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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Nióbio - O Real Tesouro Brasileiro

  • O tesouro brasileiro que os "Liberais dinheiristas" querem privatizar!!! Como é possível que metade da produção brasileira da mineração do rico metal nióbio seja subfaturada "oficialmente" e enviada ao exterior, configurando assim o crime de descaminho, com todas as investigações apontando de longa data, para o gabinete presidencial? O Nióbio, é o metal que só o Brasil fornece ao mundo. Uma riqueza que o povo brasileiro desconhece, e tudo fazem para que isso continue assim. O nióbio não é comercializado nem cotado através das bolsas de mercadorias, como a London Metal Exchange, mas, sim, por transações intra-companhias. 

Pelo menos 98% das reservas mundiais de Nióbio, um mineral  extremamente  raro e estratégico, estão no Brasil.
  Mas afinal o que é Nióbio, e para que serve? 


O nióbio apresenta numerosas aplicações. É usado em alguns aços inoxidáveis e em outras ligas de metais não ferrosos. 

O nióbio é dotado de elasticidade e flexibilidade que permitem ser moldável.

Estas características oferecem inúmeras aplicações em alguns tipos de aços inoxidáveis e ligas de metais não ferrosos destinados à fabricação de tubulações para o transporte de água e petróleo a longas distâncias por ser um poderoso agente anti-corrosivo, resistente aos ácidos mais agressivos, como os naftênicos.

É usado em indústrias nucleares devido a sua baixa captura de nêutrons termais. Usado também em soldas elétricas.

O nióbio é atualmente empregado em automóveis, turbinas de avião, gasodutos, em tomógrafos de ressonância magnética, na indústria aeroespacial, bélica e nuclear, além de outras inúmeras aplicações como lentes óticas, lâmpadas de alta intensidade, bens eletrônicos e até piercings.



Quantidades apreciáveis de nióbio são utilizados em superligas para fabricação de componentes de motores de jatos , subconjuntos de foguetes , ou seja, equipamentos que necessitem altas resistências a combustão. 

As jazidas brasileiras estão divididas principalmente entre três cidades. A cidade de Araxá em Minas Gerais é fonte de 61% deste cobiçado elemento químico, 21% das reservas ficam localizadas em Catalão – Goiás e os 12% restante estão situadas em São Gabriel da Cachoeira no estado do Amazonas. Fora do Brasil uma pequena, mas importante reserva deste metal  está localizada no Canadá.


Voltamos a afirmar, o Brasil possui 98% das jazidas de nióbio disponível no mundo, sendo o único fornecedor de 45 países dos quais os maiores importadores de ferro-nióbio são os Estados Unidos, o Canadá, a Alemanha, a Rússia, os Países Baixos, o Japão, a França, Taiwan, Venezuela, Suécia, México, Colômbia, Coréia do Sul, Arábia Saudita, África do Sul e Luxemburgo. A indústria ótica japonesa compra muito óxido de nióbio como matéria-prima usada na confecção de óculos.

O niobio é tão indispensável quanto o petróleo para as economias avançadas e provavelmente ainda mais do que ele.

A cada vez mais no dia-a-dia, o tema é abordado em reportagens nas mídias escrita e televisiva, chegando já a ser alarmante.

Como é possível que metade da produção brasileira de nióbio seja subfaturada "oficialmente" e enviada ao exterior, configurando assim o crime de descaminho, com todas as investigações apontando de longa data, para o gabinete presidencial?
Como é possível o fato do Brasil ser o único fornecedor mundial de nióbio (95% das jazidas desse metal estão aqui), sem o qual não se fabricam turbinas, naves espaciais, aviões, mísseis, centrais elétricas e super aços; e seu preço para a venda, além de muito baixo, seja fixado pela Inglaterra, que não tem nióbio algum? 

EUA, Europa e Japão são 100% dependentes do nióbio brasileiro. Como é possivel em não havendo outro fornecedor, que sejam-nos atribuídos apenas 55% dessa produção, e os 45% restantes saíndo extra-oficialmente, não sendo assim computados.

Estamos perdendo cerca de 14 bilhões de dólares anuais, e vendendo o nosso nióbio na mesma proporção como se a OPEP vendesse a 1 dólar o barril de petróleo. Mas petróleo existe em outras fontes, e o nióbio só no Brasil; podendo ser uma outra moeda nossa.

Por que Araxá é vital para os EUA?

A cidade está na lista secreta de locais estratégicos para americanos, revelou site WikiLeaks, por deter maior reserva mundial de nióbio, minério raro usado na indústria espacial.
Depois de pôr a política externa americana de cabeça para baixo, o WikiLeaks entrou em um território sensível não apenas aos EUA, mas a todo o mundo.

O site revelou nada menos do que a relação de pontos situados mundo afora considerados estratégicos para o governo americano, o que poderia transformá-los em alvos de ataques terroristas. No Brasil, além das jazidas de Araxá, em Minas, estão cabos submarinos e reservas de minério de ferro e manganês.
O Nióbio, é o metal que só o Brasil fornece ao mundo. Uma riqueza que o povo brasileiro desconhece, e tudo fazem para que isso continue assim.

O nióbio não é comercializado nem cotado através das bolsas de mercadorias, como a London Metal Exchange, mas, sim, por transações intra-companhias. Estima-se que seu preço real seja negociado a $90 dólares/quilo. UM VERDADEIRO ROUBO AO BRASIL E SEU POVO.
O Brasil perde a cada ano mais de 14 bilhoes de dólares, segundo certas estimativas, somente pela evasão clandestina de Nióbio em bruto.  As concessões legais arrancam do Brasil, comodamente, suas mais fabulosas riquezas naturais.

Para citar mais um exemplo, a maior jazida de nióbio do mundo, que está em Araxá , pertence à filial da Niobium Corporation, de Nova Iorque.

Do Nióbio provêm vários metais que se utilizam... em reatores nucleares, foguetes e naves espaciais, satélites ou simples jatos. A empresa também extrai, de passagem, junto com o nióbio, boas quantidades de tântalo, tório, urânio, pirocloro e terras raras de alto teor mineral.

Brasil é responsável por 87% das importações americanas do minério - usado até mesmo em projetos espaciais. A grande dependência do nióbio brasileiro deve explicar, segundo especialistas, a preocupação do governo dos Estados Unidos com relação à segurança das minas do País.

O Brasil detém 98% das reservas e 91% da produção mundial do minério, usado para a fabricação de aços especiais.Os Estados Unidos não produzem o minério.
Relatório anual do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) aponta que o Brasil tem reservas de 2,9 milhões de toneladas de nióbio, com uma produção acumulada de 57 mil toneladas em 2009. O País foi responsável, por 87% das importações americanas do mineral.
O site WikiLeaks indica que a maior economia do mundo continuará dependente do nióbio brasileiro. "As reservas domésticas (dos Estados Unidos) de nióbio têm baixa qualidade, algumas complexas do ponto de vista geológico, e muitas não são comercialmente recuperáveis", diz o texto, publicado no sie. Segunda maior reserva, o Canadá é responsável por apenas 7% da produção mundial.

Procuradas pelo Estado, as empresas responsáveis pelas minas citadas no documento divulgado pela WikiLeaks não se pronunciaram sobre o assunto. A CBMM, do grupo Moreira Salles, e a Anglo American são as duas grandes produtoras de nióbio no País, operadoras das minas de Araxá e de Goiás, respectivamente.

Esse metal raro no mundo, mas abundante no Brasil, considerado fundamental para a indústria de alta tecnologia e cuja demanda tem aumentado nos últimos anos, tem sido objeto de controvérsia e de uma série de suspeitas.

O mineral existe no solo de diversos países, mas 98% das reservas conhecidas no mundo estão no Brasil. O país responde atualmente por mais de 90% do volume do metal comercializado no planeta, seguido pelo Canadá e Austrália.
Segundo relatório do Plano Nacional de Mineração 2030, o Brasil explora atualmente 55 substâncias minerais, respondendo por mais de 4% da produção global, e é líder mundial apenas na produção do nióbio. No caso do ferro e do manganês, por exemplo, em que o país também ocupa posição de destaque, a participação na produção global não ultrapassa os 20%.
Tal vantagem competitiva em relação ao nióbio desperta cobiça e preocupação por parte das grandes siderúrgicas e maiores potências econômicas, que costumam incluir o nióbio nas listas de metais com oferta crítica ou ameaçada. 

É isso que corrobora a teoria de que o Brasil vende seu nióbio “a preço de banana”; que as reservas nacionais estão sendo “dilapidadas”; e que o país está “perdendo bilhões” ao não controlar o preço do produto.
Mais recentemente, o nióbio voltou a ganhar os holofotes em razão da venda bilionária de uma fatia da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), maior produtora mundial de nióbio, para companhias asiáticas. Em 2011, um grupo de empresas chinesas, japonesas e sul coreana fechou a compra de 30% do capital da mineradora com sede em Araxá (MG) por US$ 4 bilhões.
Independente do debate muitas vezes ideológico por trás da questão e dos mitos que cercam o mineral, o fato é que o quase ‘monopólio’ brasileiro da produção desperta a cobiça e a preocupação de outros países, pois ninguém gosta de depender de um único fornecedor.

Desperdício:

Onde tem nióbio tem tântalo!
Seja qual for o aparelho de comunicação que tenha um display de LCD, ali tem uma fina camada de tântalo. E, se fosse pouco, o minério é muito importante para a indústria química, uma vez que só perde para o vidro em termos de resistência à corrosão por ácidos minerais.
Com seu pó é possível produzir capacitores de alta performance para celulares, por exemplo. Isso sem contar as aplicações militares. Versátil assim, o tântalo é tão raro e estratégico quanto o nióbio, porém bem mais valorizado no mercado internacional.
“E ambos aparecem juntos na natureza. Onde tem um, tem outro”, afirma o engenheiro Hugo Ricardo Sandim, professor da Escola de Engenharia de Lorena (EEL-USP), que defende um Projeto Tântalo no Brasil e maior fiscalização.
Segundo ele, todo o tântalo extraído na Amazônia é contrabandeado. “Os navios entram, despejam fora a água do lastro e põem minério escondido no lugar.” No mercado internacional, um quilo de tântalo puro vale US$ 800, preço até 20 vezes maior que o do nióbio.

O Projeto Nióbio é o esforço máximo empreendido no Brasil em busca de tecnologia para valorizar um mineral abundante no país e praticamente inexistente naqueles que dele dependem.

“O nióbio vai além do luminol, do biodiesel e das ligas especiais”, afirma Claudio Cerqueira Lopes, da UFRJ, que tem em seu laboratório várias teses a partir de pesquisas com nióbio que poderiam ser transformadas em produtos de alto valor agregado. 
“Temos de desenvolver tecnologias que transformem nossas matérias-primas abundantes em riqueza. Se não criarmos políticas para isso corremos o risco de ficar eternamente exportando barato commodities, como o nióbio, e importando produtos caros feitos com ele e dependentes de tecnologia externa.”

Para Adriano Benayon, ex-diplomata e professor de Economia aposentado pela Universidade de Brasília (UnB): “Apesar de sua importância estratégica, o nióbio não é valorizado na pauta de exportações brasileiras”, afirma. “Além disso, o governo recebe apenas 2% do valor declarado dos minerais em geral, que, evidentemente, muitas vezes é subfaturado. Para completar, a lei isenta os minérios de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços”, explica. 
Para se ter uma ideia do quão lucrativo deve ser o negócio do nióbio, Benayon, que defende a estatização das reservas, lembra que os irmãos Fernando Roberto, João, Pedro e Walther Moreira Salles, que ficaram com o controle de apenas 20% da CBMM, figuram na lista dos mais ricos do mundo, divulgada pela revista Forbes

https://gemasdobrasil.blogspot.com/2017/02/niobio-o-real-tesouro-brasileiro.html

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Nióbio e terras raras em terras indígenas, pertence ao governo que não quer devolvê-lo!!!





















Mas, infelizmente, Seis Lagos está em terras indígenas e pertence ao Governo Brasileiro que parece não ter nenhum interesse em desenvolvê-lo.

Esse sim nos parece um crime de lesa-pátria, em um país que ainda luta para acabar com a pobreza. Não é dos contrabandistas fantasmas de nióbio que temos que ter medo, mas sim do Governo que se omite e nada faz.

Existe, agora, uma nova chance criada pelo novo Código Mineral, ainda não aprovado, que faz da CPRM a grande pesquisadora nacional. Talvez a CPRM volte ao Projeto Seis Lagos e finalize aquilo que começou, e nunca terminou, há quase 50 anos atrás. É o mínimo que o Governo deve fazer pela sociedade.

Este desinteresse do nosso Governo, junto com o possível tamanho de Seis Lagos nos leva a perguntar sobre os porquês.

Resultado de imagem para ROBERTO GAMA e SILVA Contra-Almirante Reformado

O NIÓBIO E A "OPEN" [1]


Por que o Brasil não desenvolve essa jazida que dizem estar sendo dilapidada por contrabandistas que usam os índios e até a Funai para extrair o nióbio?


A principal aplicação do nióbio é na indústria siderúrgica. Ele é um metal importante, pois os aços com nióbio tem uma maior resistência e tenacidade e melhor soldabilidade. Mas, como veremos a seguir, o metal ainda está longe de ser tudo aquilo que se propaga na internet e que nos faz, muitas vezes, ficar indignados.

Quando falamos de nióbio falamos, obrigatoriamente da brasileira controlada pelo Grupo Moreira Salles, a CBMM.

A  Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, CBMM, é a maior produtora de nióbio do mundo. Ela é, também, a detentora das maiores reservas de pirocloro, o principal mineral de nióbio e extraído em 97% dos jazimentos de nióbio do mundo.



A foto acima mostra a operação a céu aberto da CBMM em Araxá

Minas Gerais, onde é lavrado o pirocloro.

Mas o que a teoria da conspiração mais fala é sobre o Complexo Carbonatítico de Seis Lagos, um gigadepósito de nióbio que, segundo se fala, está enriquecendo compradores fantasmas de todo o mundo enquanto o Brasil patina no seu terceiro-mundismo.

O Carbonatito de Seis Lagos, localizado próximo a São Gabriel da Cachoeira, no meio da floresta amazônica, atiça a curiosidade pública e é o ponto mais controverso do assunto nióbio no Brasil.

Os recursos de Seis Lagos (imagem satélite), empiricamente testados pela CPRM, aparentam ser gigantescos. Um cálculo muito preliminar feito pela CPRM mostra um jazimento de mais de 2 bilhões de toneladas com teores de Nb2O5 acima de 2%. Se esses números forem confirmados a jazida tem condições de mudar o panorama do nióbio inundando o mundo com esse metal. Se esse for o caso o nióbio continuará tão valioso quanto hoje?

O que nós realmente sabemos sobre esse depósito é, ainda, muito pouco.

Foi no final da década de 60, com uso das imagens do RADAMBRASIL, que os geólogos da CPRM fizeram a descoberta de uma estrutura semi-circular com mais de 8.000m de eixo maior, imediatamente apelidada de Seis Lagos.

Nesta época a CPRM ainda fazia pesquisa mineral relevante.

Na fase inicial da pesquisa em Seis Lagos a CPRM plotou 4 furos exploratórios que intersectaram lateritas, gnaisses e carbonatitos. A laterita, que tinha espessura variando entre 9 a 255m, apresentava zonas enriquecidas em nióbio e terras raras. Esta cobertura laterítica, que é o minério de Seis Lagos, foi subsequentemente estudada pela CPRM que fez  apenas quatro novos furos com 60 metros de profundidade cada e cubou uma imensa jazida de nióbio.

A CPRM chegou a conclusão de que Seis Lagos era um depósito de 2,89 bilhões de toneladas com teor médio de 2,81% de Nb2O5. Essa reserva, sozinha,se existente, é muitas vezes maior do que todas as demais reservas de minério de nióbio conhecidas no mundo.

Será que esses números são reais?  Qual a confiabilidade que esses cálculos devem ter?

É muitíssimo improvável que eles se aproximem da realidade, pois são cálculos primários que jamais deveriam ter sido publicados da forma como foram.

Sabemos, através de estudos posteriores, que foram descobertos níveis estéreis, sem nióbio, dentro da laterita. Tratar, portanto, a laterita de Seis Lagos, como uma unidade única e homogênea é uma generalização que leva a erros que irão, provavelmente, inflacionar as reservas.

Mais ainda, cubar um jazimento de grande área, sem mapeamentos geológico e topográficos de ultradetalhe e sondagem em malha de alta densidade, onde ostodos os furos devem atravessar a mineralização é, com certeza, uma imensa inferência que nunca será certificada por nenhum protocolo usado fora do Brasil como o Jorc ou NI-43101.

Em outras palavras, quando se fala em números, Seis Lagos ainda é apenas um sonho que pode se transformar em pesadelo após um trabalho técnico adequado.

Isso sem falar na metalurgia, de que nada sabemos.

Ainda não foram feitas rotas econômicas para a extração do nióbio do rutilo de Seis Lagos. Não sabemos os custos da metalurgia desta jazida, que, com certeza, irão ser um importante componente no fluxo de caixa da mina.

A resposta a essas perguntas está logo ali, com a CPRM e com o MME. O Governo, que é o dono atual da jazida, deve à sociedade brasileira um trabalho de qualidade, que possa ser aceito pelo país, pelo mercado e pelos profissionais e empresas da área.

Enquanto isso não for feito qualquer numerologia ligada a Seis Lagos será mera especulação.


Contrabandear minério de 2% dos confins da Amazônia, sem logística, em pequenos aviões é, com certeza, sonho de quem não entende de economia mineral. (É bom saber e pesquisar sobre a pista clandestina construída por Lula em 2004 fronteira com a Venezuela).


Talvez o contrabando de concentrado de columbita-tantalita de alguns pegmatitos da Amazônia esteja nas raízes desta teoria da conspiração. A columbita é um mineral de nióbio que se associa à tantalita e tem um bom preço no mercado. É esse preço que permite o contrabando de concentrados de columbita-tantalita para fora do Brasil a partir, principalmente do Amapá.

No gráfico abaixo vemos que o preço do metal está se mantendo constante, em torno de US$30/kg nos últimos anos.



 Já o minério de Seis Lagos, que é a base de um rutilo com Nióbio na estrutura, um mineral cuja metalurgia pouco ou nada se conhece, com apenas 2% de Nb2O5, com certeza não pode ser economicamente contrabandeado.

Imagine transportar um produto com apenas 2% de Nb2O5, que vale pouco mais de US$0,6/kg em um avião que transporta apenas 500 quilos de carga...
(É bom saber e pesquisar sobre a pista clandestina construída por Lula em 2004 fronteira com a Venezuela).

O preço desta carga não paga nem o custo do combustível. Vai ser muito difícil encontrar um piloto kamikaze, burro o suficiente, que faria uma operação ilegal e perigosa sem lucro como essa... ou um comprador disposto a investir em caros estudos metalúrgicos para processar centenas de quilos... Sonho!

Se hoje as grandes produtoras já não conseguem vender todo o seu nióbio o que acontecerá quando novas minas entrarem em produção e a oferta for muito maior?

Os preços cairão!

A realidade é que a própria CBMM, a maior produtora do mundo, está exportando abaixo de sua capacidade. A crise de 2008 ainda não acabou para o nióbio.

A produção da CBMM vem caindo sistematicamente desde 2008, quando superou as 70.000 toneladas do metal. Em 2013, apesar dos esforços, a empresa exportou apenas 68.000t, 22.000 toneladas abaixo da capacidade instalada de 90.000t por ano.

Este é um ponto interessante, que coloca o assunto nióbio na devida perspectiva: a produção total de um ano da CBMM equivale a menos do que a Petrobras fatura em apenas dez dias. Ao contrário do que alguns pensam o nióbio não é ouro...e a procura, hoje, é menor do que a oferta.

Infelizmente o nióbio não tem a força que irá projetar o nosso país ao lugar de maior do mundo, como muitos “experts” propagam. Mesmo se Seis Lagos for tão grande quanto a CPRM inferiu...

Mesmo assim o negócio é bom, e a CBMM, com teores bem abaixo dos existentes em Seis Lagos, tem excelentes lucros fazendo do nióbio o terceiro item da pauta mineral de exportação do Brasil

As previsões para o futuro fazem a CBMM prever, com otimismo, um aumento de sua capacidade para 150.000t, em 2016. Se continuar como hoje o mercado pode não absorver esse excesso de oferta.

A CBMM, entretanto, espera poder criar novas aplicações para o nióbio através de seu Centro de Tecnologia e dos programas que ela financia em institutos e universidades.

Nada é de graça: é através de muito investimento e pesquisa de ponta que, aos poucos, se desenvolvem novas aplicações que permitem o crescimento do mercado.

No caso do nióbio a demanda se relaciona diretamente aos seus usos na indústria.

Se os preços caírem em decorrência de uma maior oferta é provável que o nióbio comece a substituir outros metais como o próprio cobre. No outro lado desta moeda, se os preços subirem, serão necessários novos usos, onde só o nióbio pode ser utilizado, para que haja a manutenção dos preços.

Parece lógico que se os preços melhorarem novos projetos de mineração (veja a lista abaixo) serão viabilizados. Afinal o nióbio não existe somente em solos brasileiros...

Certamente esse excesso de produção irá enfraquecer o mercado criando mais um componente importante neste jogo de força.


Como você já deve ter percebido, a realidade é bem mais dura do que parece.

Sabemos que o nióbio tem um bom preço, mas sabemos também que o mercado está saturado e não consegue absorver maiores quantidades, o que obriga a líder de mercado, a CBMM, a investir 2% de seu faturamento na pesquisa de novos usos e aplicações necessários para garantir as suas vendas no futuro.

Com a entrada de uma grande jazida, tipo Seis Lagos, em produção serão deslocadas, em primeiro lugar, aquelas mineradoras que produzem o nióbio com custos mais elevados. O excesso de produção só poderá ser assimilado se a indústria usar o nióbio em novas aplicações e ligas. Mesmo assim o preço irá cair em função do aumento de produção.

Fica claro que a teoria da conspiração do nióbio é mais um conto de fadas da internet já que, infelizmente, o nióbio não tem todo o valor que querem lhe atribuir.

Mesmo não tendo a força do minério de ferro e do petróleo o nióbio é, obviamente importantíssimo. Não é aceitável que o nosso país jogue no lixo do esquecimento reservas potenciais como Seis Lagos. É preciso equacionar definitivamente esse problema.

Cabe ao Governo Brasileiro uma explicação adequada sobre o assunto e sobre as riquezas minerais que ele gerencia.

Afinal, como vamos construir uma sociedade melhor, mais rica e mais justa se abandonarmos jazidas como Seis Lagos que nos colocam como líderes mundiais de um metal que ainda pouco se conhece?

O Brasil tem que:

-finalizar os cálculos de reservas e os estudos metalúrgicos de Seis Lagos
-estudar melhor o metal e seus usos na indústria, maximizando este bem mineral que nos coloca em posição de vantagem a nível mundial.
-usar o nióbio para o seu crescimento e desenvolvimento.


[1] http://niobiomineriobrasileiro.blogspot.com.br/2010/12/niobio-minerio-brasileiro-parte-02_15.html  ROBERTO GAMA e SILVA - Contra-Almirante Reformado

- crpédiutospor 

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Nióbio para a China e para o mundo todo, o governo brasileiro está vendendo em segredo sem aprovação do modelo econômico que beneficie o Brasil

meio kg de Nióbio em uma tonelada de aço, o torna mais resistente e menos oxidável, reduzindo o peso e melhorando a durabilidade das estruturas, veículos, máquinas, navios, etc, etc...o Brasil detém 98% da produção mundial do Nióbio.

  • Os militares souberam esconder as reservas de Roraima, Rondônia, Goias, e esperar o momento oportuno para aliados a CBMM de Araxá dos Moreira Salles & Rockfeller, colocar o Nióbio brasileiro à disposição do mundo, sem um modelo econômico que favoreça o Brasil. FAVORECENDO, QUEM,...?

Adendo 8/10/21: Durante o evento foram assinados acordo de colaboração que vão permitir ao CNPEM/MCTI o desenvolvimento em áreas estratégicas para a pesquisa e para o Brasil. O primeiro acordo de colaboração técnica foi assinado com a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), que é líder mundial na produção e fornecimento de produtos do NIÓBIO. O acordo vai permitir acelerar o desenvolvimento de tecnologias em supercondutividade. 


O NIÓBIO Compartilhe, Divulgue,


No final dos anos 60 as jazidas DE Nióbio foram descobertas e mapeadas. Entre os anos 70 e 80 (até o final do regime militar) o Brasil investiu em pesquisas de exploração, caracterização e aplicação desse metal....formou engenheiros especializados que normatizaram o nióbio em normas ABNT e toda tecnologia para a exploração e comercialização dessa commodity ficou pronta no início dos anos 80, faltando apenas o modelo econômico de exploração dessas jazidas... 
Antes do final do regime militar todo o programa foi suspenso, a tecnologia arquivada, devido a decisão estratégica de mercado de esperar que as jazidas chinesas (país líder nesse tipo de commodity e que dita o preço mundial) de tungstênio entrassem em exaurimento, para que as chances do Brasil se tornar líder mundial dessa commodity se tornasse uma realidade “..., ... ...”o momento de exaurimento das reservas chinesas é agora, e o Governo brasileiro tem a tecnologia de exploração. 
Acontece que o governo atual está vendendo em segredo o nióbio brasileiro para a China e outros países, sem aprovação do modelo econômico que nos beneficie...a liderança mundial da exploração dessa commodity deverá continuar com esse atual governo, com o que virá, com a China, e demais interessados... 
Tanto no governo anterior ao de Dilma, como num suposto governo Temer e nos demais que surgir... é importante que o Brasil conheça nossas reservas e nossas riquezas, para exigir que o Governo brasileiro defenda o que é nosso.
  • LEIAM A RESPOSTA DO LOBÃO SOBRE O NIÓBIO VENDIDO SECRETAMENTE:
  • Tenho a acrescentar que, na gestão do Doutor Fernando Fragoso como Presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros, uma INDICAÇÃO sobre a urgência de se criar a Reserva Nacional do Nióbio – haja vista que o minério é estratégico, é raro, é material de liga indispensável às indústrias e é esgotável – foi aprovada pelo Plenário do IAB.
  • Após haver tramitado pelas Comissões do IAB, foi encaminhado à Presidência da República que o re-encaminhou ao Ministério das Minas e Energia (Lobão!) que respondeu ao Presidente do IAB, dizendo, em síntese, que havia muito nióbio no mundo, não havia motivo para reservá-lo. (Documentos à disposição). G. C.

 “Coloquem os óculos, senhoras e senhores: enxerguem!”, Tacutu quais seriam as razões por trás da construção deste corredor roubando 62% do território brasileiro?...  http://niobiomineriobrasileiro.blogspot.com/2018/05/coloquem-os-oculos-senhoras-e-senhores.html


Por Marco Antônio Bjorn
créditos: Profa. Guilhermina Coimbra

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Justiça de MINAS GERAIS vai investigar a questão do NIÓBIO, explorado sem licitação a mais de 40 anos em Araxá

 – Vale dizer que os Estados Unidos, Europa e Japão são 100% dependentes do nióbio brasileiro, mas o Brasil detém apenas 55% dessa produção. Os 45% restantes estariam saindo extra-oficialmente do país. Durante a Comissão Parlamentar De Inquérito (CPI) dos Correios, um pequeno germe da investigação sobre o Mensalão, o publicitário Marcos Valério revelou na TV : “O dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do dinheiro vem do contrabando do nióbio” e que “José Dirceu estava negociando com bancos, uma mina de nióbio na Amazônia”.

Estranhamente veículos pertencentes à Rede Globo de Televisão nunca tocaram no assunto, nem mesmo quando tornou Dirceu sua Geni preferida. Contou com a ajuda – e o silêncio – dos veículos da grande mídia, de grupos como Abril e Folha.

Outro comentário, ao qual não podemos nos furtar é que o “Triângulo” de Minas Gerais se assemelha ao das Bermudas: tudo que se passa por lá misteriosamente desaparece. 
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O estranho caso do precioso metal, supostamente sub-faturado e que pode estar financiando ilicitamente desde atividades políticas a emissoras de TV volta a tona nesse início de 2013 graças ao uso das redes sociais, a questão do precioso metal se tornou notícia ha cerca de 3 anos por conta de uma revelação feita no site Wikileaks. Promotores já falam até sobre a necessidade da criação de um órgão nos moldes da Petrobras para a administração das jazidas.

O Ministério Público estadual vai abrir uma investigação para apurar possíveis danos que a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) possa ter cometido contra os cofres do governo de Minas na comercialização do nióbio para o exterior.
Que o Ministério Público de Brasília também investigue a Mina de Nióbio da Amazônia:  "Marcos Valério disse na CPI dos Correios "O dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do dinheiro vem do contrabando DO NIÓBIO" e  JOSÉ DIRCEU negociava a mina de Nióbio na Amazônia"  [1]
nióbio fraude ministério público
Mundial - A CBMM, que integra o Grupo Moreira Salles, tem subsidiárias na Europa (CBMM Europe BV-Amsterdam), Ásia (CBMM Asia Pte - Cingapura) e na América do Norte (Reference Metals Company Inc.-Pittsburgh), de onde são comercializados os minerais que vão para o exterior.
Fraude - O Ministério Público desconfia que o nióbio vendido para o exterior tenha o valor da tonelada subfaturado. O MP acredita que, depois que o nióbio deixa o Brasil, as subsidiárias nos três continentes revendem o mineral para o resto do mundo com valor maior do que o estipulado no Brasil, lesando o cofre do governo de Minas, que tem participação nos lucros da mineradora.
INVESTIGAÇÃO- Promotores de Justiça preparam um arsenal de documentos para abrir a caixa-preta da exploração de nióbio em Araxá. O mineral é explorado com exclusividade pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), de propriedade da família Moreira Salles, que fundou o Unibanco.
Privilégios - O Ministério Público de Minas pretende usar esses documentos para entender como a CBMM tem o privilégio de extrair o mineral, considerado um dos mais estratégicos do mundo, sem licitação, há mais de 40 anos.
Acordo - O governo de Minas Gerais detém a concessão federal para explorar a jazida, mas arrendou à CBMM sem nenhum critério.
Em 1972, o Estado constituiu a Companhia Mineradora de Piroclaro de Araxá (Comipa) para gerir e explorar o nióbio em Araxá. Como não tinha know-how, à época, definiu que arrendaria 49% da produção do nióbio para a CBMM, sem licitação.
Depois da investigação e análises dos dados obtidos, o Ministério Público quer acabar com a farra e obrigar o governo de Minas a abrir licitação para a exploração deste que é o maior complexo mínero-industrial de nióbio do mundo.
O nióbio.  As Jazidas estão presentes em 3 cidades brasileiras: 61% proveniente de Araxá (MG), 21% das reservas em Catalão (GO) e outros 12% em São Gabriel da Cachoeira (AM). O Brasil é detentor de mais de 95% das reservas mundiais e especula-se que os mineradores brasileiros comercializem o material de forma sub-faturada. "O dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do dinheiro vem do contrabando do nióbio" e que "José Dirceu estava negociando com bancos, uma mina de nióbio na Amazônia".
Adriano Benayon, ex-diplomata, professor aposentado do departamento de Economia da Universidade de Brasília e autor do livro “Globalização versus Desenvolvimento”, apresentou a sua conta sobre o prejuízo que o país tem ao não se investir em tecnologias que agreguem valor ao mineral:  “Só com o nióbio o Brasil deixa de ganhar anualmente centenas de bilhões de dólares. Diretamente perde cerca de US$ 40 bilhões, com o descaminho e com a diferença entre o valor das ligas ferro-nióbio no exterior e seu preço oficial  de exportação, vezes a quantidade. Por ter a economia brasileira sido desnacionalizada e desindustrializada, a perda total é um múltiplo, maior que dez, dessa quantia. De fato, os  bens finais em cuja produção o nióbio entra atingem preços até 50 vezes maiores que os valores reais no exterior dos insumos à base de nióbio. Esses insumos — como os do tântalo, do titânio, do quartzo etc –  são ‘vendidos’ pelo Brasil por frações de seu valor no exterior. Já a China industrializa suas matérias-primas. Com isso o produto nacional bruto multiplicou-se por 20 nos últimos 30 anos, tornando-se a 2ª maior potência mundial”.

http://sociedademilitar.com.br/index.php/joomla-overview/193-justica-de-minas-gerais-vai-investigar-a-questao-do-niobio-que-e-explorado-sem-licitacao-a-mais-de-40-anos.html

segunda-feira, 11 de abril de 2011

ABRINDO A CAIXA PRETA DO NIÓBIO


Colunistas - Adriano Benayon
O nióbio, material estratégico inestimável - que sai do Brasil incrivelmente subfaturado e também clandestinamente - é um dos exemplos mais notáveis de como o Brasil está entregando seus recursos naturais às grandes empresas transnacionais estrangeiras, ao mesmo tempo em que seu povo paga juros e impostos absurdamente altos e fica mais pobre. Estão em nosso País 98% das jazidas conhecidas no Planeta desse minério, essencial para as indústrias aeronáutica e aeroespacial, para a indústria nuclear, inclusive armas e seus mísseis e muitas outras indústrias.

O nióbio é tão indispensável quanto o petróleo para as economias avançadas. Se o Brasil exercer sua soberania, terá posição no nióbio muito mais forte do que todos os países da OPEP juntos, que não totalizam sequer 50% da produção mundial de petróleo. O consumo global do nióbio tem crescido vertiginosamente: 25,8 mil toneladas em 1997, e cerca de 90 mil toneladas, em 2009, nas estatísticas do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), que só registram o declarado pelas empresas.Segundo o DNPM, o Brasil só produz e exporta o óxido de nióbio e ligas de ferro-nióbio.

A receita total dessas exportações é de 1,6 bilhão, na base de US$ 23 por quilo.


ABRINDO A CAIXA PRETA DO NIÓBIO
niobioNós do Instituto Mãos Limpas somos um grupo já com 300 membros e cerca de 700 apoiadores, focado no combate à corrupção. Chegamos à conclusão que a corrupção está profundamente enraizada no próprio sistema político, subordinado a interesses privados concentradores.

O povo não entende por que está tão massacrado. A classe média não sabe por que é obrigada a dar mais da metade do que ganha para pagar tributos. Nem por que os preços da eletricidade, do gás, do telefone se elevaram absurdamente, nem por que paga pedágios altíssimos para usar estradas construídas com dinheiro público, na verdade, dinheiro nosso.

Os grandes banqueiros mandam no Banco Central. Este faz a União Federal pagar os juros mais altos do mundo nos títulos do Tesouro, que realimentam a dívida pública acumulada pela capitalização dos próprios juros.

Os juros são aumentados com a desculpa mentirosa de que isso reduziria a inflação. A verdade é que os preços sobem porque os donos dos mercados são poucos e determinam os preços. Então, a única e falsa saída que o sistema busca é cortar a procura. Mas não é possível reduzi-la muito, principalmente no caso dos serviços públicos privatizados

Esse descalabro provém de a economia brasileira se ter desnacionalizado, inclusive porque a política governamental subsidia as empresas multinacionais e prejudica as de capital nacional. Ademais, a crise da dívida serviu de pretexto para as privatizações, as quais agravaram ainda mais os defeitos estruturais da economia.

O Brasil está caminhando para nova crise. O que está por acontecer de novo já ocorreu, quando a oligarquia financeira mundial atirou o Brasil na crise da dívida externa de 1982/1987. Na sequencia, o “serviço da dívida” foi privilegiado no Orçamento Federal, por meio de um dispositivo inserido fraudulentamente, no texto da Constituição de 1988, sem sequer ter sido discutido.

Esse “serviço” já acarretou despesa, desde então, de 6 trilhões (sim, trilhões) de reais, com a dívida pública externa e interna, esta derivada daquela.

Ora, a dívida externa cresce com os déficits acumulados nas transações com o exterior. E esses déficits se acumulam, entre outras coisas, porque os fabulosos recursos naturais do Brasil não são valorizados na exportação, nem utilizados pela indústria nacional. Isso está ligado à desindustrialização do País e a ficar ele sem tecnologias próprias.

Um dos exemplos mais notáveis disso tudo, se não o maior, é o do nióbio, material estratégico inestimável, que sai do Brasil incrivelmente subfaturado e também clandestinamente.

Estão em nosso País 98% das jazidas conhecidas no Planeta desse minério, essencial para as indústrias aeronáutica e aeroespacial, para a indústria nuclear, inclusive armas e seus mísseis e muitas outras indústrias.

O nióbio é tão indispensável quanto o petróleo para as economias avançadas. Se o Brasil exercer sua soberania, terá posição no nióbio muito mais forte do que todos os países da OPEP juntos, que não totalizam sequer 50% da produção mundial de petróleo.

O consumo global do nióbio tem crescido vertiginosamente: 25,8 mil toneladas em 1997, e cerca de 90 mil toneladas, em 2009, nas estatísticas do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), que só registram o declarado pelas empresas.

Segundo o DNPM, o Brasil só produz e exporta o óxido de nióbio e ligas de ferro-nióbio. A receita total dessas exportações é de 1,6 bilhão, na base de US$ 23 por quilo.

Considerando que os preços efetivos no exterior variam de US$ 180 a US$ 350, tem-se uma idéia de como o País está sendo lesado. Calculando U$ 255,00 por quilo, na quantidade de 2010, o valor anual teria alcançado US$ 15.300.000.000 (quinze bilhões e trezentos milhões de dólares).

Outro indicador de como o nióbio é precioso está no fato de ele entrar com só 0,1% do peso das ligas de ferro-nióbio e dar a esse insumo industrial qualidade muito superior às chapas de ferro. Isso ressalta também como o nióbio, na realidade, é subfaturado de modo incrível, uma vez que nos US$ 23 por quilo está incluído também o ferro que compõe a quase totalidade do peso das ligas.

Esses absurdos decorrem de as empresas produtoras e exportadoras no Brasil serem ligadas a grupos estrangeiros que são os importadores, realizando os lucros no exterior. Por ter tido sua economia desnacionalizada, o Brasil não fabrica os produtos finais de altíssimo valor agregado baseados no nióbio. Se o fizesse estaria ganhando quantia equivalente a mais de vinte vezes os US$ 15,3 bilhões mencionados acima.

De fato, o País só exporta insumos, e ainda por cima, a preços que nem de longe compensam a extração do minério e a perda de jazidas. Ou seja, o que deveria ser fonte de estupendos ganhos, resulta somente em prejuízos.

Justifica-se, portanto, plenamente, grande campanha nacional para esclarecimento dos brasileiros acerca do presente estado de coisas, uma campanha capaz de conduzir à reversão do lastimável quadro de saqueio dos recursos naturais do País.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Câncer pelo Nióbio cresce em Araxá

O nióbio  e os resíduos radioativos/tóxicos é ‘nosso’
O câncer também é nosso!
Os lucros são dos centralizadores internacionais
Desde seu início até os dias atuais, o governo Federal jamais adotou qualquer postura, para legalizar a extração dos minérios no Brasil, principalmente o minério Nióbio. A expropriação e contrabando dos minérios  não permitiu que os recursos fossem destinados A Caixa do Tesouro Nacional como reserva estratégica, nem ao menos, obrigaram os exploradores internacionais através de leis, respeitar o meio ambiente, deixando melhoria aos munícipes das regiões exploradas... NÃO O CÂNCER adquirido pelos munícipes através das águas contaminadas deixadas pelas mineradoras.
Não podemos ou devemos omitir as notícias, a exploração e descaminho vai continuar como tem ocorrido nos últimos 50 anos. É o governo quem deve tomar medidas enérgicas e proteger a população contra os invasores inescrupulosos.


A mineração do metal Nióbio também tem um lado muito mais escuro e irradiante no mesmo momento: resíduos radioativos e tóxicos! Uma pesquisa de 1993 feita pelo Instituto de Radioproteção e Dosimetria da CNEN no Rio de Janeiro concluiu: “Contaminação interna com material radioativo de trabalhadores de mineração é um problema comum no Brasil. Isto é causado pela presença de urânio, de tório, e seu decaimento natural associado com o minério extraído. Os exemplos claros são os trabalhadores na mina de nióbio localizada no Estado de Goiás. O nióbio está associado com quantidades consideráveis de urânio e tório, mas a mina não é legalmente sujeita a requisitos de protecção contra as radiações.”
Esta pesquisa foi feita na mina de nióbio em Goiás. A mina de Araxá que é dez vezes maior do que a mina da Anglo American não fez parte desta pesquisa, mas o nióbio de Araxá é também associado com os mesmos minérios radioativos.
Durante o processo da mineração e da concentração do minério são produzidas toneladas de rejeitos radioativos que são depositados em barragens de resíduos. E isto apresenta um alto risco de contaminação ao meio ambiente e à saúde humana, podendo afetar não apenas os trabalhadores, mas também a população local. Até hoje apenas poucos autores falam sobre este risco no Brasil. Um dos poucos é o colunista Gilson B. Santos do Jornal “A Voz de Araxá“, uma publicação corajosa desta cidade mineira de Araxá com mais ou menos 95.000 habitantes.
Câncer – Índice cresce em Araxá!
Uma coisa é fato hoje em Araxá –MG, temos um número alarmante de pessoas com câncer e problemas respiratórios”, escreve Gilson e nomea também a causa: A mineração e processamento de nióbio. “Solo, água e ar contaminados resultam dos poluentes liberados da atuação mineradora da CBMM. Não é necessário ser médico ou especializado na área de saúde ambiental para chegar à conclusão de que dezenas de milhares de toneladas por ano de poeira abundante em suspensão de ferro, tório, chumbo, fosfato e demais minerais é deletéria à saúde. Agredida por tais minerais estranhos à normalidade do funcionamento do organismo humano e ambiental, a população apresenta aumento de doenças respiratórias juntamente com doenças degenerativas, demência assim como câncer.”
Em outubro de 2012, Gilson denunciou mais uma vez na Voz de Araxá: “Câncer – Índice cresce em Araxá! Chegou a hora de nós araxaenses criarmos vergonha na cara e exigir a verdade de nossas autoridades sobre os números reais de câncer em nossa cidade. Dados nos indicam que hoje já são mais de 10.000 casos na cidade, e até 2030 teremos uma media de mais de 40% da população com a doença em Araxá.”
Por causa deste alto risco de contaminação, os cidadãos, povos indígenas e ONGs de meio ambiente do Canadá estão lutando contra a mineração de nióbio neste país. O Canadá já por muito tempo poderia produzir mais nióbio. Mas desde 2003 os indígenas Mohawk e canadenses locais lutam contra uma nova mina de nióbio em Quebec. Os Mohawk não querem que as suas terras e águas sejam contaminadas com os rejeitos radioativos deste projeto da mineradora Niocan.
No Brasil a situação é ao contrário. Uma luta contra a mineração de nióbio é quase invisível, só uma luta a favor da mineração está divulgada em massa. Os lobies do nióbio querem ainda aumentar a mineração. Até as jazidas de nióbio nos territórios indígenas no Alto Rio Negro ou na Raposa Serra do Sol podem ser exploradas para enriquecer o povo do Brasil.
Mas economicamente falando – de um capitalista para outro – um aumento da produção de nióbio não faz sentido para o Brasil. Mais uma mina de nióbio significa só mais concorrência com o resultado de uma depreciação do preço do nióbio no mercado mundial. Só um idiota cria concorrência em sua própria casa. Também o Brasil já tem Araxá, a maior mina de nióbio da planeta com a capacidade de abastecer o mercado mundial para mais de 400 anos!
Claramente as forças internacionais, as mineradoras e a indústria internacional de aço e de dutos e da construção civil gostariam ter muito mais nióbio disponível, porque assim o preço seria mais barato no mercado. Mas isto não é a favor nem da economia e nem da saúde do povo do Brasil.
Norbert Suchanek, Correspondente e Jornalista de Ciência e Ecologia, é colaborador internacional do EcoDebate
Fonte: EcoDebate
22.12.2012

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Nióbio do Brasil Saque das Jazidas


Está em nosso país a quase totalidade das jazidas conhecidas no Planeta do nióbio, minério essencial para as indústrias aeronáutica e aeroespacial, para a indústria nuclear, inclusive armas e seus mísseis. A atual tecnologia faz o nióbio, graças à sua superioridade substituir metais, como molibdênio, vanádio, níquel, cromo, cobre e titânio, em diversas outros setores industriais.
2. Embora a maioria das pessoas nem saiba o que é nióbio ou para que serve, esse mineral mostra emblematicamente, como o País, extremamente rico em recursos naturais, permanece pobre, além de perder, sem volta, esses recursos, e de se estar desindustrializando, sobre tudo nos setores de maior conteúdo tecnológico.
3. A primarização da economia brasileira é fato confirmado até nas estatísticas oficiais. O Brasil está cada vez mais importando produtos de elevado valor agregado e exportando, com pouco ou nenhum valor agregado, seus valiosos recursos naturais.
4. Isso acarreta baixos níveis salariais no País e também a gestação de crises nas contas externas, cujo equilíbrio sempre dependeu de grandes saldos (que agora estão definhando) no balanço das mercadorias, para compensar o déficit crônico nas contas de “serviços” e de “rendas” do Balanço de Pagamento.
5. O que está por acontecer de novo já ocorreu antes, quando a oligarquia financeira mundial atirou o Brasil na crise da dívida externa de 1982/1987. Os prejuízos decorrentes dessa crise foram grandemente acrescidos com o privilegiamento do “serviço da dívida” no Orçamento Federal, instituído por meio de fraude, no texto da Constituição de 1988. Esse “serviço” já acarretou despesa, desde então, de 6 trilhões (sim, trilhões) de reais, com a dívida pública externa e interna, esta derivada daquela.
6. Tudo isso concorreu para agravamento da situação gerada pelo defeito original do modelo: ter, desde 1954, favorecido os investimentos diretos estrangeiros com subsídios e vantagens maiores que os utilizáveis por empresas de capital nacional. Estas foram sendo eliminadas em função da política econômica governamental. As que restaram tornaram-se caudatárias das transnacionais e de interesses situados no exterior. Vê-se, pois, a conexão entre os grandes vetores de empobrecimento e de primarização da economia nacional
7. O niobio é tão indispensável quanto o petróleo para as economias avançadas e provavelmente ainda mais do que ele. Além disso, do lado da oferta, é como se o Brasil pesasse mais do que todos os países da OPEP juntos, pois alguns importantes produtores não fazem parte dela.
Números
8. Cerca de 98% das reservas da Terra estão no Brasil. Delas, pois, depende o consumo mundial do nióbio. A produção, cresceu de 25,8 mil tons. em 1997 para 44,5 mil tons., em 2006. Chegou a quase 82 mil tons. em 2007, caindo para 60,7 mil tons., em 2008, com a depressão econômica (dados do Departamento Nacional de Produção Mineral). Estima-se atualmente 70 mil toneladas/ano. Mas a estatística oficial das exportações brasileiras aponta apenas 515 toneladas do minério bruto, incluindo “nióbio, tântalo ou vanádio e seus concentrados”!
9. Fontes dignas de atenção indicam que o minério de nióbio bruto era comprado no garimpo a 400 reais/quilo, cerca de U$ 255,00/quilo (à taxa de câmbio atual e atualizada a inflação do dólar).
10. Ora, se o Brasil exportasse o minério de nióbio a esse preço, o valor anual seria US$ 15.300.000.000 (quinze bilhões, trezentos milhões de dólares). Se confrontarmos essa cifra com a estatística oficial, ficaremos abismados ao ver que nela consta o total de US$ 16,3 milhões (0,1% daquele valor), e o peso de 515 toneladas ( menos de 1% do consumo mundial). Observadores respeitáveis consideram que o prejuízo pode chegar a US$ 100 bilhões anuais.
11. Mesmo que o nióbio puro seja cotado a somente US$ 180 por quilo, como indica o site chemicool.com, ainda assim, o valor nas exportações brasileiras do minério bruto correspondia a apenas 1/10 disso. O nióbio não é comercializado nem cotado através das bolsas de mercadorias, como a London Metal Exchange, mas, sim, por transações intra-companhias.
12. Há, ademais, um item, ligas de ferro-nióbio, em que o total oficial das exportações alcança US$ 1,6 bilhão, valor mais de 100 vezes superior à da exportação do nióbio e de minérios a ele associados, em bruto. O mais notável é que o nióbio entra com somente 0,1% na composição das ligas de ferro-nióbio. Vê-se, assim, o enorme valor que o nióbio agrega num mero insumo industrial, de valor ínfimo em relação aos produtos finais das indústrias altamente tecnológicas que o usam como matéria-prima.
13. Note-se também que a quantidade oficialmente exportada do ferro-nióbio em 2010 foi 66.947 toneladas. O nióbio entrando com 0,1% implicaria terem saído apenas 67 toneladas de nióbio, fração ínfima da produção mundial quase toda no Brasil e do consumo mundial realizado nas principais potências industriais e militares.
Campanha nacional
14. As discrepâncias e absurdos são enormes e têm de ser elucidados e corrigidos. Para isso, há que expô-los em grande campanha nacional, que leve a acabar não só com o saqueio do nióbio, mas também com a extração descontrolada de metais estratégicos e preciosos, sem qualquer proveito para o País, o qual, ainda por cima, fica com as dívidas aumentadas.
15. O desenvolvimento dessa campanha deverá também fazer o povo entender que a roubalheira dos recursos minerais só poderá cessar se forem substituídas as atuais estruturas de poder.
* Adriano Benayon é Doutor em Economia. Autor de “Globalização versus Desenvolvimento”