Mostrando postagens com marcador FHC. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador FHC. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Brizola Neto denuncia rapina do nióbio


Deputado Federal do PDT, neto de Leonel Brizola, fala da defesa dos recursos naturais,da sua trajetória política e da luta contra a exploração das multinacionais.

Gilberto Felisberto Vasconcellos
 “Caros Amigos”: Que questões envolvem o nióbio no Brasil?

Brizola Neto: Toda indústria de alta tecnologia é altamente dependente do nióbio, não tem turbina de avião, não tem turbina de termoelétricas, não tem oleoduto se não tiver nióbio, porque ele é anticorrosivo. E o dado importante, é que justamente 95% das reservas de nióbio do mundo concentram-se só nas minas amazônicas, onde está demarcada a Reserva Raposa do Sol, sem serem exploradas. Há uma mina em atividade em Araxá, Minas Gerais, uma associação do grupo Moreira Sales com o grupo Rockefeller, a Cia. Brasileira de Mineração de Metais-CBMM. que vendem internacionalmente o nióbio a um preço abaixo do custo. Fato grave é que mesmo sendo o único exportador no mundo deste minério estratégico, o nosso país não é sequer capaz de determinar o preço do nióbio no mercado externo. Nos momentos de baixa dos valores das comodites como ocorre na crise atual, o preço da extração e do refino fica superior ao valor em que é cotado na bolsa de Londres, em média U$ 90 o kilograma. Na jazida atualmente mais explorada, em Araxá, Minas Gerais, a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) pertencente ao grupo Moreira Salles associado a multinacional MOLYCORP, do grupo Rockefellerr, exporta 90% do nióbioo extraído. Isso é mais um exemplo deplorável da simbiose da burguesia nativa com os interesses das grandes corporações multinacionais que engordam o imperialismo. Com o deputado mineiro José Fernando Aparecido, a gente tem lutado na Câmara por um novo marco regulatório na questão mineral no Brasil. Dá mais de um trilhão de dólares o nióbio que você tem hoje na Amazônia. Isso com preço estipulado lá na Bolsa de Londres, abaixo do custo, sem levar em conta a importância que tem o nióbio hoje na indústria, principalmente na indústria de ponta. É mais um caso da história de 500 anos de espoliação internacional do Brasil.


Renato Pompeu: A sua intervenção no Congresso teve repercussão na mídia?

Brizola Neto: Olha na grande mídia a gente pode dizer que essa repercussão ela realmente não acontece, e ai a gente entende inclusive as pressões que deve haver dos grandes grupos multinacionais nesse sentido, talvez os grandes anunciantes e sustentadores da grande mídia. Só para dar um exemplo, nós fizemos uma convocação na Comissão de Minas e Energia, requerimento meu e do deputado José Fernando Aparecido, convocando, para que se explicasse esse processo de privatizações da Companhia Vale do Rio Doce, o ex-presidente Fernando Henrique, o ministro das Minas e Energias na época do governo Fernando Henrique, o senhor Roger Agnelli, que comprou a Vale, para explicar por que a venderam pelo preço de seis meses do seu faturamento. E mais, o mais grave, a Constituição Federal diz que quem detém o solo não detém o subsolo, que o subsolo é patrimônio da União, e junto com a venda da Vale do Rio Doce entregaram as maiores minas brasileiras, as de Carajás, exploradas pelo senhor Roger Agnelli.

Renato Pompeu: A CBMM tem interesse em que não sejam exploradas as reservas de nióbio de Roraima, que estão nas terras indígenas. Mas a direita militar divulga na Internet que a demarcação contínua das terras indígenas foi feita para possibilitar a exploração do nióbio de Roraima por empresas estrangeiras.

Brizola Neto: Acho que uma questão não inviabiliza a outra. Nesse primeiro momento há essa pressão clara da CBMM para não desvalorizar a exploração do nióbio na mina que ela tem em Araxá, porque é uma exploração muito mais difícil do que a exploração que é possível hoje na Amazônia. Mas eu concordo plenamente que essa demarcação, além de atender o interesse imediato da CBMM, num futuro próximo, ela vai atender ao interesse internacional de que empresas estrangeiras se instalem ali para fazer a exploração do nióbio brasileiro.

Wagner Nabuco: Mas lá no Congresso, como é que você sente a repercussão, quem está mais para a posição sua e do PDT, quem fica mais em cima do muro, quem combate mais? Como que é isso lá?

Brizola Neto: Hoje, eu acho que é um pouco difícil você identificar dentro do Congresso, através de partidos políticos, quais são os grupos nacionalistas. Você tem hoje nacionalismo espalhado em vários partidos e, infelizmente, talvez seja a fração minoritária de cada um desses partidos com algumas exceções. Até mesmo no campo da esquerda você tem partidos que não compreendem a questão do nacionalismo, preferem estar afiliados a doutrinas externas.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

NIÓBIO NO PROCESSO ITER DE FUSÃO NUCLEAR

A França vai precisar de MUITO NIÓBIO "LIGA LEVE" 
que o Brasil detém 98% do estoque mundial.

Termonuclear ITER sendo criado em Cadarache no sudeste da França. 


FUSÃO TERMONUCLEAR
O processo termonuclear se baseia na fusão nuclear - o mesmo processo que ocorre no interior do sol e em algumas estrelas-no qual os núcleos de dois isótopos de hidrogênio se fundem para formar Helio, ,gerando grandes quantidades de energia, o que oferece a humanidade uma fonte potencialmente inesgotável de energia.Este processo descontrolado já foi obtido na bomba de hidrogênio,mas o que se deseja é um processo controlado de fusão nuclear.
O processo de o fusão nuclear controlado se baseia no conceito de TOKAMAT, desenvolvido por cientistas russos no qual bobinas magnéticas super condutoras, colocadas em torno de um vaso toroidal, confinam e controlam o fluxo do plasma, um estado da matéria em elevada temperatura. induzindo a formação de uma corrente elétrica.Um modelo deste dispositivo foi mostrado pela URSS numa exposição no Rio de Janeiro ainda no Governo Jango.

Em 26 de junho, um consórcio internacional que reúne a Rússia, EUA, Comunidade Européia,China, Japão e Coréia do Sul decidiu montar um reator de fusão nuclear experimental em Cadarache na França. Estima-se que a versão comercial levara uns trinta anos para ser operacional.O modelo proposto deverá operar em ciclos de décimos de segundo e gerar 500 MW de potencia, isto significa que suas bobinas serão de alta amperagem e portanto altas temperaturas daí a necessidade do nióbio. Em ciclos tão curtos, o gerador poderá produzir hidrogênio que operaria em células de combustível [1].
Sinal verde para o projeto de fusão nuclear
Um consórcio internacional de sete países assinou  acordo para construir um multibilionário reator experimental de fusão nuclear que irá replicar os processos nucleares do Sol.
O projeto tem por objetivo pesquisar uma alternativa limpa e sem limites para as cada vez menores reservas de combustíveis fósseis, embora a fusão nuclear permaneça como uma tecnologia ainda não comprovada. 
Representantes da China, União Européia, Índia, Japão, Rússia, Coréia do Sul e Estados Unidos assinaram o pacto, selando uma década de negociações.
O reator de US$15 bilhões (€10 bilhões) sendo construído em Cadarache, sudoeste da França por suas iniciais ITER (que, em latim, significa "o caminho").O projeto irá tentar fundir núcleos atômicos.
O engenheiro japonês Kaname Ikeda foi nomeado  como coordenador do projeto.O mundo precisa da energia nuclear, disse  o Presidente francês Nicolas Sarkozy, numa visita ao Japão
Fonte: NewScientist news service - 27/11/2006
França e as armas de destruição em massa - Wikiwand
NIÓBIO NO PROCESSO DE FUSÃO NUCLEAR
Mas por que o nióbio desperta tanta polêmica? O que significa, na prática, deter a posse de tamanhas jazidas desse mineral?  Bem, trata-se de elemento químico do grupo de transição na Tabela Periódica, número atômico 41, e massa atômica de 92,9 u.

Agora, a jóia da coroa: o uso do nióbio no processo de fusão nuclear. Pesquisadores europeus, japoneses, americanos, russos e chineses estão construindo na cidade francesa de Cadarache, um reator de fusão termonuclear, que, quando em operação e se obtiver sucesso, vai apresentar um passo gigantesco no sentido da busca de energia limpa, barata e inesgotável.  http://www.anovademocracia.com.br/no-28/546-opinioes-28

Bem, e onde entra o nióbio nessa história toda? 
Como resistir a tais temperaturas? 
http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=17801
A ideia é que o reator multiplique em dez vezes a energia que recebe mistura de deutério e trítio, dois isótopos de hidrogênio, é aquecida até 150 milhões de graus, transformando-se em um plasma quente o suficiente para fundir o hidrogênio em hélio e liberar energia;  requer o domínio de uma temperatura de 100 milhões de graus. Cientificamente, trata-se de algo realmente fascinante. Os pesquisadores então criaram um supercampo magnético (um imã gigante), que resiste a altíssimas temperaturas e faz com que o processo de liberação dessa energia se dê a uma distância controlada das paredes do reator. É bom salientar que, conforme as pesquisas, somente um elemento químico consegue criar esse supercampo magnético: o nióbio.Fonte: ABN NEWS
http://www.uipi.com.br/geral/55-geral/3875-custos-adicionais-e-morosidade-comprometem-reator-termonuclear-internacional


Em 2018, o Iter deve entrar em funcionamento. O Brasil foi convidado oficialmente a participar plenamente do projeto, mas a cota financeira exigida foi considerada muito elevada. A participação brasileira é então indireta, em parceria com pesquisadores portugueses que integram o grupo da União Européia.


http://www.rfi.fr/actubr/articles/083/article_10022.asp

Pesquisem: Ponte Brasil Oiapoque/Amapá Guiana Francesa e as Chatas que transportam o Nióbio do Oiapoque para a Guiana Francesa.


O projeto ITER se baseia no conceito do tokamak desenvolvido por cientistas russos, no qual bobinas magnéticas supercondutoras colocadas em torno de um vaso toroidal (em forma de rosca) confinam e controlam fluxos de plasma, induzindo a formação de uma corrente elétrica através do plasma. As reações de fusão ocorrem quando o plasma está suficientemente quente, denso e confinado para que os núcleos atômicos no plasma comecem a se fundir entre si. Os idealizadores do ITER esperam que ele possa gerar até 500 MW de eletricidade durante algumas centenas de segundos. A construção do primeiro reator experimental deverá estar concluída em 2012, e estima-se que a sua versão comercial ainda levaria uns 30 anos para ser operacionalizada.http://www.ibercivis.pt/index.php?module=public&section=channels&action=view&id_channel=3&id_subchannel=33&id_page=9

Outros países poderão participar do projeto, como o Brasil e a China. O Brasil, por exemplo, pode se envolver no projeto por possuir a maior reserva de nióbio do mundo. O metal, um poderoso condutor, será usado para construir molas gigantes e gerar um campo magnético para conduzir o processo de fusão nuclear dentro do reator. 

Segundo o principal conselheiro científico da Grã-Bretanha, sir David King, quando o projeto for posto em prática, haverá um grande mercado para o nióbio. King também lembra que há cerca de cem pesquisadores brasileiros com doutorado trabalhando no campo da fusão nuclear, que "podem dar uma grande contribuição ao projeto".Uma delegação da Comissão Européia pode visitar o Brasil em breve para estudar alternativas de inclusão no projeto. Hoje, o país que deseja tornar-se parceiro necessita contribuir com no mínimo 10% dos custos por dez anos. http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2005/06/29/19801-brasil-pode-fazer-parte-de-projeto-do-reator-internacional.html

A rede francesa Sortir du Nucleaire, que reúne 718 ONGs antinucleares, o qualificou como "um buraco-negro financeiro" (orçamento de 10 bilhões de euros em 30 anos) e perigoso, afirmando que a manipulação que se pretende realizar com o hidrogênio ainda é desconhecida. Não tarda, os obscurantistas estarão invocando o famigerado "Princípio da Precaução" para obstaculizar o ITER. http://ibps.com.br/2005/06/28/
[1] João Alfredo Medeiros
Pesquisador IV, aposentado pelo Instituto de Engenharia Nuclear da CNEN (1981 a 1995)