quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A HISTÓRIA DO NIOBIO E DA CBMM EM ARAXÁ..


Por: Morador de Araxá

Estimado amigo Antuérpio Pettersen, sabendo que tens um grande amigo aqui em Araxá (MG), cuja a casa se encontra de portas abertas e a disposição do nobre amigo, reitero votos de elevada estima a você e família, bem como a conceituada ABDIC. 

Caro amigo, a respeito da matéria veiculada no Jornal da ABDIC sobre o Contrabando do nosso Nióbio (Brasileiro), esclareço que como araxaense e morador desta linda e bela cidade, cabe-me endossar o comentário da matéria supra, bem como fazer algumas pequenas correções.

Eis que o nome correto da "empresa detentora da Jazida da maior reserva de Nióbio do mundo" é CBMM - Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, e ela situa-se á apenas 5 Kms do centro da cidade de Araxá (Como pode ver, ela fica praticamente dentro da cidade). E as os problemas causados por essa empresa em solo araxaense vão muito além do exposto pelo Jornal da ABDIC, pois devido a extração deste minério ela coloca a mercê do ambiente onde é extraída uma gama muito grande no mineral de nome "BÁRIO", que devido a terra ser revolvida, a sua oxidação é levada a efeito quando o mesmo entra em contato com oxigênio.e uma vez que isso ocorre ele assim que chove é levado para o lençol freático de água, contaminando-o com esse metal pesado (Bário) numa proporção de que o permitido de Bário na água potável pela Fundação Mundial de saúde é de 0,07 e aqui esse montante chega a 8.7, e 8.9 .
Varias foram as famílias que tiveram seus parentes falecidos com câncer devido beberem por anos água do solo e dos rios que abastecem a nossa cidade com esta água contaminada; a maioria da cidade aqui hoje bebe água de garrafões que vem de outras cidades da região, por se tratarem de água pura e sem Bário.
A empresa Superagua (Do Grupo SuperGásBras) comprou os direitos para envasar e vender aos incautos e desavisados pelo país a fora, esta água contaminada pelas empresas CBMM e a hoje Vale Fertilizantes (ex-Arafértil e posteriormente ex-Bunge).
Vale ressaltar que a empresa "CBMM" de instalou na cidade de Araxá a cerca de 50 anos atrás com o nome de "DEMA", e anos depois recebeu a nova denominação de CBMM. Esta empresa pertence ao Grupo Moreira Sales (Donos do Unibanco) e ao Grupo Molicorp dos E.U.A., este ultimo, quando da descoberta da Jazida de Nióbio em Araxá a décadas atrás não podia ser dono majoritário de uma empresa em solo brasileiro, pois a lei do país na época assim não os permitia, então como o negôcio era muito lucrativo, eles ofereceram e deram de graça (mão beijada) o domínio majoritário ao então embaixador brasileiro nos E.U.A. na época, Dr. Walther Moreira Salles.

Um pouco da história do Nióbio e da CBMM: 
O elemento 41 foi descoberto na Inglaterra em 1801, por Charles Hatchett, que na época o denominou de colúmbio. Posteriormente, o químico alemão Heinrich Rose, pensando haver encontrado um novo elemento ao separá-lo do metal tântalo, deu-lhe o nome de nióbio em homenagem a Níobe, filha do mitológico rei Tântalo. 

As informações mais antigas sobre o uso de nióbio datam de 1925, referindo-se à substituição do tungstênio na produção de ferramentas de aço. No início da década de 1930, o nióbio passou a ser utilizado na prevenção de corrosão intergranular em aços inoxidáveis.

Até a descoberta quase simultânea de depósitos de pirocloro no Canadá (em Oka) e da maior jazida do mundo no Brasil (em Araxá-MG), na década de 1950, o uso do nióbio era limitado pela oferta limitada (era um subproduto do tântalo) e custo elevado. Com a produção primária de nióbio, o metal tornou-se abundante e ganhou importância no desenvolvimento de materiais de engenharia.

Na década de 1950, com o início da corrida espacial, aumentou muito o interesse pelo nióbio, o mais leve dos metais refratários. Ligas de nióbio, como Nb-Ti, Nb-Zr, Nb-Ta-Zr, foram desenvolvidas para utilização nas indústrias espacial e nuclear, e também para fins relacionados à supercondutividade. Os tomógrafos de ressonância magnética para diagnóstico por imagem, utilizam magnetos supercondutores feitos com a liga NbTi.

As superligas aeronáuticas também utilizam nióbio. Destas, a mais importante é o IN718, introduzida em 1966 e cujo aperfeiçoamento resultou numa família de superligas utilizadas nas turbinas aeronáuticas e estacionárias mais modernas.

Outro desenvolvimento importante da década de 1950 foi o aço microligado. Estudos conduzidos na Inglaterra -na Universidade de Sheffield e na British Steel - e também nos Estados Unidos, tornaram o aço microligado uma realidade industrial quando a Great Lakes Steel entrou no mercado, em 1958, com uma série de aços contendo cerca de 400 gramas de nióbio por tonelada, exibindo características (resistência mecânica e tenacidade) que até então somente podiam ser obtidas com aços ligados muito mais caros.

A descoberta de que a adição de uma pequena quantidade de nióbio ao aço carbono comum melhorava consideravelmente as propriedades deste, levou à utilização em grande escala do conceito de microliga, com grandes vantagens econômicas para a engenharia estrutural, para a exploração de óleo e gás e para a fabricação de automóveis.

Atualmente, os aços microligados respondem por 75% do consumo de nióbio. São materiais sofisticados, desenvolvidos a partir de princípios de metalurgia física que refletem o esforço conjunto da pesquisa e desenvolvimento conduzidos na indústria e nos laboratórios de universidades.
O conhecimento científico se revelou essencial para o elemento 41. Os avanços conseguidos até aqui ampliaram o raio de aplicação do nióbio em aços, superligas, materiais intermetálicos e ligas de Nb, bem como em compostos, revestimentos, nanomateriais, dispositivos optoeletrônicos e catalisadores.

Parte importante desses esforços está presente nos projetos agraciados com o Prêmio Charles Hatchett, organizado pela CBMM.

A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, do Grupo Moreira Salles, é uma empresa nacional que extrai, processa, fabrica e comercializa produtos à base de nióbio.

Uma Conta de Participação nos Lucros entre a estatal CODEMIG e a CBMM garante a exploração racional do depósito de nióbio localizado próximo à cidade de Araxá, em Minas Gerais. O contrato concede 25% de participação nos lucros operacionais da CBMM ao Governo do Estado de Minas Gerais.

A CBMM é a única produtora de nióbio com presença em todos os segmentos de mercado. Com subsidiárias na Europa (CBMM Europe BV - Amsterdam), Asia (CBMM Asia Pte - Cingapura) e na América do Norte (Reference Metals Company Inc. - Pittsburgh), a CBMM dedica atenção especial aos consumidores, onde quer que estejam no mapa-mundi.

OBS: O Autor do Artigo, por questões de Segurança, Cidadão de araxá, pede Privacidade, portanto: Anonimato.

http://www.abdic.org.br/historia_niobio.htm

3 comentários:

Anônimo disse...

FUI ALUNO DA ANTIGA ESCOLA DE MINAS DE ARAXÁ, FAZIA OS CURSOS DE GEOLOGIA E MINERAÇÃO.MEU "SONHO" ERA TRABALHAR NA CBMM... UM DIA UM PROFESSOR DE GEOLOGIA MUITO "DOIDO", ME CHAMOU COM MAIS 2 COLEGAS E RASGOU O VERBO : " VOCÊS TEM QUE SAIR DESSA ROUBADA,O MÁXIMO QUE VÃO CONSEGUIR É UMA AJUDA DE CUSTO PARA TRATAR DO CÂNCER QUE IRÃO CONTRAIR, SEM ESSA DE SER PEÃO DE CBMM, VÃO FAZER OUTRO CURSO " .
APÓS 30 ANOS COMPROVEI QUE O MESTRE TINHA RAZÃO !!! JÁ PERDI AS CONTAS DE QUANTAS PESSOAS DE MINHA FAMÍLIA INCLUSIVE EU, E VÁRIOS AMIGOS E CONHECIDOS DE ARAXÁ , SOFREM AS CONSEQUÊNCIAS DESSE IMPACTO AMBIENTAL QUE É CAUSADO PELA "BENEMÉRITA CBMM". EU FUI VÍTIMA DE UM LINFOMA,MINHA MÃE E 2 PRIMOS MORRERAM DE CÂNCER. ACHO QUE JÁ PASSOU DA HORA DE DAR UM BASTA NISSO AÍ QUE A CBMM ESTÁ FAZENDO COM A CIDADE , ALÉM DE ROUBAR DIVISAS DO BRASIL .
ACORDEM AUTORIDADES !!!!

Anônimo disse...

Obrigada pelo texto, e fico triste que as pessoas tem somente focado no valor comercial do nióbio e não sobre o que ele tem feito na região.

Estou chocada com o silêncio desta atrocidade.

Marilda Oliveira disse...

Prezados anônimos, que até hoje não ousaram levantar as vozes, sofrendo calados.
Câncer pelo Nióbio cresce em Araxá
O nióbio e os resíduos radioativos/tóxicos é ‘nosso’
O câncer também é nosso!
Os lucros são dos centralizadores internacionais
Desde seu início até os dias atuais, o governo Federal jamais adotou qualquer postura, para legalizar a extração dos minérios no Brasil, principalmente o minério Nióbio. A expropriação e contrabando dos minérios não permitiu que os recursos fossem destinados A Caixa do Tesouro Nacional como reserva estratégica, nem ao menos, obrigaram os exploradores internacionais através de leis, respeitar o meio ambiente, deixando melhoria aos munícipes das regiões exploradas... NÃO O CÂNCER adquirido pelos munícipes através das águas contaminadas deixadas pelas mineradoras.
Não podemos ou devemos omitir as notícias, a exploração e descaminho vai continuar como tem ocorrido nos últimos 50 anos. É o governo quem deve tomar medidas enérgicas e proteger a população contra os invasores inescrupulosos, que até hoje nada foi feito.