O engenheiro Éder Najar Lopes, da Unicamp, criou uma prótese de quadril com a liga de nióbio
(Foto: César Rodrigues/AAN)
(Foto: César Rodrigues/AAN)
A liga é fundamental para que a prótese não seja rejeitada pelo corpo humano.
O nióbio é biocompatível e possui menor rigidez que o titânio. Quando combinados, os dois formam uma liga que se assemelha ao osso e, portanto, não causa efeitos colaterais aos usuários.
Além de ser menos prejudicial ao corpo humano se comparada com as de aço inoxidável, a liga de nióbio e titânio oferece menor custo de fabricação e, consequentemente, maior disseminação entre os pacientes. “É uma tecnologia que serve também para reduzir custos.
Com o implante de titânio e nióbio, podemos oferecer algo mais acessível e de maior qualidade à população”, disse Lopes.
Novas utilidades Para o engenheiro da Unicamp, o Brasil poderia aproveitar melhor as suas reservas de nióbio.
Além da aplicação de próteses para o quadril e também joelhos, o metal pode ser utilizado em outras áreas da medicina, sempre misturado com outra substância.
“Estamos utilizando de forma errada. O Brasil foca muito em melhorar a liga do nióbio com o aço, mas existem muitos outros campos de análise.
Por exemplo: se misturarmos nióbio em pó com titânio e fizermos um processo de fusão a laser, é possível construir qualquer tipo de geometria. Poderíamos aplicar na indústria odontológica e também na de cirurgias plásticas”, disse Lopes.
A implementação da prótese produzida em laboratório na Unicamp ainda não tem data para acontecer, mas os testes e a facilidade de adaptação do nióbio ao corpo humano aumentam o otimismo do pesquisador. “Daqui a alguns anos, as próteses podem ser encomendadas pelas pessoas e hospitais em todo o Brasil.”
Fonte: Ciência, Tecnologia e Inovação http://www.rac.com.br/institucionais/cenario-xxi/2011/08/26/95508/niobio-o-metal-polivalente-tem-a-maior-jazida-no-brasil