomada da operação da Polícia Federal chamada de Upatakon 3, que retirava não-indígenas da reserva, também é aguardada. A ação foi suspensa no dia 9 de abril deste ano após o governo e senadores de Roraima terem movido uma Ação Popular pedindo a nulidade da Portaria nº 534, de abril de 2005, que definiu os limites da terra indígena.

CNBB!!! SAIBAM QUEM É A CNBB [1]

A Igreja Católica CNBB/CIMI???, apoiando os povos indígenas da Terra Raposa Serra do Sol ??, publicou no dia seguinte, 10 de abril, a seguinte Nota: “Reunidos na 46ª Assembléia Geral da CNBB, solidarizamo-nos, mais uma vez, com a Diocese de Roraima e os povos da Terra Indígena Raposa Serra do Sol. No último dia 4, através da “Nota de Esperança”, tornamos público nosso apoio à Operação Upatakon 3, que estava sendo realizada pelo Governo Federal para a retirada dos ocupantes não indígenas da referida terra. Na tarde de ontem, 9 de abril, por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal, concedeu medida liminar na Ação Cautelar proposta pelo Governo de Roraima. Desta forma, ficam suspensos todos os atos de desocupação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol até o julgamento do mérito da primeira ação contra a demarcação desta terra, que também tramita no STF. Em nosso entendimento, a demora na retirada definitiva dos não índios que insistem em permanecer na terra homologada tem contribuído para o agravamento do quadro de violência a que estão submetidos os povos Ingarikó, Macuxi, Wapixana, Patamona e Taurepang. Não podem ser premiados os que violam sistemática e impunemente a Constituição, invadindo e ocupando de maneira ilegal terras que não lhes pertencem a nenhum título, promovendo ali o garimpo, a extração ilegal de madeira, a pecuária e plantações de arroz, ao arrepio da lei, e afrontando a Constituição Federal. No aguardo de que o STF possa julgar em breve o mérito da primeira ação contra a demarcação, pedimos ao Deus da Vida que oriente os caminhos a serem trilhados pelos povos habitantes do Estado de Roraima, para que não percam a esperança e possam alcançar a Paz e Justiça”.

Na “Nota de Esperança” afirmamos que “em nosso País, já temos feito uma caminhada muito significativa no reconhecimento e conquista dos direitos. Precisamos pagar essa dívida histórica que temos com os povos indígenas, os mais sofridos ao longo da nossa história. É hora de vislumbrarmos um novo horizonte, onde a pluralidade dos povos indígenas e seus direitos originários sejam definitivamente reconhecidos. Com a Diocese de Roraima, queremos manifestar nosso respeito, solidariedade e apoio aos Povos Indígenas que habitam a terra demarcada e homologada. O Evangelho anunciado e acolhido por estes povos faz deles, cada vez mais, sujeitos da sua própria história”.

Temos o compromisso de defender a vida em todas as suas manifestações, especialmente a vida humana (CF 2008). Fiéis à nossa missão, não fiquemos surdos nem sejamos indiferentes aos gritos de nossos irmãos indígenas da Raposa Serra do Sol: “Nossa Terra-Mãe, Raposa Serra do Sol, está situada no estado de Roraima, ao norte do Brasil, na fronteira com Venezuela e Guiana. Nela vivem 18.992 indígenas dos povos Macuxi, Wapixana, Taurepang, Patamona e Ingarikó, distribuídos em 194 comunidades. Nossa terra ocupa 7% da extensão do estado; antigamente era 100% habitada pelos povos indígenas. As comunidades da Terra Indígena Raposa Serra do Sol e nossas organizações pedem o apoio e a solidariedade frente à invasão de nossas terras e violação de nossos direitos fundamentais conquistados, ao longo destes anos, com muito sofrimento e sangue, com 21 indígenas assassinatos. Solicitamos urgentemente que apóiem nosso pedido ao Supremo Tribunal Federal, para que ratifique e faça cumprir o decreto de Homologação de nossa terra, assinado em abril de 2005, e determine a retirada dos invasores da Nossa Terra Mãe. A luta pela Terra Indígena Raposa Serra do Sol é emblemática para todo o Brasil. Por isso, é importante destacar que se a decisão do Supremo Tribunal Federal for a favor dos invasores, abre-se um precedente gravíssimo na legislação brasileira. Todas as terras indígenas do Brasil, já demarcadas, homologadas e registradas, poderão ser contestadas e revisadas. Isto seria um grande retrocesso nos direitos indígenas, conquistados e consagrados pela Constituição Federal, direito internacional: Convenção 169 da OIT e declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas” (trecho da Carta das Comunidades Indígenas da Raposa Serra do Sol).

Conscientes de que a situação em Roraima não é apenas um conflito entre invasores de terras indígenas e povos indígenas que requerem a demarcação das terras que tradicionalmente ocupam (terras, aliás, reconhecidas pelo Estado brasileiro como “terras indígenas”), mas se configura como uma situação flagrante de agressão aos Direitos Humanos, portanto, crime contra os direitos dos povos indígenas, crime contra a humanidade, apelamos ao Supremo Tribunal Federal, que ratifique o decreto de homologação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, retirando os invasores e fazendo assim a justiça esperada pelos povos indígenas há 34 anos de luta e de sofrimento.

A ratificação do decreto de homologação da Terra indígena Raposa Serra do Sol, é fundamental para os povos indígenas de Roraima e do Brasil, uma vez que já harmonizou vários interesses públicos nacionais.

Fonte: PASTORAL DA COMUNICAÇÃO ARQUIDIOCESANA


NOTA MINHA: O Brasil com toda a sua riqueza foi expropriado, pela falta de cidadania dos  governantes entreguistas PROVANDO A PLUTOCRACIA, que gerenciaram o património público nos últimos cinquenta anos de maneira vergonhosa; será que agora que "dizem" estar o país em situação estável, temos nós, povo brasileiro a nos sujeitar a mais esta vergonha? Vendo os povos desrespeitados em suas etnias, e perdendo ainda mais as reservas minerais que sobrou das expropriações vergonhosas? Querem tirar ainda mais? Essa gente vai limpar aquele belo lugar sagrado, que  é do povo brasileiro. Vou pedir aos mentores espirituais deste lugar sagrado Roraima, que seja tudo sómente intenção, que nada foi sacramentado ou destinado sem o conhecimento do seu legítimo dono  e soberano, e para o usurpador o destino a que merecer... Mentores: 
PAABA, Macunaíma, Curumin, Roro-imã, Salve!.

[1] http://mudancaedivergencia.blogspot.com.br/2014/07/a-agenda-secreta-do-cmi-conselho.html